terça-feira, 31 de maio de 2011

A oposição pregou o fim do mundo e quebrou a cara!

ÉPOCA – Paulo Moreira Leite » Os economistas erraram de novo » Arquivo

 

Depois de ler os últimos números da inflação, acho que temos o direito de dar uma nova versão para uma velha frase.

Errar é humano. Errar duas vezes é burrice.

Errar três vezes é coisa de economista.

Boa parte de nossos economistas deveria fazer uma autocrítica pública em função de seus prognósticos mais recentes.

Tirando um ou outro nome, aqueles profissionais ligados a oposição ou que tem uma visão de politica econômica contrária a do governo Dilma, e que estão no rádio, na TV e nos jornais, formaram um coro nas últimas semanas para colocar o país em estado de alerta vermelho em função de um fantasma inflacionário.

O teto da meta da inflação é de 6,50%. Chegou-se a 6,51%, ou seja, apenas um milésimo (isso mesmo: 0,01%!) acima do teto, mas foi suficiente para se fazer um escândalo.

Dizia-se que a alta de preços estava fora de controle e que era preciso dar uma pancada forte nos juros — eufemismo para encaminhar o país para uma recessão.

Logo surgiram vozes para anunciar — com ares implacáveis — propostas de arrocho salarial. O argumento é que os preços não subiam por causa da expansão crédito, apenas. Não. Era preciso ir mais fundo e encarar a dolorosa realidade de que os salários ficaram altos demais e pressionam os preços.

O raciocinio é assim: desemprego baixo impede as empresas de pagarem salários baixos, pois os trabalhadores — esses espertinhos — tem a chance de procurar ganhar um pouco mais em outro lugar. Com a pancada nos juros e a volta do desemprego alto tudo poderia retornar a seu lugar, como antes.

Num ambiente que lembrava pré-Grécia, pré-Irlanda, pré-Portugal e outros países europeus que encaram a ruinosa politica de austeridade do Banco Central Europeu, as chamadas medidas macro-prudenciais do Banco Central, elaboradas com a intenção de controlar a inflação sem produzir estragos desnecessários, numa operação delicada, difícil, com um certo risco, eram tratadas com ironia e sarcasmo.

Contos da carochinha, assoprava-se. Não havia como escapar da herança maldita deixada por Lula, gritava-se.

Menos de um mes depois, a realidade é outra. Em queda, a inflação está  em torno de 5,5%. O crescimento foi afetado, sim. Ficará em 4,5%, quem sabe 4%. Não é, com certeza, aquilo que o país necessita.

Mas é um número que demonstra que aquelas medidas tão criticadas podem dar resultado. Podem ocorrer novas surpresas e dificuldades. Mas o saldo é favorável, pelo menos até agora.

Surpresa? Nem tanto. Se você fizer uma pesquisa rápida nos jornais, verá que nossos economistas erraram sempre — a atividade de prever o amanhã é sempre complicada — mas erraram mais em anos recentes. Anunciaram o caos em 2003. Disseram que o país teria um desempenho sofrível em 2004 e uma “grande frustração” a partir de 2005. Eles chegaram a denunciar Lula e Guido Mantega como irresponsáveis por ampliar o crédito e estimular o consumo depois da crise mundial de 2008, pois o desemprego em massa era uma fatalidade e os assalariados não podiam abrir mão de sua poupança para enfrentar dias de amargura. (Rs rsrsrsrsrsrs…)

Mas confesso que nada me produz tantas cócegas quanto as reflexões sobre a nossa legislação trabalhista. Nossos economistas passaram as duas últimas décadas repetindo um mantra: sem o fim da CLT não seria possível criar novos empregos.  O país estava engessado, o empresário não tinha estímulos para contratar, as leis trabalhistas só protegiam uma casta. A verdade está ai. Em determinados lugares, vive-se aquilo que se chama de pleno emprego. Em outros, a oferta de postos de trabalho atinge um patamar recorde.  A CLT não saiu do lugar. Pelo país inteiro, milhões de trabalhadores que há anos eram mantidos na condição dolorosa de comparecer ao batente sem nenhuma garantia agora tem décimo-terceiro, férias, descanso remunerado.

Essa situação não chega a ser uma novidade para alunos aplicados no estudo das surpresas e sutilezas da economia. Desde que John Maynard Keynes escreveu sua Teoria Geral do Emprego sabe-se que as empresas contratam trabalhadores porque precisam, e pagam por eles os salários que necessitam pagar. Como regra geral, contratações e demissões são produtos do ambiente geral da economia e apenas confirmam a verdade de que a experiencia real desafia a visão de senso comum. Os trabalhadores americanos conquistaram suas principais garantias na década de 30, quando o país estava mobilizado para vencer o desemprego e encerrar a Depressão provocada pela crise de 29.

Embora o pedantismo econômico e a linguagem tecnocrática tenham saído de moda, é sempre conveniente garantir rigor e cuidado numa análise. Estamos falando de 190 milhões de pessoas, de uma economia que pretende se tornar uma das maiores do mundo.

Ao anunciar o apocalipse, estes economistas só fingiam discutir economia, embora usassem números e cálculos em seus argumentos. Faziam política.

 

O fim do terrorismo inflacionário tucano

O fim do terrorismo inflacionário | Brasilianas.Org

 

Banco Central prevê taxa de inflação mensal próxima de zero em dois a três meses

30/05/2011 - 18h05, Nielmar de Oliveira/Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado//Matéria alterada para correção de informação às 18h26

Rio de Janeiro - A taxa mensal de inflação no país deverá ficar próxima de zero em um prazo de dois a três meses, disse hoje (30 ) o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, reafirmando que a prioridade é trazer a inflação para o centro da meta em 2012, depois de um período de alta influenciada pelos preços das commodities no mercado internacional.

“A taxa [de inflação] piorou nos últimos meses, com a forte tendência de alta das commodities, que influencia a alta dos alimentos e impacta o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]. Houve também a influência da alta do petróleo no mercado externo, que também traz reflexos sobre a taxa”.

Atualmente, no entanto, todos os indicadores sinalizam que a taxa está em queda, segundo o diretor do BC. “Principalmente os preços dos alimentos devem cair o que refletirá numa forte queda no curto prazo devendo-se manter em níveis próximo de zero em dois a três meses”, disse.

Aldo Mendes afirmou que o governo continuará usando a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento para conter a demanda e, consequentemente, exercer pressão sobre o mercado de modo a manter a inflação sobre controle.
Disse, ainda, que o Banco Central também continuará a adotar “medidas macroprudenciais” como expediente adicional para adequar os níveis do crédito à realidade do país e evitar o endividamento excessivo das famílias brasileiras. “Controlar o mercado de crédito, com mecanismos como o recolhimento dos compulsórios dos bancos em níveis mais elevados também são medidas que ajudam a manter a demanda sobre controle”.

Mendes citou como medida concreta neste sentido a decisão do BC de elevar o percentual de pagamento mínimo do cartão de crédito que passará de 15% para 20% , no próximo mês. Medida que permanecerá até o fim do ano.

 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Somos todos contra a vitória de Keiko Fujimori!

Carta Maior - O portal da esquerda

PERU, VOTO A VOTO

 "Matamos menos que nos anos 80″    (frase de Jorge Trelles, porta-voz informal  de Keiko Fujimori, a candidata da direita nas eleições presidenciais do Peru, que acontecem no próximo domingo, dia 5 de junho. O macabro cinismo de Trelles explodiu no colo da frente de direita  como uma soberba  admissão dos massacres registrados no governo do pai de Keiko, Alberto Fujimori --condenado a 25 anos de prisão como autor intelectual de crimes contra a humanidade cometidos em 1990 e 1991  pela grupo Colina, uma espécie de OBAN peruana engajada na repressão ao movimento maoísta Sendero Luminoso. O comentário insolente de Trelles, ao sugerir  que
 atrocidades ainda piores ocorreram antes, trouxe mais tensão ao último debate presidencial deste domingo na tevê peruana. O desempenho dos candidatos  poderá decidir uma eleição que praticamente cindiu o país: Keiko e Humala estão virtualmente empatados, com uma ligeira vantagem para Keiko, que vem sofrendo rápida erosão de apoiadores e aumento da taxa de rejeiçã . Humala em contrapartida voltou a crescer na margem. O desfecho do pleito terá desdobramentos para a integração latino-americana: um Peru nas mãos da direita reforçará a frente conservadora encabeçada pelo México e pela Colômbia que pretende instaurar  uma aliança comercial pró-EUA na região, afrontando o cinturão progressista constituído de governos soberanos sob a âncora do Brasil

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Enquanto a oposição atrapalha, o governo trabalha

Dilma usa o lema: enquanto a oposição atrapalha, o governo trabalha | Os Amigos do Brasil

 

A presidenta Dilma Rousseff adotou na quinta-feira a tática bem sucedida utilizada no governo Lula, de mostrar que o governo trabalha, enquanto a oposição atrapalha.

