sábado, 30 de julho de 2011

O PAC vai muito bem, obrigado.


Governo faz balanço positivo das obras do PAC



"O Brasil usou 4 anos para reaprender a fazer obras no país", disse a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior
Redação ÉPOCA, com agências


A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, divulgou nesta sexta-feira (29) um documento com o primeiro balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 do governo Dilma Rousseff. Segundo ela, a primeira fase do PAC cumpriu com êxito os objetivos que o governo colocou em janeiro de 2007, e a segunda etapa já tem 76% das obras sendo executadas em “ritmo adequado”. Apesar disso, em algumas áreas - como na pasta dos Transportes - o avanço do PAC é muito lento, e não chegou a mais que 1% de obras concluídas.

A ministra disse que na área de energia, a criação de posto de trabalho foi uma vez e meia maior que a média do país. "Isso demonstra a influência do PAC no aumento do emprego e geração de renda no país", afirmou a ministra, na abertura da solenidade do primeiro balanço do PAC 2. Belchior disse que o Brasil retomou o planejamento de obras estruturantes para o país.

"O Brasil usou 4 anos para reaprender a fazer obras no país", disse. "O governo teve que tirar amarras institucionais durante 4 anos. Os Estados e municípios também tiveram que fazer projetos, que não tinham, e montar equipes para executar obras. O setor privado teve que se adaptar ao novo momento, com novas exigências de produtividade", afirmou.

Ainda em relação ao PAC 2, Miriam Belchior afirmou que 12% das obras necessitam de atenção e 3% estão com execução considerada preocupante. Com relação aos valores investidos, 89% das ações monitoradas apresentam ritmo adequado, 8% estão em estado de atenção, 2% têm execução preocupante e 1% das obras foi concluído. Os investimentos do PAC 2 somam R$ 955 bilhões para o período entre 2011 e 2014.

O pior desempenho do PAC foi na área dos Transportes. O Ministério, que está afogado em uma crise política, conseguiu concluir apenas 1% das obras previstas até o momento. Outras 83% das ações estão em ritmo adequado, 11% das obras merecem atenção e 5% estão em situação preocupante.

No primeiro semestre de 2011, foram iniciados 431 quilômetros de trechos de rodovias, e mais 6,5 mil quilômetros estão em andamento. Além disso, foram contratados cerca de 7,5 mil quilômetros em obras de sinalização, 8 mil quilômetros de rodovias já detêm projetos e estudos prontos para restauração e manutenção e mais 22 mil quilômetros estão em fase de elaboração.

Em ferrovias, 3,5 mil quilômetros de obras estão sendo executados, incluindo as ferrovias Norte-Sul e a Nova Transnordestina. No período, foram iniciadas também obras em 11 aeroportos brasileiros, como as reformas do terminal de passageiros do aeroporto de Brasília e a construção do terminal remoto do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Segundo o balanço apresentado pelo governo, a previsão é que até 2014 sejam investidos R$ 708 bilhões, o que representa 74% do total previsto. As demais obras, entre elas a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, serão concluídas depois de 2014, e têm uma previsão de execução de R$ 247 bilhões até lá.

Os empreendimentos que já foram concluídos entre janeiro e junho de 2011 somam R$ 45,7 bilhões. Entre eles estão os programas Cidade Melhor, que teve R$ 26,5 milhões para saneamento e prevenção em áreas de risco, e o Minha Casa, Minha Vida, que recebeu R$ 38 milhões.

PIB


Segundo a ministra Miriam Belchior, os resultados mostram que o Brasil tem todas as condições materiais e políticas para manter o crescimento na faixa dos 4,5% a 5,5%, sem pressões inflacionárias ou desequilíbrios externos relevantes.

O governo, no entanto, demonstrou mais uma vez preocupação com a crise da dívida dos Estados Unidos e com os problemas econômicos na zona do euro. Mesmo assim, os técnicos do governo fazem questão de reafirmar que o Brasil está entre os países emergentes dinâmicos do sistema internacional, ao lado da China, Índia e de outras economias que respondem pela maior parte do dinamismo econômico global.

De acordo como ministra, a execução orçamentária do governo de R$ 10,3 bilhões na segunda fase do PAC foi semelhante ao desempenho de 2010, de R$ 10,5 bilhões. Da dotação de R$ 27,5 bilhões, foram empenhados R$ 11,3 bilhões e pagos R$ 10,3 bilhões até o dia 27 de julho.

Lembrando o PAC 1, a ministra disse que o Programa permitiu que o Brasil vencesse vários gargalos. Para manter o ciclo virtuoso, disse Belchior, o governo decidiu lançar, no ano passado, o PAC 2. "Agora temos capacidade de fazer ainda melhor e enfrentar desafios que não tivemos condições de vencer na gestão anterior", afirmou.

Segundo ela, o governo manterá a iniciativa de apresentação periódica do balanço do PAC. "Esta ação coaduna com a visão de transparência do governo com a sociedade e serve como indução interna para que as ações se realizem dentro do prazo", afirmou. Belchior justificou que é normal que a conclusão das obras extrapolem o período do PAC. Na primeira fase, 18% do valor terminou depois de 2010, como a usina hidrelétrica do Madeira (RO). "Não é o ideal, mas é natural", disse.
LH

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O mundo nas mãos do Tea Party

O Esquerdopata: O Estado (mínimo) a que chegamos

 

O Estado (mínimo) a que chegamos

O PONTO A QUE CHEGAMOS: 
O MUNDO NAS MÃOS DO TEA PARTY 
Os republicanos querem manter Obama sob rédea curta e aprovar uma elevação do endividamento público dos EUA suficiente para mais seis meses à base de pão e água. Depois, negociam mais meia cuia de água. Assim por diante, até Obama chegar às eleições de 2012 como um cachorro velho, mudo e sem dente. Um cão arrastado pelo rabo. Mas a extrema direita do partido, meia centena de membros do Tea Party, acha pouco e entornou o caldo da votação do pacote conservador na Câmara, deixando as finanças do mundo de cabelos em pé. O Tea Party quer recolher Obama/'a gastança' na carrocinha. já.
Um clamor uníssono de vozes cortou a narrativa dominante do Financial Times ao Globo, qualificando os indômitos seguidores de Sarah Palin de demenciais. É preciso cautela. O Tea Party pode ser tudo, mas não é um hospício encastoado na alavanca republicana que embalou Bush, concluiu a desregulação das finanças até o colapso de 2008, dizimou o Iraque, retalhou o Afeganistão e agora incendeia a Líbia, entre outras miudezas do ramo. O neonazista norueguês que encravou balas dum-dum nas vísceras de um pedaço da juventude progressista do seu país tampouco é um demente, como querem rapidamente resolver o caso certos veículos e personagens do conservadorismo urbi et orbi


Tea Party e Andres Behring Breivik são um produto refinado da história. De anos --décadas-- de ódios e pregação conservadora contra o Estado, contra a justiça fiscal; contra o pluralismo religioso; contra os valores que orientam a convivência compartilhada. Sobretudo, o princípio da igualdade e da solidariedade que norteia a destinação dos fundos públicos à universalização do amparo aos doentes, à velhice, aos desempregados, aos famintos, aos loosers brancos ou negros, nacionais ou imigrantes. Breivik e o Tea Party assimilaram o cânone. Se agora escapam ao criador, louve-se a competência da madrassa neoliberal. Na crise, ambos apenas confirmam a esférica densidade da formação que receberam e investem contra a sociedade. Com fé no mercado e o dedo no gatilho.

Unasul vai se reunir pra ação conjunta contra crise EUA/Europa

"Brasil, mostra a tua cara!": Dilma chuta cachorro morto (hahaha...)