Enquanto a oposição se ocupava de fomentar uma crise, a Presidenta intensificou a agenda pública positiva.

Primeiro foi a cerimônia de assinatura de termos de compromisso para construção de quadras esportivas escolares cobertas e unidades de educação infantil do PAC 2, e doação de bicicletas e capacetes escolares do programa Caminho da Escola.

No Palácio do Planalto, a Presidenta recebeu lideranças da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), e anunciou a redução dos juros do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – as taxas irão variar de 0,5% a 2% para todas as linhas, a partir de julho deste ano. Antes chegavam a 4%.

O ministro da Agricultura anunciou o crédito de R$ 123 bilhões para financiar a safra 2011/2012 (um aumento de 7%), incluindo R$ 16 bilhões para a agricultura familiar.

Durante o dia, ela concedeu entrevista coletiva, desfazendo boatos e maledicências do noticiário:

- disse que Palocci dará todas as explicações necessárias aos órgãos de controle;

- haverá educação para combater a homofobia e violência, mas não haverá o que chamaram de “kit-gay”. O governo não fará propaganda de nenhuma orientação sexual específica, nem interferirá na vida privada das pessoas;

- vetará, se for preciso, os itens do Código Florestal que comprometam o meio-ambiente e o desmatamento.

Os milhões de produtores rurais e agricultores familiares, que assistiram o telejornal da TV Globo, ficaram sem saber das notícias sobre a safra 2011/2012 e sobre a redução de juros do Pronaf, pois a emissora omitiu a notícia.

 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Homem de José Serra acessou sigilo fiscal de Palocci nas vésperas da Folha publicar denuncias

Funcionário do ex-secretário de José Serra, acessou sigilo fiscal de Palocci nas vésperas da Folha publicar dossiê | Os Amigos do Brasil

 

No dia 5 de maio um funcionário da Secretaria das Finanças da Prefeitura de São Paulo, acessou as contas de Palocci, para extornar um imposto cobrado a mais, diz o jornalista Luiz Nassif.

Dez dias depois o jornal Folha de São Paulo publicou o dossiê Palocci.

O secretário municipal de Finanças é Mauro Ricardo, muito ligado a José Serra (PSDB/SP). Ele foi secretário estadual de fazenda quando Serra era governador. Após a posse de Alckmin, Mauro Ricardo foi para a Prefeitura, comandada por Kassab, por indicação de Serra.

Independente de Palocci estar tendo que explicar a licitude de sua variação patrimonial, é grande a probabilidade de ter havido o uso ilegal de cargos públicos pela turma de Serra para espionagem política, violando informações guardadas por sigilo fiscal.

José Serra angariou a fama de ser aficcionado por colecionar dossiês contra adversários políticos.

 

Globo mente: restituição da WTorre foi por ordem judcial

Os Amigos do Presidente Lula: José Serra manda bater mais forte...

 

Você viu o Jornal Nacional edição PSDB?
Hoje o assunto foi...Palocci
Nesta quarta, o PSDB convocou jornalistas para fazer uma nova denúncia. O deputado Fernando Franceschini encontrou no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, o Siafi, duas ordens bancárias da Receita Federal para a construtora WTorre.
Então o deputado tucano quer CPI
Esqueceu que a WTorre também doou R$ 300 mil para a campanha de José Serra à presidência da República.
Os pagamentos foram feitos por ordem judicial.
Em nota, a WTorre informou que entrou com um mandado de segurança na justiça, em abril de 2010, para conseguir a restituição do Imposto de Renda. O dinheiro foi pago em outubro do mesmo ano, porque a justiça deu ganho de causa à ação.


Segundo o comunicado, o juiz federal José Henrique Prescendo entendeu que a empresa vinha sendo prejudicada por ter aguardado mais de um ano a análise dos pedidos de restituição sem obter resposta. Na decisão, ele ordenou que o imposto fosse devolvido em até 30 dias. O pagamento ocorreu em outubro de 2010, portanto depois do prazo determinado pela Justiça.



O Ministério da Fazenda afirma que o pagamento das restituições do Imposto de Renda à empreiteira WTorre ocorreu por determinação da Justiça. De acordo com nota divulgada na noite desta quarta-feira, o ministério informou que cumpriu liminar da 22ª Vara Federal Cível de São Paulo concedida em agosto do ano passado.


A Fazenda havia emitido outra nota, alegando que nenhum dos dois processos de análise de restituição do Imposto de Renda teve tratamento especial pela Receita. De acordo com o comunicado, os dois pedidos foram protocolados no mesmo dia, mas um pedia a restituição do Imposto de Renda de 2008 e o outro se referia à restituição de 2009.



A secretaria da Receita Federal confirmou que a restituição foi feita por determinação judicial e que não houve nenhum favorecimento à construtora. Segundo a Receita, no mesmo dia, mais de 3.3 mil empresas também foram contempladas. O deputado tucano só viu a WTorre
A empresa Projeto negou ter realizado qualquer trabalho envolvendo órgãos públicos e reafirmou que todos os seus contratos possuem cláusula de confidencialidade que impedem a revelação dos nomes dos seus clientes e os serviços prestados.

 

Nunca sairá no JN: "Empresa da filha do José Serra cresceu 50.000 vezes em apenas 42 dias"

Empresa da filha do José Serra cresceu 50.000 vezes em apenas 42 dias | Os Amigos do Brasil

 

A imprensa brasileira que divulgou o dossiê Palocci, noticiando que seu patrimônio aumentou 20 vezes em 4 anos, o que dirá do aumento vertiginoso de 50.000 vezes da empresa da filha de José Serra (PSDB/SP) em 42 dias?

Verônica Allende Serra, filha de José Serra, era sócia da empresa DECIDIR.COM BRASIL, já conhecida de outras reportagens.

A empresa teve seu capital multiplicado por 50.000 (cinquenta mil vezes)… repetindo para você ter certeza do que está lendo: 50 MIL VEZES!

E isso em apenas 42 dias.

A empresa foi criada no dia 8 de fevereiro de 2000, com capital de R$ 100,00 (cem reais).

Quinze dias depois, no dia 22 de fevereiro de 2000, o nome da empresa mudou para “Decidir.com Brasil S.A.” e a sócia Verônica Allende Serra (filha de José Serra) assumiu o cargo de Diretora e de Vice-presidente da empresa.

Em 21 de março de 2000, passados 42 dias da criação da empresa, o capital foi aumentado para R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), ou seja 50 mil vezes o valor incial.

Detalhes:

Verônica Allende Serra não era apenas filha de José Serra. Também era sócia do pai em outra empresa, de consultoria, simultaneamente: na ACP – ANÁLISE DA CONJUNTURA ECONÔMICA E PERSPECTIVAS LTDA (conforme citado na ação proposta do Ministério Público Federal, aqui)

José Serra era ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso, nesta época, e pré-candidato à presidência da República.

O Ministério Público Federal apurou que José Serra NÃO DECLAROU sua empresa de consultoria à Justiça Eleitoral, nas eleições em que concorreu em 1994, 1996 e 2002.

Documentação comprova:

Nosso blog não precisou bisbilhotar o sigilo fiscal na Secretaria de Fazenda de São Paulo (comanda pelo serrista Mauro Ricardo), para obter os documentos abaixo:

 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lula acusa Serra de estar por trás das denúncias contra Palocci

Blog Leituras Favre

 

Lula assume articulação para defender Palocci e acusa Serra de estar por trás das denúncias

BRASÍLIA – Com a presidente Dilma Rousseff e o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, sem reação diante das suspeitas que pesam sobre o aumento substancial no patrimônio do homem forte do governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu nesta terça-feira, de fato, a articulação política do Palácio do Planalto. E, a seu estilo, orientou o ataque. Num discurso inflamado, na reunião com senadores do PT, Lula exigiu unidade do partido na defesa de Palocci e acusou o ex-governador José Serra (PSDB) de estar por trás do vazamento de dados sobre o faturamento da empresa de Palocci em 2010 – que teria sido de R$ 20 milhões -, por meio da Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo.

Os petistas evitaram citar, em público, o nome do suposto “vazador”, mas as suspeitas deles recaem sobre o secretário de Finanças de Gilberto Kassab na prefeitura de São Paulo, Mauro Ricardo Machado Costa, que foi também secretário de Fazenda do Estado de São Paulo quando Serra era governador.