 

Dilma chuta cachorro morto (hahaha...)

Em meio a turbulência econômica no hemisfério Norte, a presidente Dilma Rousseff disse que a "insensatez" e a "incapacidade política" dos EUA e da União Europeia para resolver suas crises são "ameaça global".

"Esse quadro onde a insensatez é a regra só reforça a necessidade de nossa união", afirmou Dilma a nove presidentes sul-americanos, em encontro da Unasul em Lima. Países do grupo farão na próxima semana reunião para discutir ação conjunta contra a crise.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Breivik seria um morador de Higienópolis ?

Breivik ‘mora’ em Higienópolis e odeia ‘gente diferenciada’ | Blog da Cidadania

 

Breivik ‘mora’ em Higienópolis e odeia ‘gente diferenciada’


    Além da diferença óbvia quanto a métodos, alguém sabe explicar a diferença ideológica entre o terrorista norueguês Anders Behring Breivik e os três mil moradores do bairro paulistano de Higienópolis que não querem dividir espaços públicos do seu bairro – que bem poderia ser um Estado ou um país – com “gente diferenciada”?

    Tenho visto pessoas que reconheceram o “direito” dos moradores do bairro paulistano de não quererem pessoas “diferenciadas” onde vivem criticarem Breivik por exigir o mesmo “direito”. No fundo, portanto, é tudo a mesma coisa: o incômodo com pessoas de outras etnias, de outros credos, nascidas em outras partes, é o mesmo.

    Ah, mas alguém dirá que Breivik é racista porque criticou a miscigenação no Brasil. É mesmo, é? Então ele é diferente, por exemplo, dos paulistanos de classe média alta – e, sobretudo, dos ricos – dos bairros nobres de São Paulo que chamam nordestinos (negros e mestiços) de “baianos” e que os dizem “raça indolente e burra”?

    Alguém aqui tem a coragem de negar que, durante a vida, conheceu várias pessoas do Sul e do Sudeste do Brasil – não só, mas principalmente – que chegam a pregar que não se dê emprego a “baianos” ou “paraíbas” porque pessoas que cabem nesse preconceito não seriam confiáveis, não teriam inteligência ou não gostariam de trabalhar?

    Cena meio recente: durante comemoração do aniversário de uma moça de classe média em um amplo apartamento de um bairro nobre de São Paulo, grupo de sete pessoas (três homens e duas mulheres de meia idade, uma jovem e uma mulher idosa) conversam sobre separatismo. Isso mesmo: querem separar o Estado do resto do país.

    A garota diz que não suporta “baianada”, ao que os mais velhos aderem. “Baianada” seriam os costumes de qualquer nordestino descendente de negros, sobretudo se tiver sotaque pronunciado. Fala-se da cultura (música, forma de se comunicar, gosto por roupas), mas não só. Sobretudo, falam sobre degenerescência genética.

    Faça um teste: procure se lembrar de onde já leu ou ouviu “idéias” como a do extremista norueguês de direita Anders Breivik sobre etnias (cor da pele e traços físicos) ou sobre a cultura de outro povo.

    Reflita: o demente europeu, ao dizer que a “mistura de raças” no Brasil é responsável pela nossa suposta “falta de coesão interna”, mentiu? Não é verdade que setores da sociedade brasileira não aceitam conviver ou sequer dar emprego a “baianos”, a “paraíbas” ou a “veados”?

    Qual é a diferença entre Breivik e a deputada carioca Myriam Rios, que exibiu outra das características do congênere ideológico europeu, a homofobia, pregando que se neguem empregos a homossexuais? Quantas pessoas por aqui, da mesma forma que Breivik, concordaram, sobretudo na internet, com o “perigo gay” dito pela deputada?

    Não é verdade que há falta de coesão no Brasil entre a etnia indo-européia, de um lado, e, por exemplo, a afro-brasileira de outro lado? Não é verdade que há uma intolerância aberta e assumida à orientação homossexual igualzinha à de Breivik?

    Sim, resta a diferença de que a maioria desses setores da sociedade brasileira não transforma seus preconceitos contra “gente diferenciada” em ações violentas. Todavia, a maioria não é o todo, ou seja, há uma minoria capaz de ações como a do terrorista noruguês, no Brasil. E, apesar de ainda agir em baixa escala, age.

    É provável que alguém como o psicopata norueguês que viva em Higienópolis e odeie “gente diferenciada” tenha assinado o manifesto dos moradores do bairro pedindo que o Estado não construísse uma estação de metrô ali para não atrair esse tipo de gente. Será então que Breivik mentiu sobre falta de coesão interna no Brasil?

    Ele apenas constatou o preconceito de setor minoritário da sociedade brasileira que separa etnias e culturas, pois todos sabem onde negros, homossexuais e nordestinos não entram.  A solução é a lei ser dura com pessoas como aqueles três mil moradores de Higienópolis que, como Breivik, odeiam “gente diferenciada”.

    Brasil sobe para 5º em ranking de investimentos estrangeiros

    O TERROR DO NORDESTE: Brasil sobe para 5º em ranking de investimentos estrangeiros

     

    Brasil sobe para 5º em ranking de investimentos estrangeiros

     

    O Brasil pulou do 15° lugar, em 2009, para 5° no ranking dos países que mais receberam investimentos estrangeiros diretos (IED) em 2010, afirma um relatório da Unctad (agência da ONU para o comércio e o desenvolvimento) divulgado nesta terça-feira.
    Os IED no Brasil aumentaram 84,6% em 2010 na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 48,4 bilhões, de acordo com o estudo Investimento no Mundo 2011 da Unctad.
    Em 2009, em razão da crise econômica internacional, o Brasil havia sofrido uma diminuição de 42% no volume de IED, uma queda acima da média mundial naquele ano.
    Em 2010, os Estados Unidos lideram novamente o ranking do estudo da Unctad, com ingresso de US$ 228 bilhões em investimentos diretos estrangeiros, o que representou um aumento de 49%.
    A China e Hong Kong são classificados de maneira distinta e ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares, com IED de US$ 106 bilhões e US$ 69 bilhões. Em quarto, ficou a Bélgica, com US$ 62 bilhões em investimentos.

     

    O salto do IED no Brasil em 2010 foi impulsionado pela entrada de mais de US$ 15 bilhões em dezembro, dos quais US$ 7,1 bilhões se referem à venda de 40% da unidade brasileira da companhia espanhola Repsol ao grupo petrolífero chinês Sinopec.
    O IED representa investimentos voltados para a produção, como a criação de fábricas e diversas operações empresariais internacionais, como fusões e aquisições, compra de participações acionárias, empréstimos para filiais e reinvestimento dos lucros.
    De acordo com o relatório, os investimentos estrangeiros diretos na América Latina e no Caribe em 2010 se concentraram em operações realizadas por multinacionais asiáticas dos setores de petróleo e gás, principalmente chinesas e indianas.
    O estudo da Unctad foi divulgado em um momento de valorização do real em relação ao dólar, situação favorecida pela entrada de recursos estrangeiros. Nessa segunda-feira, o dólar comercial caiu para R$ 1,543, menor valor desde janeiro de 1999.





    AMÉRICA DO SUL




    A América do Sul foi a região do mundo que registrou a maior alta do IED em 2010. O aumento do ingresso de investimentos foi de 56%, totalizando recursos de US$ 86 bilhões. O Brasil representou sozinho 56% desse volume, afirma a Unctad.
    No total, o IED para América Latina e Caribe foi de US$ 159 bilhões em 2010, aumento de 13% em relação ao ano anterior.
    "A América Latina e o Caribe registraram uma repentina aceleração das fusões-aquisições internacionais, que passaram de valores negativos, em razão dos desinvestimentos, em 2009, para US$ 29 bilhões em 2010, um recorde na região desde 2000", diz o estudo.
    "Essa evolução testemunha a retomada do interesse das companhias estrangeiras pela aquisição de empresas na América Latina após uma década de morosidade", afirma a Unctad.
    As multinacionais da América Latina, estimuladas pelo forte crescimento econômico em seus países, também multiplicaram investimentos no exterior, sobretudo nos países desenvolvidos, diz o estudo.
    "Os fluxos de capitais que saíram da América Latina e do Caribe aumentaram 67%, atingindo US$ 76 bilhões em 2010, a mais forte progressão regional no mundo", diz o relatório.
    A alta significativa é devida ao aumento dos investimentos de multinacionais brasileiras e mexicanas, as principais investidoras da região.
    No caso do Brasil, a saída dos recursos foi de US$ 12 bilhões no ano passado, em razão dos investimentos no exterior de empresas como Vale, Braskem, Petrobras, Camargo Correa, Votorantim e Gerdau.
    Os dados preliminares de 2011 indicam que as entradas de IED na América Latina continuam aumentando, enquanto as saídas, ou seja, os investimentos realizados por empresas da região no exterior, estão diminuindo, diz o relatório.
    EMERGENTES
    O estudo da Unctad também revela que os países emergentes foram em 2010 os "novos pesos pesados" do IED mundial.
    Os países em desenvolvimento e em transição absorveram pela primeira vez mais da metade dos fluxos mundiais de investimentos estrangeiros diretos (entradas de recursos), que totalizaram US$ 1,24 trilhão em 2010.
    Esse montante cresceu 5% em 2010, mas ainda permanece 37% inferior ao recorde registrado em 2007, diz a Unctad.
    A agência da ONU prevê novo crescimento do IED em 2011, que deverá atingir entre U$ 1,4 trilhão e US$ 1,6 trilhão neste ano.BBC.

    segunda-feira, 25 de julho de 2011

    Terrorista da Noruega não quer a mistura de raças do Brasil

    Terrorista da Noruega não quer a mistura de raças do Brasil | Conversa Afiada

     

    Do twitter do Antonio Luiz MC Costa:

    Antonio Luiz MCCosta
    Terrorista norueguês também tinha cisma com o Brasil: Europa imitaria “revolução marxista brasileira” na mistura de raças http://va.mu/CoFG


    A Declaração de Independência da Europa:

     

    Conservatives must seize political and military power through a combination of armed and democratic struggle within 70 years and implement the above policies. The alternative is the continued bastardisation model, very similar to the Brazilian model; where it has been (due to the Brazilian Marxist revolution) established a melting pot of European/Asian/African mix.


    Nos próximos 70 anos, os conservadores precisam tomar o poder político e militar numa combinação de luta armada e democrática … A alternativa será um modelo de contínua bastardização, muito parecido com o modelo brasileiro: onde, graças a uma revolução marxista, se criou uma mistura de raças da Europa, Ásia e África.

     

    NavalhaNão, Anders Behring Breivik não é racista.

    Clique aqui
    para ler “Quem fez o atentado da Noruega ? O pessoal do Cerra sabe”.


    Paulo Henrique Amorim

     


     

    Sujou, tucanos: Grampo mostra que empresário pediu ajuda do cunhado de Alckmin em licitação

    Grampo mostra que empresário pediu ajuda do cunhado de Alckmin em licitação | Os Amigos do Presidente Lula

     

    Grampo mostra que empresário pediu ajuda do cunhado de Alckmin em licitação

    Escuta telefônica pegou um empresário da indústria química pedindo ao ex-secretário de Finanças do município de Pindamonhangaba Silvio Serrano que marcasse encontro com o cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo César Ribeiro, o Paulão, para interceder em licitação do Metrô. O empresário fala em "comissão boa".
    Alvo do Ministério Público, que o investiga por suposto tráfico de influência, corrupção e comando de cartel da merenda escolar, Paulão é irmão de Lu Alckmin, mulher do governador.




    O diálogo interceptado com autorização judicial se deu em 22 de novembro de 2010, às 8h40. O empresário James de Lima Franco, que reside em São José dos Campos e é sócio de uma transportadora, ligou para Serrano, deposto algumas semanas antes do cargo de chefe do Tesouro da Prefeitura de Pindamonhangaba em meio a uma sucessão de denúncias sobre malversação de recursos públicos.
    "Tava ligando pra você porque eu precisava ir conversar pessoalmente, de procurar uma pessoa terceira lá de São Paulo prá pôr no Metrô, pôr esses negócios. Eu tava querendo conversar com o Paulo (sic)", diz James Franco. "Sei, sei", responde o ex-secretário Serrano.
    Franco e o ex-secretário são amigos. Os dois foram apresentados a Paulão há cerca de 15 anos pelo irmão de um advogado que vendia placas com nome de rua em Pindamonhangaba.
    O Metrô informou que o negócio com o empresário nunca foi concretizado.
    Para a promotoria, o grampo é um indicativo claro de que o raio de ação e de influência de Paulão como lobista pode ir além do campo da merenda. Além de infiltrar-se no âmbito das administrações municipais, ele teria estendido os préstimos a empresas do Estado.
    Não há registro de que tenha usado o nome de Alckmin nas tratativas de seu interesse, mas o Ministério Público suspeita que ele se valia da proximidade familiar com o chefe do Executivo para abrir portas. Publicamente, Alckmin sempre defendeu a investigação. Dia 27 de dezembro, quando foram feitas buscas na residência e no escritório de Paulão, ele recebeu telefonema do Palácio dos Bandeirantes.
    Na conversa com Serrano, o empresário James de Franco diz que "agora acertou na vida". "Só preciso é de uns roleiros porque nós estamos com um material bom", disse o empresário, referindo-se ao antiderrapante que diz produzir e que pretende vender para o Metrô usar nas estações. "Pra velhinho não escorregar no banheiro, não cair, garantia de cinco anos, tudo já aprovado, não tem nada de falcatrua."
    O ex-secretário responde com gentilezas: "Legal, meu querido. Você me liga amanhã".
    "Então vamos trocar uma ideia e dar uma força, você tem um conhecimento aí pra gente", insiste o empresário. "A gente dá uma comissão boa, dá uma parceria, sei lá. Parceria não dá porque lá já é tudo sociedade. É um negócio bom pra pessoa. Eu fui procurado, só que tem uma fila de caranguejo, eu tô caindo fora de fila de caranguejo. Prefiro ficar duro, um vintém no bolso do que ficar sonhando muito (sic)."
    "Você está sabendo que eu saí da prefeitura, né? Na ocasião eu parei de atender telefonema, mas acho que já tá quase solucionado", informa Serrano.
    Ao Ministério Público, Franco declarou que "por ser Silvio Serrano seu amigo de muitos anos, ligou para ele e perguntou de Paulo Ribeiro por curiosidade, buscando informações sobre como se procede a uma concorrência pública". Ele afirmou que "realmente comentou com Silvio a respeito de uma possível comissão para Paulo Ribeiro de serviços que conseguisse contratar através dele, já que Paulo conhece bastante gente de indústrias e já trabalhou com estacionamento rotativo em Taubaté". Negou que "a referência à comissão tenha tido qualquer relação com o Metrô de São Paulo".
    TRECHOS DO DIÁLOGO
    James de Lima Franco conversa com Silvio Serrano, no dia 22 de novembro de 2010.
    Serrano: E aí meu querido, o que você anda fazendo?
    Franco: Ah., eu tô naquela minha indústria lá, né? Correndo.
    Serrano: Tá dando certo?
    Franco: Agora eu acertei na vida, só preciso é de uns roleiros, porque nós estamos com um material bom (...) Tava ligando pra você porque eu precisava ir conversar pessoalmente de eu procurar uma pessoa terceira lá de São Paulo pra pôr no Metrô, pôr esses negócios. (...) Tô tão traquejado dessas maldades, de nego querer passar o pé. que tirei o pé do acelerador. Eu tava querendo conversar com o Paulo.
    Serrano: Sei, sei...
    Franco: A gente dá uma comissão boa, dá uma parceria, sei lá. (...) É um negócio bom pra pessoa. Eu fui procurado, só que tem uma fila do caranguejo, eu tô caindo fora de fila de caranguejo. Prefiro ficar duro, do que ficar sonhando muito e porra nenhuma.
    Serrano: Sei, é isso aí mesmo. Você tá sabendo que eu saí da prefeitura, né?
    Franco: Tô sabendo. Isso aí é coisa que a gente tem que conversar pessoalmente.
    Serrano: Na ocasião eu parei de atender telefonema, mas acho que já tá quase solucionado.
    Franco: Você sabe que aqui você tem um amigo, né? E hoje em dia é a coisa mais difícil do mundo. Pode guardar isso, viu?
    Serrano: É, a gente sabe disso.
    Franco: Gosto muito de você (...) gosto muito dentro do coração (...) Você tem um potencial bom, tem uma bagagem boa e pode fazer umas interligações pra nós.
    PARA ENTENDER
    Paulo César Ribeiro tinha prestígio e poder na gestão João Ribeiro (PPS), prefeito de Pindamonhangaba em 2º mandato. Seus negócios começaram a ser rastreados depois que foi denunciado por João Bosco Nogueira, ex-vice de Ribeiro e também prefeito por duas vezes. "O Paulão tinha acesso livre na administração, a base dele era na secretaria de Finanças, comandada pelo Silvio Serrano", relata Bosco.
    "Eu me indispus com essa liberdade, esse trânsito dele. Desde o começo, na realidade, quem mandava na prefeitura era ele. O Serrano tinha assumido inclusive a licitação. Antes da posse do 1º mandato, no início de 2005, o esquema da quadrilha já tinha sido montado. Quem trouxe o Serrano para a prefeitura foi o Paulo."
    Bosco afirma que advertiu diversas vezes o prefeito. "Mas ele falava que devia pro Paulão, que o Paulão tinha financiado as campanhas." Estado