Oposição é muito fraca, diz o ex-presidente

Depois do encontro com os senadores petistas, Lula permaneceu em Brasília para novas reuniões de articulação política. Deveria jantar à noite com a presidente Dilma – possivelmente com a presença de Palocci – e tem nesta quarta-feira reunião com líderes da base governista na casa do senador José Sarney (PMDB-AP).

Para Dilma, o ex-presidente deve relatar o que ouviu no almoço com os senadores petistas: muita reclamação contra a falta de ligação de Dilma e do Planalto com o PT; da impossibilidade de o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, exercer o papel de articulador agora que Palocci está ferido; e cobrança de definição sobre as pendências no preenchimento dos cargos.

- No meu governo, eu comecei a apanhar depois de um ano e seis meses. O bombardeio ao governo da Dilma começou muito cedo, primeiro quando a imprensa começou a dar matérias me separando dela. Agora, com esse ataque ao Palocci, estão testando a Dilma, porque ele é seu principal ministro. A oposição hoje vem principalmente de setores da imprensa, porque no Parlamento é muito fraca – disse Lula, quando falava do suposto vazamento de informações pela prefeitura de São Paulo.

Lula não falou ainda em público sobre as denúncias que pesam contra Palocci. Nesta terça-feira, entrou e saiu pela garagem sem dar entrevistas, mas disse frases fortes no encontro com os petistas.

- O governo está vivendo um momento ímpar de colher os frutos do que foi feito. A inflação começa a ser controlada, os índices de crescimento são muito bons, temos a maior base parlamentar da História e força junto à sociedade, muitas obras para mostrar. E a oposição vem com um negócio desse com o Palocci para atrapalhar? – reclamou Lula, segundo relatos.

Quando o ex-presidente pediu unidade do partido “para defender o companheiro”, ouviu de volta um rosário de reclamações sobre a ausência total de interlocução com o Planalto e com o próprio Palocci para que eles façam sua defesa. Nesta terça-feira mesmo o líder do PT, Humberto Costa (PE), foi ao Planalto em busca de informações e voltou sem respostas. Sequer falou com Palocci.

No caso dos cargos, os petistas disseram que Dilma tem que dar uma solução, nem que seja para desagradar, para não deixar essas pendências eternamente na pauta da base aliada.

- Você, Lula, é a pior pessoa para ouvir isso. Quem tinha que ouvir essas preocupações do partido era a presidente Dilma – disse Jorge Vianna (AC) durante o almoço.

Lula falou de seu contato permanente com Dilma, dos encontros quinzenais que os dois mantêm e das conversas por telefone nesses intervalos. Prometeu que a orientaria a sair do isolamento e dar mais “carinho” aos aliados no Congresso. Lula chegou a comentar que os políticos muitas vezes querem “apenas carinho”.

Há somente ilações, diz líder do PT, Humberto Costa

Sobre a defesa de Palocci, todos concordaram que por enquanto ele ainda não enfrenta uma acusação cabal que inviabilize sua permanência no governo. E a estratégia para barrar sua ida ao Congresso é argumentar que é preciso esperar que Palocci encaminhe sua defesa à Procuradoria Geral da República.

- A posição do presidente Lula é semelhante à nossa. Até o presente momento não existe nenhuma acusação frontal contra o ministro Palocci que vá abalar nossa confiança nele. Apenas ilações, e cabe aos acusadores apresentar as provas – relatou Humberto Costa.

- O presidente Lula transmitiu a nós a necessidade de que o partido esteja unido na defesa do companheiro Palocci, que age com seriedade e é uma pessoa muito importante para o governo Dilma e para o Brasil – completou Eduardo Suplicy(SP).

Treze dos 15 senadores petistas compareceram ao almoço na casa da senadora Gleisi Hoffmann(PR) e do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também presente. Faltaram os senadores Delcidio Amaral (MS) e Walter Pinheiro (BA).

 

Código Florestal: Desse jeito, Dilma veta!

Carta Maior - O portal da esquerda

aprovado o texto-base do novo  Código Florestal


DILMA VETARÁ A SUPREMACIA DO INTERESSE PARTICULAR  SOBRE O  BEM COMUM 

A presidente Dilma Rousseff vetará qualquer artigo ou item que anistie desmatamento ou regularize de forma genérica propriedades com áreas degradadas, incluindo-se ocupações de Áreas de Proteção Permanente (APPs). A emenda 164 que transfere para Estados o poder de definir quais atividades poderão ser desenvolvidas nas APPs, sobretudo nas margens de rios e riachos, se aprovada, será também objeto de veto presidencial. Quem garante é o  líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

terça-feira, 24 de maio de 2011

Homens de Serra por trás do twitaço contra Palocci.... Será que não foram eles que quebraram o sigilo do ministro?

Twittaço pela demissão de Palocci fica no Trending Topics - Terra - Política

 

Twittaço pela demissão de Palocci fica no Trending Topics



Ana Cláudia Barros e Marcela Rocha

 

Depois de senadores da oposição cobrarem o afastamento do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, agora é a vez dos internautas se mobilizarem. Uma

campanha, organizada no Twitter, pede que a presidente Dilma Rousseff (PT) demita Palocci em razão de seu enriquecimento suspeito. Durante os quatro anos em

que foi deputado, o patrimônio pessoal dele aumentou 20 vezes, conforme reportagem da Folha de S.Paulo.

Graças à articulação dos usuários da rede social, a hashtag #dilmademitapalocci figurou por cerca de 6 horas como o assunto mais debatido do microblog no Brasil. No início da tarde desta terça-feira (24), aparecia em segundo lugar.

No twittaço, a ordem era pressionar.

@Crivellari_MG: @espalhai_ Hoje tem votação de convocação no senado. Devemos continuar pressionando.! Então vamos #DILMAdemitaPALOCCI

@MiindyDanoninho Twittaço na hora da votação no Senado #DilmaDemitaPalocci ... Quem sabe a digníssima Presidente dê voz ao povo e faça a nossa vontade!

@Menina_Cruel Rainha Ariely #dilmademitapalocci - Aliás, demita TODOS que não conseguirem explicar suas fortunas, inclusive os que o cassam. Brasil sem #hipocrisia.

Idealizador atuou na campanha de Serra

A manifestação foi capitaneada por Rodrigo Crivellari e Rafael Oliveira, este último trabalhou no núcleo de internet da campanha de José Serra (PSDB) no ano passado. E Crivellari foi voluntário apenas. Ao longo da corrida presidencial, Oliveira tinha a incumbência de ajudar a organizar o ativismo tucano na web, por meio da Rede Mobiliza.

Oliveira, entretanto, garante que, desta vez, não está articulando o "webprotesto" em nome de qualquer sigla. "Se você olhar os vídeos que publicamos, tem uns em que falamos mal de Serra, Aécio, Dilma, Palocci", afirmou. "Não trabalho para partidos para poder falar o que quiser de todos", justificou, ressaltando que o twittaço nasceu de um debate na rede.

 

A onda agora é ser bem REAÇA (idiota)

a moda do reaça « Marcelo Rubens Paiva

 

A onda agora é ser bem REAÇA.

Se é humorista, e uma piada ultrapassa o limite do bom gosto, diz ser adepto do ideal do politicamente incorreto.

Que babaca é fazer censura contra intolerância.

Pode zoar com judeu, gay, falar palavrão, é isso, que se foda, viva a liberdade!

Se alguém defende a Marcha da Maconha, faz apologia, é vagabundo.

Se defende a descriminalização do aborto, é contra a vida.

Se aplaude a iniciativa da aprovação da união homossexual, quer enviadar o Brasil todo, país que se orgulha de ser bem macho, bem família!

Se defende a punição de torturadores, é porque pactua com terroristas que só queriam implodir o estado de direito e instituir a ditadura do proletariado.

Deu, né?

Esta DiogoMainardização da imprensa e da pequena burguesia brasileira tem um nome na minha terra: má educação.

Esta recusa ao pensamento humanista que ressurgiu após a leva de ditaduras que caiu como um dominó a partir dos anos 80 tem outro nome: neofascismo.

É legal ser de direita?

Tá bacana desprezar os movimentos sociais, aplaudir a repressão a eles?

Eu não acho.

Apesar de considerar o termo “politicamente correto”, do começo dos anos 90, a coisa mais fora de moda que existe, diante do que vejo e leio, afirmo: eu, aleijado com tendências esquerdizantes, não era, mas agora sou TOTALMENTE politicamente correto.

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Foi uma semana marcada pelo protesto da gente diferenciada e gafes nas redes sociais, que têm 600 milhões de vigilantes no Facebook e 120 milhões no Twitter. Postaram:

Rafinha Bastos, no dia das mães: “Ae órfãos! Dia triste hoje, hein?”

Danilo Gentili, sobre os “velhos” de Higienópolis que temem uma estação de metrô: “A última vez que eles chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz.”