    Inferno na Noruega é obra da direita

    Altamiro Borges: Inferno na Noruega é obra da direita

     

    Inferno na Noruega é obra da direita

    Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:



    Ainda não se sabe direito o que aconteceu (redijo esse post às 10h45 do sábado, 23, hora de Berlim, 05h45 em Brasília), mas já se sabe que foi à direita.



    Primeiro, pelas 15h30 da tarde de sexta-feira, 22, uma bomba poderosíssima explodiu no centro de Oslo, matando 7 pessoas e ferindo gravemente dezenas.







    Uma hora e meia/duas horas depois, um homem disfarçado de policial adentrou numa ilha (Utoya) perto da capital norueguesa. A ilha estava repleta de jovens: era um acampamento da juventude do Partido Trabalhista da Noruega, no governo. Neste sábado pela manhã o primeiro ministro noruguês deveria se dirigir a eles.



    O suposto policial alegou estar averiguando a segurança da ilha, depois do atentado no centro da cidade. Chamou os jovens para perto de si. Quando vários atenderam o seu chamado, ele tirou pelo menos três armas da mochila e começou a atirar. Alguns dos jovens conseguiram chamar a polícia pelos celulares. Muitos correram para dentro d'água e começaram a nadar. Depois de fazer uma carnificina em terra, o "policial" foi para as margens e começou a atirar naqueles que estavam dentro d'água. Há uma foto na internet dele atirando, nesse momento, já cercado por cadáveres em terra. É horripilante.



    Nesta manhã de sábado já foram encontrados 84 cadáveres na ilha, elevando o total de mortos para 91.



    O suposto policial foi preso na ilha, e sua identidade (a polícia o trata como suspeito) revelada como sendo Anders Behring Breivik, de 32 anos. É caracterizado como "cristão-conservador", manifestou opiniões de extrema-direita, aqui na Europa ditas "nacionalistas", contra o "ïnternacionalismo multi-cultural". Até o momento não há indícios sobre outros participantes no atentado, embora seja difícil (mas não impossível) que ele tenha atuado sozinho. Nos últimos tempos trabalhava como chacareiro e dessa forma tinha acesso à compra de uma série de produtos químicos para fabricação de fertilizantes, que também poderiam ser usados para fabricar explosivos.



    Não dá para dissociar os ataques do clima pesado que a direita vem semeando na Europa inteira, contra imigrantes, multi-culturalismo, Islã, islamismo, árabes, africanos e até latino-americanos, de rebarba. Essa pregação parte de e pode gerar desde políticos espertos e oportunistas, como Geert Wilders, da Holanda, pregadores burocráticos como Thylo Sarrazin, na Alemanha, partidos anti-europeus como o dos Verdadeiros Finlandeses (no governo), na Finlândia, líderes repressivos como Victor Orban (primeiro ministro e no ano que passou presidente da União Européia), da Hungria, e... fanáticos amalucados como Anders Behring. É de arrepiar.



    O clima está pesado e temeroso na Europa inteira.



    Ao mesmo tempo, devo assinalar esse fato singular. Ainda na sexta-feira, quando tudo era nebuloso no atentado (falava-se em apenas 4 mortos na ilha de Utoya), prestigioso periódico brasileiro publicou uma lista de possíveis grupos suspeitos pelo atentado: todos os nomes eram islâmicos.



    Sem comentários.

    domingo, 24 de julho de 2011

    Porque a Quarta Frota americana foi reativada

    "Brasil, mostra a tua cara!": Porque a Quarta Frota americana foi reativada

     

    Porque a Quarta Frota americana foi reativada

    Senador Bill Nelson do Partido Democrata da Florida desmembrou em 4 pontos a razão do reativamento da Quarta Frota nas costas do Brasil:

    1. O crescimento econômico do Brasil.

    2. A agressividade venezuelana.

    3. O crescente movimento comercial no Canal do Panamá.

    4. E por último - acredite se quiser: O velho Fidel Castro.

    Já o Jornal francês Figaro foi mais radical para explicar a Quarta Frota.

    »Para se contrapor ao fortalecimento da Esquerda no seu quintal os EUA decidiram reativar a Quarta Frota.«

    sábado, 23 de julho de 2011

    Paulistas sustentado a curriola: "Conselhos abrigam aliados de tucanos"

    Conselhos abrigam aliados de tucanos | Os Amigos do Brasil

     

    Conselhos abrigam aliados de tucanos

    Sexta-feira 22, julho 2011

    As empresas estatais paulistas empregaram até o início do ano em seus conselhos de administração ao menos dez ex-parlamentares de partidos que apoiam a candidatura presidencial do ex-governador José Serra – alguns saíram em função da eleição e outros permanecem nos cargos.

    A lista inclui a ex-vereadora e ex-subprefeita Soninha Francine (PPS), coordenadora de internet da campanha do tucano, lotada até hoje no conselho da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb). Ela nega motivação política na nomeação.

    Além do PPS e do PSDB, a relação inclui políticos que ficaram sem mandato do DEM, PMDB e PTB, cujos diretórios estadual (no caso peemedebista) ou nacional apoiam Serra. Alguns deles são de Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins.