Amanda Régis, torcedora do Flamengo, time eliminado da Copa do Brasil pelo Ceará: “Esses nordestinos pardos, bugres, índios acham que têm moral, cambada de feios. Não é à toa que não gosto desse tipo de raça.”

Ed Motta, ao chegar em Curitiba: “O Sul do Brasil como é bom, tem dignidade isso aqui. Sim porque ooo povo feio o brasileiro rs. Em avião dá vontade chorar rs. Mas chega no Sul ou SP gente bonita compondo o ambiance rs.”

Quando um leitor replicou que Motta não era “um arquétipo de beleza”, ele respondeu que estava “num plano superior”. “Eu tenho pena de ignorantes como vc… Brasileiros…”, escreveu. “A cultura que eu vivo é a CULTURA superior. Melhor que a maioria ya know?”

E na MTV, a Casa dos Autistas, quadro humorístico, chocou pelo mau gosto.

Todos pediram desculpas depois. Danilo, um dos maiores humoristas de stand-up que já vi, recebeu telefonema do departamento comercial da Band, pedindo para tirar o comentário. Ed Motta se revoltou contra a imprensa. Pergunta se temos o direito de reproduzir seus escritos particulares.

A internet trouxe a incrível rapidez na troca de informações e espaço para exposição de ideias. Alguns se lambuzam. Dizem que são contra as patrulhas do politicamente correto.

Mas como ficam as domésticas ofendidas, os órfãos recentes, aqueles que perderam parentes em Auschwitz, os nordestinos e os pais de autistas?

Tomara que, depois do pensamento grego, democracia, Renascença, a revolução industrial e tecnológica nos iluminem. O preconceito não é apenas sintoma de ignorância, mas lapsos de um narcisista. Ele nunca vai acabar?

***

Enquanto no Itaú Cultural, um símbolo de excelência em apoio às artes e alta tecnologia, em plena Avenida Paulista, uma mãe foi expulsa por amamentar o filho em público na exposição do Leonilson, artista que sofreu inúmeros preconceitos, morto vítima da Aids.

Ou melhor, viadão que morreu da peste gay, porque era promíscuo, diriam os reaças.

 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ainda bem que o Lula nos livrou do neoliberalismo....

Carta Maior - O portal da esquerda

Como enfrentar a crise sem aderir ao neoliberalismo?

 


O QUE ESTÁ EM DISPUTA

 


"...É isso que se disputa, agora, na Itália, na Grécia, em Portugal, na Espanha e, logo, também na França. Seus governos de esquerda e de centro-esquerda foram incompetentes para fazer reformas que viabilizassem a manutenção, pelo setor público, tanto dos direitos dos trabalhadores do serviço público quanto dos investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia, que interessam a toda a sociedade. Como os governos não souberam negociar e acumular, politicamente, para reformar mantendo direitos, agora o "mercado" faz as reformas, a seu gosto, liquidando direitos (...) Social-democracia sem fundos leva para mais endividamento. Mais endividamento leva para mais enfraquecimento do Estado público. Mais enfraquecimento do Estado público leva para privatizações "arrojadas" de tudo quanto é público, principalmente para a destruição do serviço público, sempre apontado como vilão em horas de crise.."

 

 

(Tarso Genro, governador do RS; Zero Hora)

Luiz Carlos Mendonça de Barros, sobre o PSDB: " É um partido mais medíocre”

Hora de avançar | Jornal Correio do Brasil

 

Neste domingo, na Folha de São Paulo, Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES, e um dos artífices das privatizações do governo FHC, comentou na matéria “Política econômica põe governo Dilma à esquerda” as diferenças entre os governos Dilma e Lula. Para ele, uma intervenção mais forte do Estado sobre a economia seria uma característica da era Dilma.

As opiniões do ex-presidente do BNDES são imperdíveis, ainda, quando, mais adiante, em uma segunda matéria no mesmo jornal, “Excesso de capital externo é maior problema” , pregou a implantação de uma quarentena para o capital externo. A defesa do controle de capitais é um lampejo de inteligência nas hostes tucanas.

Entre outras pérolas da longa entrevista dada ao jornal, está a afirmação de que “O PSDB sofre uma mudança de líderes que não têm a visão estratégia dos que ficaram para trás. É um partido mais medíocre”.

Inflação em queda

No quesito inflação, o ex-ministro afirmou que seus índices deverão cair no Brasil. “Tem deflação nas commodities”, justificou. É um argumento que temos repetido à exaustão.

No entanto,  a sugestão dada pelo engenheiro de produção com doutorado em economia para a condução do país no combate à inflação está equivocada. Ele, ao lado de outras conhecidas vozes tucanas, pediu redução no crescimento e mais juros. Já vimos este filme.

Não é hora de recuar

O que precisamos, mesmo, são juros menores e mais crescimento. Quando esse movimento positivo se dá na economia, os resultados são mais emprego e mais renda. Não podemos deixar de aproveitar a oportunidade histórica que se abriu para o Brasil com o seu recente crescimento baseado no aumento da renda e na expansão do mercado interno.

A hora, agora, é a de produzir mais e superar os gargalhos nas áreas de serviço, mão de obra e insumos básicos. Há muito trabalho pela frente. É importante uma articulação entre Estado e iniciativa privada, assim como a convocação de sindicatos. Todos esses elementos são críticos para transformar o Brasil na quinta economia do mundo, deixando para trás a mácula da pobreza e para ostentar mais igualdade social.

Ao contrário do que propõe o economista tucano, é hora de avançar, e não de recuar. Vamos prosseguir com as reformas necessárias, investindo mais para aumentar a produtividade e competitividade de nossa economia.

 

Cadê a torcida tucana pela inflação?

Inflação pelo IPC-S abranda na 3ª medição de maio para 0,96% | Valor Online

SÃO PAULO - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou a terceira prévia deste mês com inflação de 0,96%. O resultado foi 0,13 ponto percentual inferior daquele registrado na apuração anterior, quando o indicador tinha subido 1,09%.

Tiveram abrandamento no ritmo de alta entre uma pesquisa e outra, mas ainda ficaram na casa de 1% de elevação, os grupos Alimentação (1,52% para 1,27%), Vestuário (1,38% para 1,04%) e Transportes (1,56% para 1,04%).

Também tiveram desaceleração os ramos Saúde e cuidados pessoais, que foram de incremento de 1,04% na segunda leitura do mês para 0,88% na medição seguinte, e Despesas Diversas, que deixaram um acréscimo de 0,61% para 0,46%.

Em sentido contrário, Habitação aprofundou a tendência de avanço, indo de 0,76% para 0,91% da segunda para a terceira apuração de maio. Com pequena variação, Educação, leitura e recreação foram de 0,26% para 0,27% de expansão.

(Juliana Cardoso | Valor)

domingo, 22 de maio de 2011

Quem paga as contas do Serra?

ANAIS POLÍTICOS: O SERRA TRABALHA?

 

Tomando café em um estabelecimento (ruim e caro) do aeroporto de Curitiba, presto atenção na discussão da mesa ao lado. Era mais ou menos assim:
- Tá bom, o Lula tá cobrando caro por palestra. Mas tá trabalhando, não tá?
- É, sempre tem um louco pra pagar pra ouvir.
- O FHC não faz palestra? Ele pode, o Lula, não?
- O Lula é um encostado.
- Bem, ele tá trabalhando. Tá cobrando não sei quantos mil dólares pra palestrar. Inclusive, é bem mais do que consegue cobrar o Fernando Henrique. Aliás, me diz uma coisa. E o Serra, faz o que?
- Tão tentando colocar ele num instituto do PSDB. A presidência do partido não conseguiu.
- Então, e esse senhor vive do que? Já faz sete meses da eleição. Quem é que paga as contas dele? Ele trabalha?
- Ele é economista.
- Ah, mas e o diploma? Ele nunca mostrou. Não tem diploma válido no Brasil. Por acaso ele exerce e economia lá no Chile? Te pergunto de novo, o Serra trabalha?
- Deve trabalhar, eu não sei.
- Pois é. Então vai ver primeiro isso, e depois você vem falar mal do Lula que tá trabalhando e ganhando. Vai se informar primeiro quem é que paga as contas do Serra. Que eu sei, ele não trabalha.
Este blog gostou do diálogo. E por isso, faz coro na pergunta. O Serra trabalha? Quem paga as contas dele?

 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Coitada da direitalha, acham que vai derrubar a Dilma! NUNCA!

Vocês tampouco conseguirão sabotar Dilma | Blog da Cidadania

 

Sei que vocês estão lendo o que escrevo. Então, só para começar, quero avisá-los de que, se acham que conseguirão fazer com Dilma o que não conseguiram fazer com Lula, estão muito enganados. E, se acham que encontraram resistência antes, esperem só para ver agora.