    Todos recebem, por reunião mensal, entre R$ 3,5 mil e R$ 4,4 mil, o chamado jetom. Como o regulamento permite até 2 sessões remuneradas por mês, eles podem acumular até R$ 7 mil e R$ 8,8 mil no período.

    O JT obteve nomes dos conselheiros a partir de balanços de 2009 das estatais publicados em Diário Oficial até abril deste ano, mês no qual Serra renunciou ao governo para disputar à Presidência, sendo substituído por Alberto Goldman (PSDB).

    Na lista, há seis políticos que já deixaram os conselhos este ano para saírem candidatos, assumir mandato eletivo ou trabalhar nas campanhas. É o caso, por exemplo, do ex-secretário-geral da Presidência no governo FHC e tesoureiro nacional do PSDB, Eduardo Graeff, auxiliar de comunicação na campanha de Serra. O tucano aparecia como conselheiro da Cetesb até abril deste ano, mas, segundo o governo, já deixou o cargo.

     Junto com Soninha até hoje na Cetesb estão ainda os ex-deputados federais Koyu Iha (PSDB-SP) e Ney Lopes de Souza (DEM-RN). Todos ganham jetom de R$ 3,5 mil, o que corresponde a 30% do salário dos diretores da companhia, atualmente em R$ 11,8 mil. Em dezembro, todos os conselheiros recebem o equivalente a dois jetons de gratificação.

    Já o suplente de senador João Faustino (PSDB-RN), que era subsecretário da Casa Civil, recebia até julho jetons da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), de R$ 3,5 mil, e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), de R$ 4,4 mil. Ele só deixou o cargo há três meses para assumir mandato por conta da licença do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).

    Quem também esteve em conselho – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) – até o limite permitido pela lei eleitoral (março) foi o ex-deputado federal Márcio Fortes (PSDB-RJ), que atua como um dos arrecadadores da campanha de Serra. Ele se afastou do cargo para ser vice de Fernando Gabeira (PV-RJ) na disputa ao governo do Rio.

    Na Companhia de Desenvolvimento Agrícola (Codasp) estava o ex-deputado Edinho Araújo (PMDB), que renunciou para concorrer a federal. Na Dersa, CDHU e Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) estavam, respectivamente, ex-deputados Claury Silva (PTB), que era secretário de Esportes, e Ronaldo Pereira (PSDB-TO) e o ex-senador Geraldo Melo (PPS-RN), que, segundo o governo, deixaram os cargos este ano.

    Por

     

    sexta-feira, 22 de julho de 2011

    Pesquisas revelam: faxina pega bem !

    Pesquisas revelam: faxina pega bem ! | Conversa Afiada

     

    Pesquisas revelam:
    faxina pega bem !

      Publicado em 22/07/2011



    A música vai tocar assim

    Este ansioso blogueiro soube que instituições empresariais encaminharam ao Palácio do Planalto pesquisas em que a população demonstra reagir muito bem à faxina.

    As respostas são encorajadoras.

    A Presidenta agiu rápido !

    Tem que passar a vassoura !

    O “mar de lama” em que o Lacerda tentou envolver o Vargas é o que o PiG (*) e, especialmente, o jornal nacional tentam reconstruir.

    Não colou.

    Lázaro não ressuscitou.

    O eleitor não acredita que o Governo Dilma seja um mar de lama.

    Mas, sim, que ela corte pela raiz.

    A propósito, clique aqui para votar na trepidante enquete “Quem tem mais medo da faxina da Dilma ?”.

    E aqui para ler a desastrada entrevista em que o Ministro Paulo Bernardo bateu o record mundial nas Olimpíadas Militares na prova “ dardo amigo”.

    No dia 14 de abril, a Presidenta fez a única reunião do ministério.

    Tratou de uma “rígida” cartilha de princípios éticos.

    Avisou quais seriam os procedimentos a seguir.

    De que jeito a música ia tocar.

    O PMDB e o PT foram os primeiros a estrilar.

    Caíram o Eduardo Cunha, do PMDB, o Palocci do PT.

    E agora se desfaz o PRrasil do Valdemar.

    (O Ricardo Teixeira não perde por esperar. Não é isso, Ministro Orlando Silva ?)

    O Ministério dos Transportes estava na mira da Presidenta, segundo os critérios que ela acompanha diretamente.

    Os números.

    As obras nos Transportes estão atrasadas, por conta dos “aditivos”.

    Clique aqui para ler “Presidenta só paga os aditivos da lei”.

    Esse atraso se refletirá no próximo balanço do PAC, a ser feito pela Ministra Miriam Belchior.

    Quando a bolha estourou, a Presidenta agiu rápido: aditivou, dançou.

    E desarmou o PRrasil do Valdemar.

    O PRasil não tinha sucessor para o Nascimento e ela fez quem quis, o Passos.

    O dirigente do PT no DNIT, o Caron, talvez se sinta melhor com os ventos do Sul.

    E a faxina vai em frente.

    Para a alegria do eleitor.

    Ela avisou na reunião ministerial que ia tirar a vassoura da mão da UDN.

    UDN.

    É o pessoal do coesionamento que produz o sonhático.


    Paulo Henrique Amorim


    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

    quinta-feira, 21 de julho de 2011

    Vídeo: Paulo Vannuchi comenta sobre "faxina" no Ministério dos Transportes e DNIT, pelo Governo Federal

    O moderno reacionário é a porta de entrada do velho fascismo

    "Brasil, mostra a tua cara!": O moderno reacionário é a porta de entrada do velho fascismo

     

    O moderno reacionário é a porta de entrada do velho fascismo

    Marcelo Semer Terra Magazine



    Se você não entendeu a piada de Rafinha Bastos afirmando que para a mulher feia o estupro é uma benção, tranquilize-se.

    O teólogo Luiz Felipe Pondé acaba de fornecer uma explicação recheada da mais alta filosofia: a mulher enruga como um pêssego seco se não encontra a tempo um homem capaz de tratá-la como objeto.

    Se você também considerou a deputada-missionária-ex-atriz Myriam Rios obscurantista ao ouvi-la falando sobre homossexualidade e pedofilia, o que dizer do ilustrado João Pereira Coutinho que comparou a amamentação em público com o ato de defecar ou masturbar-se à vista de todos?

    Nas bancas ou nas melhores casas do ramo, neo-machistas intelectuais estão aí para nos advertir que os direitos humanos nada mais são do que o triunfo do obtuso, a igualdade é uma balela do enfadonho politicamente correto e não há futuro digno fora da liberdade de cada um de expressar a seu modo, o mais profundo desrespeito ao próximo.

    O moderno reacionário é um subproduto do alargamento da cidadania. São quixotes sem utopias, denunciando a patrulha de quem se atreve a contestar seu suposto direito líquido e certo a propagar um bom e velho preconceito.

    Pondé já havia expressado a angústia de uma classe média ressentida, ao afirmar o asco pelos aeroportos-rodoviárias, repletos de gente diferenciada. Também dera razão em suas tortuosas linhas à xenofobia europeia.

    De modo que dizer que as mulheres - e só elas - precisam se sentir objeto, para não se tornarem lésbicas, nem devia chamar nossa atenção.

    Mas chamar a atenção é justamente o mote dos ditos vanguardistas. Detonar o humanismo sem meias palavras e mandar a conta do atraso para aqueles que ainda não os alcançaram.

    No eufemismo de seus entusiasmados editores, enfim, tirar o leitor da zona de conforto.

    É o que de melhor fazem, por exemplo, os colunistas do insulto, que recheiam as páginas das revistas de variedades, com competições semanais de ofensas.

    O presidente é uma anta, passeatas são antros de maconheiros e vagabundos, criminosos defensores de ideais esquerdizóides anacrônicos e outros tantos palavrões de ordem que fariam os retrógrados do Tea Party corarem de constrangimento.