Nesse caso do Palocci, vocês acham que, como ele é alvo de antipatia da esquerda por suas boas relações com o mercado, parte dos que apoiaram a eleição de Dilma poderão ser manipulados indefinidamente, como estão sendo no caso do principal ministro dela.

Quanto tempo acham que vai demorar para ficar absolutamente claro que os alvos não são Palocci ou Dilma, mas o governo? Vocês tentam sabotar o governo para que não consiga continuar melhorando o país, o que é a única chance de vocês voltarem ao poder.

Quanto tempo mais será necessário para que todos percebam que cada vez mais ministros estão virando vossos alvos? Ana de Hollanda (que fez um monte de bobagens), Nelson Jobim, Fernando Haddad, Antonio Pallocci… Todos vão entrando na roda, em maior ou menor grau.

O caso de Palocci é mais sério. Apesar de suas questionáveis posições políticas e ideológicas (por ser do PT), está inserido no projeto de Dilma, que apoiei na eleição. E, neste momento delicado da economia, com a guerra cambial internacional açulando a inflação, ele é primordial.

Vocês não estão gastando toda essa artilharia contra Palocci à toa. Sabem muito bem que a queda do principal ministro do governo, neste momento, poucos meses após a posse, seria um desastre para o governo e para o país. Continuam apostando no caos.

Sim, Dilma e o governo ainda hesitam em partir para a briga. Mas se acham que é medo, lembrem-se de que Lula também hesitou. Uma hora ela vai se cansar de ser sabotada e vai reagir tanto quanto o antecessor.

E não se animem se conseguirem derrubar Palocci. Vocês derrubaram o José Dirceu e acharam que tinham dado um golpe mortal no PT, mas, ao fim, ferraram-se.

Eu, particularmente, bancaria essa briga já. Mostraria, por A mais B, que Palocci enriqueceu como enriquecem todos os que ocupam o cargo que ocupou porque o sistema permite isso, legalmente. Não há nada de errado. Palocci fez nada mais do que aproveitar a boca.

Vocês sabem que eu gostaria de ser crítico em relação ao governo. Sabem que nunca ganhei nada do governo, que nada ganho e que luto muito pra sobreviver. Já me investigaram, que eu sei. Vocês não entendem minhas razões? É porque se pautam por vocês mesmos…

Vou infernizá-los, meus caros. Podem ter certeza disso. E não tenho medo de vocês. Farei quantas manifestações forem necessárias, farei quantas representações forem necessárias, escreverei tantos textos quantos forem necessários…

Sabem por que? Só vejo uma forma de melhorar minha vida. Há alguns meses, durante um almoço com amigos e um parlamentar, ele me perguntou se poderia ajudar em alguma coisa no caso de minha filha doente. Eu lhe disse: faça por todos que ela se beneficiará também.

Julgam-me ingênuo? Vocês é que são. O país está melhorando a revelia de vocês. E este governo, como o anterior, trava uma guerra contra o preconceito. São preconceitos étnicos, de orientação sexual e regional, no mínimo. Preconceitos que vocês criaram.

Vocês não conseguiram nem quando tinham base de apoio muito maior no Congresso. Agora, golpistas, a situação é muito mais adversa e seus métodos não variam. Serão surrados pela sociedade, que continuará apoiando Dilma se ela continuar melhorando a sua vida.

Aliás, tomem cuidado porque a armação contra Palocci pode se voltar contra vocês. Estou sabendo que se levarem muito adiante essa safadeza, vossos amiguinhos da área econômica do governo FHC vão ter que entrar na roda. E vocês sabem o que isso significa.

 

Lula: "Esquerda governa com mais competência do que a direita"

TERRA BRASILIS: Lula: "Esquerda governa com mais competência do que a direita"

 

Lula: "Esquerda governa com mais competência do que a direita"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (19), durante o XVII Foro de São Paulo, que a esquerda provou que é capaz de governar com "mais competência" do que a direita na América Latina.



"Provamos que a esquerda governa com mais competência do que a direita, que governou durante muitos anos", disse Lula para mais de 150 líderes da esquerda latino-americana que participam do Foro, em Manágua.



Lula citou como exemplo as políticas econômicas que promoveu durante seu mandato para erradicar a pobreza e melhorar o nível de vida da classe média. O ex-presidente destacou que é necessário promover "uma discussão mais profunda" sobre o desenvolvimento das forças de esquerda para "fortalecer os partidos políticos, construir alianças e vencer eleições".



Lula assinalou que a esquerda deu grandes passos desde a constituição do Foro de São Paulo, em 1990, o que lhe permitiu chegar, pela via democrática, ao governo de muitos países do continente.



Há 20 anos era difícil imaginar que algum dia "um índio" como Evo Morales conquistaria o poder na Bolívia, ou que a esquerda governaria potências econômicas como Argentina e Brasil. Segundo Lula, o Partido Comunista de Cuba foi crucial para forjar esta unidade e a Frente Sandinista da Nicarágua, do presidente Daniel Ortega, "é a força democrática mais viva, que mais evoluiu" no hemisfério.



Lula presidiu o primeiro dia de debates do Foro de São Paulo, junto ao presidente Ortega, ao ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya e a outros dirigentes da esquerda.

Fonte: AFP

quinta-feira, 19 de maio de 2011

FHC e Serra destruíram o PSDB

Bresser e o legado do PSDB | Brasilianas.Org

 

Bresser e o legado do PSDB


Coluna Econômica

Na Folha de ontem, o ex-Ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira despediu-se mais uma vez do PSDB, partido que ajudou a fundar e a irrigar com suas ideias.

Bresser foi das figuras máximas do partido. Começou sua militância no governo Montoro, ajudou a criar a mística dos pacotes econômicos, foi um Ministro da Fazenda sério de um governo (Sarney) fraco. Depois, como Ministro da Administração do governo Fernando Henrique Cardoso, tentou colocar em prática novos conceitos, novos projetos. Em vão.

***

 

O lento divórcio de Bresser do PSDB se deu ali, quando sua usina de ideias esbarrou no deserto de vontade de FHC. Lembro-me, na época de ter escrito uma coluna sobre o engenheiro (Mário Covas) e o sociólogo (FHC), um, governador de São Paulo; outro, presidente da República.

A alma do PSDB – como reforça Bresser em seu artigo – estava em personalidades como Montoro e Covas.

Hoje em dia é possível apontar um conjunto de vulnerabilidades no governo Covas. A ânsia do ajuste fiscal promoveu um desmonte na estrutura do estado de São Paulo. Órgãos formuladores de políticas de longo prazo – como a Fundap e a Fundação Seada, a Cepam – foram praticamente abandonados. A Fundação Seade foi submetida à influência nefasta de Arnaldo Madeira.

Depois do ajuste inicial, havia indícios fortes de que o segundo governo Covas seria o da reconstrução. Morreu antes.

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Morto, o PSDB perdeu sua maior referência. Em que consistia a imagem pública de Covas? Era cabeçudo, teimoso que nem o diabo, mas racional. Curvava-se ante um bom argumento. Principalmente, passa a sensação permanente de trabalhar pelo bem comum. Havia a vontade férrea de construir, deixar algo. Mais: havia um senso de lealdade ao partido e a princípios que faziam a diferença, davam o eixo para o partido.

Nas piores crises do titubeante governo FHC, os olhares do país se voltavam para o Palácio Bandeirantes, como um referencial.

***

A morte de Covas tirou esse referencial do bem comum que marcava o partido. Lembro-me na campanha de 2006 entrevistando o candidato Geraldo Alckmin. Disse-me ele que um dos principais conselhos dados por Covas era para toda semana se juntar ao povo para sentir suas necessidades, exercício ao qual – segundo Covas – nem FHC nem José Serra eram afeitos.

***

O segundo pecado fatal do PSDB foi ter aberto mão dos formuladores. Pessoas que traziam idéias ou slogans eficientes – como Bresser, os irmãos Mendonça de Barros – foram deixados de lado, ante o personalismo medíocre e imobilizante de Serra. Não se renovaram as lideranças, não se renovaram as idéias.

***

No começo dos anos 2.000, pensadores como Delfim Netto e o próprio Bresser-Pereira alertavam que, quando o PT deixava de lado a retórica revolucionária, ocuparia o lugar do PSDB junto aos setores de centro-esquerda – o próprio Bresser recorda essa predição em seu artigo.

Talvez mesmo sendo conduzido por lideranças mais responsáveis, o partido tivesse dificuldades em se situar no novo quadro.

Hoje, é um conjunto de lembranças boas – Covas, Montoro, o próprio Bresser -, ultrapassadas – FHC – e destrutivas – Serra. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Danilo Gentili , um pateta

LEITURAS

 

MARCELO COELHO 
Politicamente fascista 

Todo pateta com pretensões à originalidade e à ironia toma a iniciativa de se dizer "incorreto"

O comediante Danilo Gentili pediu desculpas pela piada antissemita que divulgou no Twitter. A saber, a de que os velhos de Higienópolis temem o metrô no bairro porque "a última vez que eles chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz".
Aceitar suas desculpas pode ser fácil ou difícil, conforme a disposição de cada um. O difícil é imaginar que, com isso, ele venha a dizer menos cretinices no futuro.
Não aguentei mais do que alguns minutos do programa "CQC", na TV Bandeirantes, do qual é ele uma das estrelas mais festejadas. Mas há um vídeo no YouTube, reproduzindo uma apresentação em Brasília do seu show Politicamente Incorreto, em outubro de 2010.
Dá para desculpar muita coisa, mas não a falta de graça. O nome oficial do Palácio do Planalto é Palácio dos Despachos, diz ele. "Deve ser por isso que tem tanto encosto lá." Quem o construiu foi Oscar Niemeyer, continua o humorista. E construiu muitas outras coisas, como as pirâmides do Egito.
A plateia tenta rir, mas só fica feliz mesmo quando ouve que Lula é cachaceiro, ou que (rá, rá) o nome real de Sarney é Ribamar. Prossegue citando os políticos que Sarney apoiou; encerra a lista dizendo que ele só não apoiou o próprio câncer porque "o câncer era benigno".
Os aplausos e risadas, pode-se acreditar, vêm menos da qualidade das piadas e mais da vontade de manifestação política do público. Detestam-se, com razão, os abusos dos congressistas brasileiros. Só por isso, imagino, alguém ri quando Gentili diz preferir que a capital do país ficasse no Rio: "Lá pelo menos tem bala perdida para acertar deputado".
Melhor parar antes que eu fique sem respiração de tanto rir. Como se vê, em todo caso, o título do show não é bem o que parece. "Politicamente incorreto", no caso, faz referência às coisas erradas feitas pelos políticos, mais do que ao que há de chocante em piadas sobre negros ou homossexuais.
A questão é que o rótulo vende. Ser "politicamente incorreto", no Brasil de hoje, é motivo de orgulho. Todo pateta com pretensões à originalidade e à ironia toma a iniciativa de se dizer "incorreto" - e com isso se vê autorizado a abrir seu destampatório contra as mulheres, os gays, os negros, os índios e quem mais ele conseguir.
Não nego que o "politicamente correto", em suas versões mais extremadas, seja uma interdição ao pensamento, uma polícia ideológica.
Mas o "politicamente incorreto", em sua suposta heresia, na maior parte das vezes não passa de banalidade e estupidez.
Reproduz preconceitos antiquíssimos como se fossem novidades cintilantes. "Mulheres são burras!" "Ser contra a guerra é viadagem!" "Polícia tem de dar porrada!" "Bolsa Família serve para engordar vagabundo!" "Nordestino é atrasado!" "Criança só endireita no couro!"
Diz ou escreve tudo isso, e não disfarça um sorrisinho: "Viram como sou inteligente?".
"Como sou verdadeiro?" "Como sou corajoso?" "Como sou trágico?" "Como sou politicamente incorreto?"
O problema é que "politicamente incorreto", na verdade, é um rótulo enganoso. Quem diz essas coisas não é, para falar com todas as letras, "politicamente incorreto". Quem diz essas coisas é politicamente fascista.
Só que a palavra "fascista", hoje em dia, virou um termo... politicamente incorreto. Chegamos a um paradoxo, a uma contradição.
O rótulo "politicamente incorreto" acaba sendo uma forma eufemística, bem-educada e aceitável (isto é, "politicamente correta") de se dizer reacionário, direitista, fascistoide.
A babaquice, claro, não é monopólio da direita nem da esquerda. Foi a partir de uma perspectiva "de esquerda" que Danilo Gentili resolveu criticar "os velhos de Higienópolis" que não querem metrô perto de casa.
Uma ou outra manifestação de preconceito contra "gente diferenciada", destacada no jornal, alimentou a fantasia mais cara à elite brasileira: a de que "elite" são os outros, não nós mesmos. Para limpar a própria imagem, nada melhor do que culpar nossos vizinhos.
Os vizinhos judeus, por exemplo. É este um dos mecanismos, e não o vagão de um metrô, que ajudam a levar até Auschwitz.

 

Governo Dilma: uma no cravo, outra na ferradura!

Governo Dilma: uma no cravo, outra na ferradura! | Jornal Correio do Brasil

 

Governo Dilma: uma no cravo, outra na ferradura!

18/5/2011 4:10, 
Por Congresso em Foco

“Tempestades costumam derrubar navios, e políticas econômicas, mal desenhadas, costumam aumentar a taxa de desemprego e enfraquecer o poder de compra da população”

Antônio Carlos Roxo*

Marcus Eduardo de Oliveira**

É natural que um governo novo, resultado de ampla coalizão político-partidária que o levou ao poder, no qual se misturou “alhos com bugalhos”, tenha em suas ações, nesses primeiros meses de administração, algumas contradições; na verdade, graves contradições, diríamos nós.  Afinal, em termos de posições contrárias, não se junta impunemente numa mesma sala figuras como Sarney, J. Barbalho, Collor, e outros menos conhecidos que agora têm a “ilustre” presença de Kassab e companhia.

O fato é que o governo Dilma logo em seu início se posicionou em termos de mudança de postura com respeito à questão dos Direitos Humanos; a condenação veemente ao apedrejamento de mulheres, ilustrativo, por sinal, foi um avanço, e também uma negação de que as posições de um país, nesta e em outras questões, tem de ser pautada pelo cinismo cimentado nos interesses corporativos. Sem dúvida, um avanço em relação aos governos anteriores.

Em seguida, ensaiou-se uma mudança ainda mais significativa para os nossos olhos enviesados de economistas, tão acostumados ao receituário tradicional, ao encarar-se o combate à inflação com outras ferramentas que não o suspeitíssimo expediente clássico de aumentar a taxa básica de juros. Pontualmente, firmava-se assim uma posição heterodoxa em termos de se fazer políticas econômicas mais ousadas, longe, portanto, do tradicionalismo acadêmico.

Com isso, passou-se a tentar “ganhar” a opinião pública (leia-se: o mercado!) com anúncios de medidas prudenciais que atacassem de outro modo o aumento dos preços, inclusive procurando-se de forma efetiva diminuir o consumo (demanda agregada) via restrição ao crédito, que não fossem simplesmente a aplicação das receitas conservadoras sopradas pelo “deus-mercado”.

Dentro da tentativa de implementação de uma nova visão em termos específicos de política monetária, o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as aplicações estrangeiras de cunho especulativo, embora com tibieza dado o gigantismo do problema, indicava a disposição de não usar, como até então, a valorização do câmbio, isto é, do Real, como um dos principais instrumentos no combate à inflação à custa da perda acentuada da competitividade do setor industrial, a duras penas constituída pelo país. Até mesmo porque o outro nome disso chama-se desindustrialização.

Entretanto, na hora do “vamos ver”, a reação do mercado, de seus áulicos ao levantar um pouco mais a voz na grande imprensa conservadora, tão coesa e repetitiva em seus argumentos de defesa dos juros escorchantes e da livre movimentação de capitais, transformada em verdade científica mais uma vez, desabou em “seu canto de sereia”.

Assim, aproveita-se do momento para retomar novo mote para embates futuros que garanta, na essência do problema, juros estratosféricos por mais tempo, ao se afirmar que um dos problemas da inflação é que as metas inflacionárias (4,5% ao ano) estão estabelecidas em patamar alto demais por período de tempo muito prolongado.

Resultado: o Banco Central, dentro de seu conservadorismo peculiar, sucumbiu e divulgou nota, para atender ao “mercado”, atestando que permanecerão os “juros altos por um período de tempo suficientemente prolongado”.

Ora, com isso, dança-se conforme a música e voa-se para onde o vento soprar. O problema é que nem sempre esse vento conduz a um porto seguro. Tempestades costumam derrubar navios, e políticas econômicas, mal desenhadas, costumam aumentar a taxa de desemprego e enfraquecer o poder de compra da população. As pesquisas de opinião pública, em breve, quando aferirem novamente a popularidade da presidenta Dilma poderão fornecer dados mais abalizados sobre isso. O tempo dirá!
        
*Economista, com doutorado pela USP. Professor do UNIFIEO e coordenador do curso de Comércio Exterior e Negócios Internacionais da mesma instituição. Fundador e membro do GECEU – Grupo de Estudos de Comércio Exterior do UNIFIEO 

 **Economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO. Mestre pela USP e membro do GECEU – Grupo de Estudos de Comércio Exterior do UNIFIEO.    