    Não é à toa que uma obscura figura política como Jair Bolsonaro foi trazida agora de volta à tona, estimulando racismo e homofobia como direitos naturais da tradicional família brasileira.

    E na mesma toada, políticos de conhecida reputação republicana sucumbiram à instrumentalização do debate religioso, mandando às favas o estado laico e abrindo a caixa de Pandora da intolerância, que vem se espalhando como um rastilho de pólvora. A Idade Média, revisitada, agradece.

    Com a agressividade típica de quem é dono da liberdade absoluta, e o descompromisso com valores éticos que consagra o "intelectual sem amarras", o cântico dos novos conservadores pode parecer sedutor.

    Um bad-boy destemido, um lacerdista animador de polêmicas, um livre-destruidor do senso comum.

    Nós já sabemos onde isto vai dar.

    O rebaixamento do debate, a política virulenta que se espelha no aniquilamento do outro, a banalização da violência e a criação de párias expelidos da tutela da dignidade humana.

    O reacionário moderno é apenas o ovo da serpente de um fascismo pra lá de ultrapassado.


    Marcelo Semer é Juiz de Direito em São Paulo. Foi presidente da Associação Juízes para a Democracia. Coordenador de "Direitos Humanos: essência do Direito do Trabalho" (LTr) e autor de "Crime Impossível" (Malheiros) e do romance "Certas Canções" (7 Letras). Responsável pelo Blog Sem Juízo.

    quarta-feira, 20 de julho de 2011

    Tapa na cara da oposição sem moral: "População aprova "faxina" de Dilma"

    População aprova "faxina" de Dilma | Brasil 247

     

    População aprova "faxina" de Dilma

    Analistas apostam que a presidente ganhou pontos junto aos eleitores ao promover limpeza no Ministério dos Transportes

    Por Agência Estado


    20 de Julho de 2011 às 17:06
    Agência Estado

    A "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes pode prejudicar a governabilidade, mas é considerada por cientistas políticos como um "mal necessário" para acabar com o ciclo de crises que atinge o Palácio do Planalto. Para os analistas ouvidos pela reportagem, a ampla base aliada e a consequente disputa por espaço no governo obriga a presidente a agir rapidamente e impor critérios técnicos para as indicações.

    Se por um lado o estilo Dilma pode incomodar os aliados, Dilma pode sair mais fortalecida com o apoio da opinião pública. "Esse apoio pode blindá-la de alguma forma, mas ela precisa tomar cuidado porque a base pode se desgastar", avaliou o cientista político e professor do Insper Carlos Melo.

    Os analistas concordam que, ao tomar medidas drásticas na pasta, a presidente tenta não repetir a crise que se arrastou por quase um mês no episódio envolvendo o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci. "Ela está dando respostas rápidas para não perder o embate com a opinião pública, principalmente com a classe média, que é um setor sensível a essas questões", disse o cientista político e pesquisador da PUC e FGV de São Paulo Marco Antônio Carvalho Teixeira. No seu entender, dessa maneira, o governo consegue neutralizar as críticas da oposição, que ainda não conseguiu definir seu foco de atuação. "Ela está aprendendo e cada crise ensina um pouco mais", concluiu.

    Para Carlos Melo, a crise vivida no governo Dilma indica o fracasso do modelo de presidencialismo de coalizão que vem desde o governo José Sarney, onde o presidente tem a maioria no Congresso, distribui os cargos entre os aliados e entrega os ministérios "de porteira fechada". "Acho que tem um esgotamento do modelo da base política. Ou a presidente parte para um rearranjo ou vai ficar administrando conflitos na base o tempo todo", afirmou. Melo acredita que as denúncias não deram outra opção a Dilma. "Ela não teve opção, a não ser agir desta forma (demitindo toda a cúpula da pasta). O governo não pode ficar refém das crises geradas por sua base política. E quando começa a guerra, não resta outra alternativa a não ser fazer a limpeza" completou.

    Liderança

    Na opinião do cientista político Rubens Figueiredo, após ser governado por um presidente com o perfil de Luiz Inácio Lula da Silva - com grande capacidade de liderança política e apoio da sociedade -, o País agora tem uma administradora que age de forma republicana. "Ela está agindo da maneira correta, como um presidente republicano agiria. Há muito tempo, denúncias nos meios de comunicação não tinham consequências. Com Dilma, as coisas voltaram ao seu curso normal", elogiou.

    Figueiredo afirma que, ao indicar para a sociedade que não há conluio em seu governo, Dilma se aproxima da opinião pública. "Ela tem ao seu lado as instituições democráticas que veem com bons olhos essa ação (demissões), e isso pode até resgatar um pouco da confiabilidade (no governo)", analisou.

    Se a "faxina" no Ministério dos Transportes é boa para colocar a casa em "ordem", pode ter efeito contrário na relação entre governo e sua base, uma vez que a presidente não tem o perfil contemporizador. "Nem tudo que faz bem para o País é bom para o governo", alertou Figueiredo. "O gesto político de Dilma não é agregador, mas por outro lado pode mostrar que o Brasil tem comando e que esse comando coloca as questões legais e administrativas acima das questões políticas", ressaltou.

    Segundo os analistas, o PR é o grande perdedor do episódio. O partido reivindicou a pasta mas não foi capaz de indicar um substituto com as características opostas a do ex-ministro Alfredo Nascimento. "O PR não tem nome com esse perfil técnico e se viu incapacitado para caminhar nessa direção. O PR ficou deslegitimado para pleitear, então é o momento do PR dar uns passos para trás", disse Carvalho Teixeira.

    Com uma base aliada tão ampla, os cientistas políticos preveem mais embates e novas oportunidades de Dilma montar um governo cada vez mais diferente de seu antecessor. "O cuidado que ela tem que ter agora é não colocar pessoas de outros partidos que possam repetir o perfil que ela não quer. O problema é ela trocar o mais pelo mesmo", observou Carvalho Teixeira.

    Por que a oposição não fala de economia?

    Carta Maior - Marco Aurélio Weissheimer - Por que a oposição não fala de economia?

     

    Por que a oposição não fala de economia?

    O PSDB, o jornal O Globo e seus aliados estão indignados com a corrupção no Brasil. Querem que o povo saia às ruas. Mas o povo só costuma sair às ruas quando a economia vai mal. E, curiosamente, aqueles que querem que o povo saia às ruas, não querem falar de economia. Distração? Falta de ter o quê dizer?

    Subitamente, setores da sociedade brasileira querem que o povo saia às ruas. É preciso qualificar esses “setores da sociedade brasileira”. São aqueles que foram apeados do poder político no início dos anos 2000 e que tiveram sua agenda política e econômica dilacerada pela realidade. A globalização econômica cantada em prosa e verso nos anos 1990 revelou-se um fracasso retumbante. A globalização financeira, a única que houve, afundou em uma crise dramática que drenou bilhões de dólares da economia real, conta que, agora, está sendo paga por quem costuma pagar essas lambanças: o povo trabalhador que vive da renda de seu trabalho.

    Durante praticamente duas décadas, nos anos 80 e 90, a esmagadora maioria da imprensa no Brasil e no exterior repetiu os mesmos mantras: o Estado era uma instituição ineficiente e corrupta, era preciso privatizar a economia, desregulamentar, flexibilizar. A globalização levaria o mundo a um novo renascimento. Milhares de editoriais e colunas repetiram esse discurso em jornais, rádios, tvs e páginas da internet por todo o mundo. Tudo isso virou pó. Os gigantes da economia capitalista estão mergulhados em uma grave crise, a Europa, que já foi exemplo de Estado de Bem-Estar Social, corta direitos conquistados a duras penas após duas guerras mundiais. A principal experiência de integração regional, a União Europeia, anda para trás.