 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lula "uma liderança carismática e respeito à democracia;"

Esquerdop̶a̶t̶a̶: O caminho de Lula

 

No alto da home do "FT", com a ilustração acima, o colunista Gideon Rachman saúda "O novo caminho reluzente da América Latina", trocadilho com o Sendero Luminoso. Em viagem ao Peru, destaca que Ollanta Humala e Keiko Fujimori chegaram ao segundo turno, derrotando os "centristas", devido à persistente "desigualdade" no país. E avalia como "tranquilizador" que ambos "falam do Brasil como modelo":

"Lula conquistou a posição de cultuado porque mostrou ser possível combinar coisas muitas vezes mutuamente excludentes na América Latina: uma liderança carismática e respeito à democracia; uma economia de mercado em expansão e reformas sociais que beneficiam os pobres".

Com o Brasil, "o Peru e o restante da América Latina podem ter encontrado, finalmente, um verdadeiro caminho reluzente".

Impeachment contra Gilmar Mendes.

BLOG DO MELLO

 

O advogado comum aos três chama-se Sérgio Bermudes. Ele também é patrão de Guiomar Mendes, que trabalha no escritório de Bermudes em Brasília. Guiomar Mendes é mulher de Gilmar Mendes.



Agora entra na história um novo advogado. O nome dele é Alberto de Oliveira Piovesan. Ele entrou no Senado da República com um pedido de impeachment do ministro e ex-presidente do STF Gilmar Mendes.



Grande parte da argumentação (mas não toda) de Piavesan se baseia numa reportagem da revista Piauí sobre o Supremo Tribunal Federal e Gilmar Mendes publicada nos números 47 e 48 da revista.


A revista PIAUÍ, de circulação nacional, nos números 47 e 48, respectivamente de agosto e setembro de 2010, publicou extensa e bem elaborada reportagem de autoria de Luiz Maklouf Carvalho, jornalista há mais de trinta anos, sobre o Supremo Tribunal Federal, e na de nº 48 revelou e detalhou relações entre o Ministro Gilmar Ferreira Mendes e sua mulher, com o Advogado Sergio Bermudes, seu antigo desafeto – fato público (documento nº 11, em anexo) – até quando assumiu uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.



Os fatos divulgados pela referida reportagem (documento nº 4, em anexo), são comprometedores. Revelam recebimento de benesses e outros fatos que põem em dúvida

a isenção, a parcialidade do julgador, configurando violação a dever funcional, e em consequência a incidência do item 5 do artigo 39 da Lei Federal 1079/1950.



(...) A referida reportagem informou, dentre outros fatos, que o Advogado Sergio Bermudes hospeda o Ministro Gilmar Ferreira Mendes quando este vem ao Rio de Janeiro, e que já hospedou-o em outras localidades, além de fornecer-lhe automóvel Mercedes Benz com motorista.



A citada reportagem informou também que o Ministro Gilmar Ferreira Mendes recebeu de presente, do mesmo Advogado Sergio Bermudes, uma viagem a Buenos Aires, Argentina, quando deixou a presidência do Supremo Tribunal Federal no ano passado (2010). E que o presente foi extensivo à mulher do Ministro, acompanhando-os o Advogado nessa viagem.



A citada reportagem informou ainda que o referido Advogado emprega e assalaria, acima do padrão, a mulher do Ministro. Evidente que no recesso do lar pode ela interferir junto ao marido a favor dos interesses do escritório onde trabalha,

e de cujo titular é amiga intima (sempre segundo a citada reportagem). É o canal de voz, direto e sem interferências, entre o Ministro e o Advogado.



Se comprovados estes fatos, notadamente a viagem de presente, ficará configurada violação de dever funcional, com consequente inabilitação para o cargo, eis que

vedado o recebimento de benefícios ao menos pelo Código de Ética da Magistratura, precisamente seu artigo 17.



No pedido de impeachment há também a informação de que Sergio é um dos principais advogados da Rede Globo (pg. 20), de Daniel Dantas (pg. 22) e do próprio Gilmar Mendes (pg. 26).



A íntegra do pedido de impeachment de Gilmar Mendes está aqui, em pdf. Vale a pena ler.



Não tenho competência para julgar o conhecimento jurídico do ministro Gilmar Mendes. Mas sua avaliação e capacidade de julgamento, sim, e na minha opinião ele é um homem vaidoso e arrogante, o que denota insegurança. Sua opinião na sabatina da Folha em 2009 de que Fernando Henrique Cardoso "é um estadista" e Lula, não, mostra que ele pode entender de Direito mas não entende direito o mundo em que vive. Mendes gosta tanto de FHC que tinha (ainda tem?) um retrato de FHC em sua mesa de trabalho.



Sei que dificilmente o Senado irá peitar Gilmar Mendes. Ele mostrou que tem força no STF quando conseguiu um placar de 9 a 1 a seu favor no caso dos dois HC de Dantas. E vários dos senadores têm processos por lá e não vão querer se indispor com seus futuros julgadores.



Mas a ação do advogado Piovesan tem o grande mérito de trazer à tona as relações perigosas de Gilmar Mendes, que se forem repercutidas na mídia poderão fazer com que o imperial ex-presidente do STF tenha que vir ao distinto público explicar-se.



Se dependermos da grande mídia, sabemos que nada será feito. Portanto, temos que fazer a nossa parte divulgando a ação do advogado Piovesan e exigindo providências do Senado e da OAB - a quem o pedido de impeachment também foi entregue.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Povão: " Churrasco da Gente Diferenciada reúne 4 mil pessoas em Higienópolis "

Desculpe a Nossa Falha | Política, humor e o tal do jornalismo // + tudo sobre a censura da Folha à Falha de S.Paulo // ASSANGE, TAMO JUNTO! » Blog Archive » Churrasco da Gente Diferenciada reúne 4 mil pessoas em Higienópolis e é ato inédito no Brasil

 

Sim, 4 mil pessoas. Pelo menos. Explico o número. O ato de ontem em Higienópolis teve 4 momentos: concentração na praça Villaboim, encontro na frente do shopping Higienópolis, caminhada na avenida Angélica e aglomeração final na frente do Pão de Açúcar, na esquina das ruas Sergipe e Angélica, onde seria a estação de metrô combatida por parte da população do bairro –e apoiada pelo movimento de ontem. Esses 4 momentos, juntos, duraram pelo menos 6 horas (entre 14h e 20h). Em nenhum minuto dessas 6 horas o ato ficou esvaziado. Conheço algumas pessoas que só foram na Villaboim, porque tinham compromissos ou moravam perto. Outros tantos não se animaram a seguir andando até a Angélica e foram pra casa do shopping. Muitos ficaram pouco no local da estação, tinham outros compromissos ou já estavam cansados. Por outro lado, muita gente, ao saber pela internet, telefonemas ou SMS que o ato estava legal, chegou mais tarde, quando o povo já estava no Pão de Açúcar. Tinha muita gente ’nova ’, moradores inclusive, aparecendo pro churrascão quando já era noite.


Aqui era só o começo da concentração no shopping

Com esses dados na mão, conversei com amigos jornalistas acostumados a cobrir manifestações dos mais variados tipos. A conclusão é unânime. Em português claro, ali não tinham só 600 pessoas, como diz a PM, NEM FUDENDO. Vale lembrar que a Folha só divulga números da PM. E os outros jornais falaram em cerca de mil pessoas mas, mesmo assim, não participaram do churrasco de ontem só mil pessoas NEM FUDENDO.

Tradicionalmente a Policia Militar joga os números reais de participantes (muito) pra baixo. E seus palpites sempre são um chute, não há critério científico algum. Aliás é bom lembrar que a única vez em que houve algum critério científico na aferição de pessoas em eventos no Brasil foi nos comícios das Diretas Já, quando eram feitas fotos aéreas, calculados o números de pessoas por metro quadrado e a renovação de público X números de horas de duração do evento, entre outros fatores. Hoje em dia, é tudo chute puro. E palpite por palpite, me desculpem, mas confio mais no meu e no dos meus amigos jornalistas do que no da PM ou no de outros jornalistas –mal-humorados. Enfim, levando-se em consideração os fatores do começo do texto (4 momentos, duração etc) as estimativas de participantes, feitas por quem esteve lá o dia todo e já esteve em dezenas de manifestações, giraram entre 3 e 5 mil pessoas. Fechei então na média, 4 mil pessoas no Churrascão da Gente Diferenciada.


Aqui o povo subindo a Angélica, quando muita gente já tinha ido embora, e muita gente nem tinha chegado ainda. Foram só 600 pessoas ao longo do dia todo. Ã-hã..

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IMPORTANTE, EMOCIONANTE E INÉDITO

O Churrasco de ontem foi IMPORTANTE porque trata de duas das questões centrais nessa cidade: primeiro a absurda falta de transporte público, principalmente metrô (isso sem falar no absurdo da passagem de ônibus a 3 reais) e segundo tocou na ferida do preconceito contra pobre por boa parte da população não-pobre, especialmente em bairros mais tradicionais como Higienópolis (cidade da higiene, em latim). Pior, há um enorme preconceito contra metrô e transporte público em geral, como se só pobre precisasse de metrô…

Por essas e outras levei alguns cartazes prontos (e cartolinas em branco, muito bem preenchidas pelo pessoal) para, de forma bem-humorada, denunciarmos o preconceito do bairro. A ideia era  “representar a associação de moradores”. O cartaz que mais apareceu em fotos e TV dizia “Só ando de metrô em NY, Londres e Paris”. Mas o meu favorito, que mais sorrisos amarelos de vizinhos causou ao longo do dia, é criação do genial Edson Monteiro, amigo de quase duas décadas, que dizia: “Minha empregada que venha a pé!! ”. VEJA GALERIA NO PÉ DO POST.

O churrasco de ontem foi EMOCIONANTE por vários motivos. Por provar que uma mobilização da Internet pode chegar as ruas; por juntar ricos e pobres em torno de uma causa nobre como o metro; pela civilidade absoluta dos participantes, moradores e policia; pelo bom humor; pela ocupação do espaço público… enfim, só quem esteve lá pra saber do que estou falando… foi demais.

O churrasco de ontem foi INÉDITO principalmente porque não tinha nenhuma liderança. Ninguém comandava aquilo. A CET chegou pra mim e um amigo no começo da noite e perguntou quem era o organizador, queria negociar o desimpedimento da avenida Angelica. “Não tem organizador, e por isso é legal”, respondemos. “Legal pra vocês”, respondeu o homem, indo embora. Nenhum partido político ou sindicato estava lá. Pequenos grupos de outros movimentos (passe livre, bicicletada, etc) compareceram, mas ninguém comandou o ato. Ninguém era de ninguém no melhor dos sentidos. Foi a coisa mais espontânea e bonita que eu já vi em Sao Paulo. Tomara que tenham muitos outros como esse, por muitos outros motivos, e que sejam atos igualmente livres e sem liderança. E igualmente importantes e emocionantes.

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Esse cartaz saiu até na Globo (SPTV)

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O momento da criação que causaou a ira de alguns moradores...

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“Metrô em Higienópolis só com entrada social e de serviço”

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Adoro o colega Fernando Barros e Silva (de vermelho, ao fundo), na mesma foto que eu com a camiseta da fAlha. Enfim, foi um ato plural

 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Inflação não derruba prestígio de Dilma, dizem especialistas.... E a campanha tucana?

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto » Blog Archive » Inflação não derruba prestígio de Dilma, dizem especialistas

 

Enquanto os agentes do mercado financeiro, que pautam a imprensa (mas não acreditam nela, até por isso) voltaram ao otimismo, com a declaração do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que a inflação este ano não vai ficar muito acima da meta de 4,5% e certamente não vai estourar o “teto” de 6,5%, os estrategistas da oposição e da grande mídia – que, no dizer da presidente da Associação dos Jornais, Judith Brito, são os mesmos – deveriam se preocupar com o que dizem cientistas políticos e analistas econômicos.

O jornal O Estado de Minas publica que, apesar de poder ser diferente, se a inflação de fato subir com força e por longo prazo, o quadro de hoje não afeta a popularidade da Presidente Dilma Rousseff.

“Na opinião (do cientista político Humberto) de Dantas, ao se agarrar na volta da inflação como argumento para questionar a eficiência do atual governo, a oposição corre o risco de se frustrar, como aconteceu na crise financeira de 2008. Na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a crise de “marolinha”, o que foi condenado por PSDB e DEM. Meses depois, o governo conseguiu contornar a crise. “A oposição não pode apostar em problemas sazonais, não pode viver de torcida. Ela tem que se consolidar com um discurso consistente”, afirmou Dantas.

Para o cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais, Fábio Wanderley, acreditar que o retorno da inflação ajudaria a “ressuscitar” os partidos de oposição pode passar a imagem de que eles estão torcendo contra o País. “Como não sobrou quase nada da oposição, pois essas legendas enfrentam problemas sérios, eles estão apostando no que dá. É uma aposta precária”, avaliou.

De acordo com os cientistas, as próximas pesquisas, a serem divulgadas até o final do primeiro semestre, não devem refletir a preocupação da população com a alta dos preços. Eles apostam que Dilma manterá os altos níveis de aprovação popular indicados nos primeiros dias de governo.”

O problema é que a oposição de direita no Brasil hoje só tem um discurso, o do caos.  E, como o caos não vem, fica falando no vazio.

 

Lula critica elite de Higienópolis.... Será que vai ao churrasco?

Lula critica elite de Higienópolis que não quer metrô no bairro | Os Amigos do Brasil

 

Na saída da homenagem que recebeu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, o ex-presidente Lula comentou sobre o comportamento dos moradores do bairro de classe alta Higienópolis, na capital paulista, ao pressionarem para “expulsar” uma estação de metrô no bairro.

– Eu acho um absurdo porque isso demonstra um preconceito enorme contra o povo que anda de transporte coletivo nesse país…

… Eu sinceramente não posso conceber que uma pessoa que estudou tanto e tem posses seja tão preconceituosa de querer evitar que as pessoas mais humildes possam transitar onde moram.

Um dos ilustres moradores do bairro elitista é o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.

 

 

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Petrobras reduz preço dos combustíveis

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto » Blog Archive » Governo atenta contra livre mercado e baixa preços!

 

Nenhuma destas duas “capas” da edição de hoje de O Globo é verdadeira. Mas uma das notícias em manchete aconteceu, a outra não.

A que aconteceu, não virou nem chamada de capa – aliás, também não saiu na Folha, e não tem a desculpa de que foi tardia a matéria, pois o Estadão a publicou na primeira página.

Claro que meu caro leitor e leitora já sabem que é a informação de que, por determinação do Governo, a BR Distribuidora está praticando os preços justos de comercialização, e não os inflacionados de um “mercado” ávido por lucros extraordinários.

Mas baixar os preços que estão artificialmente inflados, proteger a economia nacional, o cidadão e sustar a contaminação inflacionária de serviços e mercadorias não é algo que ajude a desgastar o governo, ao contrário.

Então, o critério jornalístico é esse: publicar bem discretamente, quase escondido.

Se tivesse ocorrido o inverso, de o Governo pressionar a distribuidora da Petrobras para elevar seus preços e aumentar seus lucros, a outra manchete imaginária só teria um defeito: está pequena e “moderada” demais. Teria, talvez, um rótulo tipo “A inflação explode” e uma referência a “especialistas” prevendo a elevação geral de preços que isso iria provocar.

Outro dia me lembraram de uma piada sobre O Globo, que me ocorreu com essa história.

O Papa João Paulo II visitava o Rio e fazia um passeio de barco pela Baía da Guanabara. O vento forte do mar carregou seu solidéu – aquele chapeuzinho de pano que religiosos usam sobre a cabeça. O governador do Estado, na época, pulou do barco, caminhou sobre as águas, deixando todos boquiabertos, apanhou o solidéu e o devolveu ao Papa.

Manchete de O Globo, no dia seguinte: ‘BRIZOLA NÃO SABE NADAR”

A gente ri, ouve piadas cariocas, mas isso é uma tragédia. Um povo que não pode contar com o mínimo de equilíbrio de seus grandes jornais e emissoras de televisão é um povo condenado a viver submergido na mentira e na manipulação.

Vocês verão que, logo, os figurões do jornalismo de economia estarão todos, como na piada, dizendo que o Governo cometeu uma heresia econômica, que atentou contra o livre mercado, que vai causar prejuízos imensos à Petrobras e seus acionistas. E, claro, dizendo que os combustíveis estão caros por causa da carga tributária, da voracidade fiscal do Governo. Alta ou baixa a carga tributária, lógico que ela não explica a alta dos combustíveis, por uma singela razão: não mudou em nada.

Onde está o jornalismo “investigativo” para acompanhar o que aconteceu com o litro do que saiu da usina  a R$ 1 e chegou na bomba a R$ 2,55? Quem, aonde, como e porque se ganhou tanto neste caminho?

Repito, entristecido: os grandes jornais tornaram-se simples máquinas de propaganda política. O interesse público é nada perto do interesse de criar um estado de ânimo na população que produza o objetivo político – quando não eleitoral – que almejam.