    No Brasil, diante da total ausência de programa, de projeto, os representantes políticos e midiáticos deste modelo fracassado que levou a economia mundial para o atoleiro, voltam-se mais uma vez para o tema da corrupção. Essa é uma história velhíssima na política brasileira. Já foi usada várias vezes, contra diferentes governantes. Afinal de contas, os corruptos seguem agindo dentro e fora dos governos. Aparentemente, por uma curiosa mágica, eles são apresentados sempre como um ser que habita exclusivamente a esfera pública. Quando algum corrupto privado aparece com algemas, costuma haver uma surda indignação contra os “excessos policiais”.

    No último domingo, o jornal O Globo publicou uma reportagem para questionar por que os brasileiros não saem às ruas para protestar contra a corrupção (aliás, o MST respondeu à pergunta, mas não teve sua resposta publicada). O Globo sabe a resposta. Como costuma acontecer no Brasil e no resto do mundo, o povo só sai às ruas quando a economia vai mal, quando há elevadas taxas de desemprego, quando as prateleiras dos super mercados tornam-se território hostil, quando não há perspectiva para a juventude. Não há nada disso no Brasil de hoje. Há outros problemas, sérios, mas não estes. A violência, o tráfico de drogas, as filas na saúde, a falta de uma educação de melhor qualidade. É de causar perplexidade (só aparente, na verdade) que nada disso interesse à oposição. Quem está falando sobre isso são setores mais à esquerda do atual governo.

    Comparando com o que acontece no resto do mundo, a economia brasileira vai bem. Não chegamos ao paraíso, obviamente. Longe disso. Há preocupações legítimas em nosso vale de lágrimas que deveriam ser levadas a sério pelo governo federal sobre a correção e pertinência da atual política cambial e de juros, apenas para citar um exemplo. O Brasil virou mais uma vez um paraíso para o capital especulativo e a supervalorização do real incentiva um processo de desindustrialização.

    Curiosamente, essa não é a principal bandeira da oposição. Por que estão centrando fogo no tema da corrupção e não na ausência de mecanismos de controle de capitais, por exemplo? Por que não há editoriais irados e enfáticos contra a política do Banco Central e as posições defendidas pelos agentes do setor financeiro? Bem, as respostas são conhecidas. Os partidos políticos não são entidades abstratas descoladas da vida social das comunidades. Alguns até acabam pervertendo seus ideais de origem e se transformam em híbridos de difícil definição. Mas outros permanecem fiéis às suas origens e repetem seus discursos e estratégias, década após década.

    Nos últimos dias, lideranças nacionais do PSDB e seus braços midiáticos vêm repetindo um mesmo slogan: o Brasil vive uma das mais graves crises de corrupção de sua história. Parece ser uma tese com pouco futuro. Tomando as denúncias de corrupção como critério, o processo de privatizações no período FHC é imbatível. Há problemas econômicos reais no horizonte. É curioso que isso não interesse à oposição. Afinal, é isso que, no final das contas, faz o povo sair às ruas. Sempre foi assim: a guerra, a fome, o desemprego. Esses são os combustíveis das revoluções.

    A indigência intelectual e programática da oposição brasileira não consegue fazer algo além do que abrir a geladeira, pegar o feijão congelado meio embolorado da UDN, colocá-lo no forno e oferecê-lo à população como se fosse uma feijoada irrecusável. Mas no fundo não se trata de indigência. É falta de alternativa mesmo. Falta de ter o quê dizer. Não falta matéria-prima para uma oposição no Brasil, falta cérebro e, principalmente, compromisso com um projeto de país e seu povo.

    O modelo político-econômico que hoje, no Brasil, abraça a corrupção como principal bandeira esteve no poder nas últimas décadas por toda a América Latina e foi varrido do mapa político do continente, com algumas exceções. Seu ideário virou sinônimo de crise por todo o mundo. É preciso mudar de assunto mesmo. A verdade, em muitos casos, pode ser insuportável, ou, simplesmente, inconveniente.

     

    Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)

     

    Maracutaia tucana não vira escândalo: E o preço da Nova Marginal? Ninguém toca mais no assunto?

    E o preço da Nova Marginal? Ninguém toca mais no assunto? | Ricardo Kotscho - R7.com

     

    Faz muito bem a imprensa em revelar novas falcatruas em obras do Ministério dos Transportes, um assunto que há mais de duas semanas não sai das manchetes e parece não ter fim. É um dos seus papéis fiscalizar o poder público _ todos os poderes, em todos os níveis, eu diria.

    Só acho estranho que, em meio a esta fúria de denúncias, tenha sumido do noticiário, tão rapidamente como apareceu, depois de um fugaz registro feito pelo "Estadão", na semana passada, o caso do preço da obra da Nova Marginal do Tietê, em São Paulo,  que passou do orçamento inicial de R$ 1 bilhão para gastos até agora de 1 bilhão e 750 milhões, ou seja, teve um "aditivo" de módicos 75%.

    No mesmo dia em que o jornalão paulista tocou no assunto, e todos os outros fingiram que não viram, o Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo assinaram um convênio que liberou mais R$ 200 milhões para a obra, que parece não ter data para terminar, embora tenha sido inaugurada ainda no governo de José Serra.

    Nova Marginal foi o nome dado às pistas adicionais construídas para melhorar o trânsito  junto às margens do rio Tietê. Quem tocou a obra foi a Dersa, uma espécie de Dnit paulista, então comandada pelo lendário Paulo Preto, cujo nome apareceu em denúncias sobre doações para a campanha tucana.

    Uma rádio de notícias registrou o fato em rede nacional, sem citar o jornal, mas em seguida seus dois comentaristas, um deles acadêmico recém-eleito, nem tocaram no assunto, preferindo falar mais uma vez do Ministério dos Transportes.

    Ao ler o noticiário sobre o depoimento de Rudolf Murdoch, lembrei-me deste modelo habitual na nossa imprensa de usar dois pesos e duas medidas, de acordo com suas conveniências políticas, partidárias e empresariais, para informar seu distinto público.

    A diferença é que Murdoch nunca escondeu suas preferências e atua abertamente para combater ou defender governos e destruir reputações, como a "Fox" não se cansa de fazer nos Estados Unidos, a favor dos republicanos e dando pau no governo Obama sem fingir neutralidade.

    Será que os arautos da "liberdade de imprensa" e do "controle familiar da comunicação" não se interessam em apurar, investigar, saber, afinal, o que aconteceu nas obras da Nova Marginal?

    A única explicação dada pela Dersa, até agora, é que mudou o escopo da obra e os custos aumentaram por culpa da inflação _ exatamente a mesma explicação dada pelo Dnit para os seus "aditivos".

    Se a hipocrisia permitir atender ao meu pedido, ficarei grato. Gostaria mesmo de saber o que aconteceu, só por curiosidade. Os leitores teriam alguma idéia para explicar o fenômeno?

    Eletropaulo e o crime das privatizações

    Altamiro Borges: Eletropaulo atesta crime da privatização

     

    Eletropaulo atesta crime da privatização

    Por Altamiro Borges



    O Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou nesta terça-feira (12) que a Eletropaulo, empresa de energia elétrica privatizada pelos tucanos, receberá a maior multa da sua história por problemas no fornecimento de energia entre 2009 e maio de 2010. A empresa foi autuada em mais de R$ 26 milhões pela agência estadual reguladora do setor.



    Antes dessa punição, a Eletropaulo havia recebido cerca de R$ 10 milhões em multas. Desse valor, ela pagou apenas R$ 653 mil. O restante continua sendo questionado por meio de recursos judiciais – e depois ainda reduzem o crédito do consumidor de baixa renda sob o argumento de que ele é caloteiro e coloca em risco as contas públicas do país.



    Apagões e caos urbano



    Os abusos desta empresa “privada”, orgulho dos neoliberais, deveriam resultar não apenas em multas, mas também em ações criminais. São comuns os “apagões” em São Paulo, que a mídia tucana abafa. Em fevereiro, por exemplo, 16 bairros da capital ficaram sem luz após uma chuva. Milhares de famílias penaram mais de 24 horas às escuras.



    Já em junho, período não compreendido pela última autuação, mais de 2 milhões de paulistas foram penalizados por um novo apagão. Algumas famílias ficaram entre 60 e 80 horas sem luz. Diante deste verdadeiro caos, no fim daquele mês, a Procuradoria Geral do Estado e o Procon ingressaram com uma ação civil pública contra a empresa.



    Resolução da Aneel



    A ação conjunta exige o cumprimento da resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que determina o prazo máximo de quatro horas para o restabelecimento de energia em casos de interrupções no fornecimento, sob risco de aplicação de multa de R$ 500 mil por hora de atraso no restabelecimento.



    Além disso, ela pede indenização por danos morais coletivos; reparação dos prejuízos individuais dos consumidores; adequação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa, para que funcione em dias da apagão; e adequação dos seus procedimentos preventivos; entre outras exigências.



    A culpa dos tucanos privatistas



    Estas punições também deveriam se entender aos tucanos que comandam o estado há quase duas décadas. Além de privatizar este setor estratégico, o PSDB é conivente com os crimes praticados pelas lucrativas empresas de energia - que não investem em manutenção, não ampliam os serviços e não atendem os usuários com o devido respeito.



    Na semana passada, reportagem da Folha comprovou que a Arsesp, a agência estadual responsável pelo setor, usou apenas 37% de seu orçamento entre os anos de 2008 e 2010 para o trabalho de fiscalização. Ao todo, foram utilizados R$ 56,5 milhões; outros R$ 97,9 milhões ficaram retidos. No mesmo período, as reclamações por falta de energia dos clientes da maior delas, a AES Eletropaulo, aumentaram 83%.

     

    terça-feira, 19 de julho de 2011

    Marcha contra a mídia tucana!

    Altamiro Borges: Por que não reagimos à mídia demotucana?

     

    Por que não reagimos à mídia demotucana?

    Por Altamiro Borges



    No artigo intitulado “Por que não reagimos?”, o colunista da FSP (Folha Serra Presidente), Fernando de Barros e Silva, parece que tenta relançar o movimento “Cansei”, articulação que juntou ricaços, barões da mídia e artistas globais, em meados de 2007, e que teve como grito de guerra o “Fora Lula”.



    Os “cansados” logo abandonaram o batente e a articulação direitista sumiu do bondoso noticiário. Agora, Fernando clama novamente pela reação dos “indignados”, num texto escrito sob encomenda para os leitores “cansados” da Folha. Como seu xará já disse que não adianta falar para o “povão”, ele tenta incitar a errática classe média.



    Os resmungos do “calunista”



    “Por que os brasileiros não reagem à corrupção? Por que a indignação resulta apenas numa carta enviada à redação ou numa coluna de jornal? Por que ela não se transforma em revolta, não mobiliza as pessoas, não toma as ruas? Por que tudo, no Brasil, termina em Carnaval ou em resmungo?”, resmunga o colunista.



    O mote para o seu apelo é um artigo recente de Juan Arias, correspondente do jornal “El País”. Nele, o jornalista do diário espanhol, que apoiou o desmonte neoliberal na Europa, critica a corrupção no governo Dilma, “herdada” de Lula, e provoca: “Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam?”.



    A solidão do elitista



    Uma excelente resposta ao “correspondente” do El País, que adora falar besteiras sobre a política brasileira, já foi dada pelo blogueiro Eduardo Guimarães (leia aqui). Mas o “calunista” da Folha não deve ter lido; ele tem bronca dos blogueiros progressistas – prefere ler e se enturmar com os “intelectuais” tucanos.



    Para ele, a ausência de indignação decorre do fato que “a vida de milhões de brasileiros melhorou nos últimos anos, mesmo sob intensa corrupção, e apesar dela... Além disso, o PT, na prática, estatizou os movimentos sociais. Da UNE ao MST, passando pelas centrais sindicais, todos recebem dinheiro do governo. Foram aliciados”.



    Sair às ruas contra a mídia golpista



    Na solidão do seu discurso, o jornalista da FSP ainda tenta se afastar da “cultura udenista”, insistindo que seu apelo não é coisa da direita e da mídia golpista – como Lula sempre alerta. Mas ele só engana os mais incautos. Até agora, pelo menos, o povo não caiu na onda dos “formadores da opinião pública”, que servem exatamente à direita e à mídia golpista.



    O ideal, inclusive, é que o povo tivesse maior consciência sobre os reais interesses da mídia demotucana, travestida de “ética”. A exemplo do que ocorre na Inglaterra e nos EUA, a partir das denúncias das ações mafiosas do império midiático de Murdoch, seria saudável que o povo brasileiro se indignasse contra as manipulações da mídia nativa, que saísse às ruas para protestar e exigir uma comunicação mais democrática e plural.

     

    Desemprego é coisa de tucano, com o PT é emprego pra todos!

    Economia - Desemprego fica em 6,2% em junho, mostra IBGE

     

    Desemprego fica em 6,2% em junho, mostra IBGE

    Essa é a menor taxa para o mês desde o início da série histórica, em 2002.
    Salário médio real ficou em R$ 1.578,50, também recorde para junho.

     


    Do G1, em São Paulo e no Rio

    A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 6,2% em junho, segundo mostra levantamento divulgado nesta terça-feira (19). A taxa de junho é a menor para o mês desde o início da série, que teve início em março de 2002. Em maio, a desocupação ficara em 6,4%. No mesmo período do ano passado, a taxa fora de 7%.

    O contingente de desocupados somou 1,5 milhão e ficou estável sobre maio. Em relação a junho do ano passado, registrou queda de 10,4%. A população ocupada atingiu 22,4 milhões de pessoas e não teve variação sobre maio. Na comparação com com junho do ano passado, foi verificadaalta de 2,3%.

    Quanto aos trabalhadores com carteira assinada no setor privado, o contingente chegou a 10,8 milhões e também não apresentou variação significativa sobre o mês anterior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 6,2%.

    A taxa de desocupação não registrou variações significativas nas regiões metropolitanas na comparação com maio de 2011. Frente a junho de 2010 foram registradas quedas em Recife (2,5 pontos percentuais), Salvador (1,8 ponto percentual) e em São Paulo (0,8 ponto percentual):

    Considerando as regiões metropolutanas, na análise mensal, a quantidade de desocupados não apresentou variação em nenhuma delas. Já na comparação anual, foi registrada queda em Recife (28,7%) e Salvador (15,3%).

    Salário
    O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ocupados ficou em R$ 1.578,50, o valor mais alto para o mês de junho desde 2002, registrando aumento de 0,5% sobre maio e de 4% sobre junho de 2010.

    Na análise por regiões, o salário médio real subiu em Salvador (2,0%), Belo Horizonte (5%), São Paulo (1,2%) e Porto Alegre (2,4%). Na contramão, teve recuo de 3,4% no Rio de Janeiro e ficou estável em Recife. Na comparação com junho do ano passado, foi registrado aumento em Salvador (4,7%), Belo Horizonte (9,2%), Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo e Porto Alegre (2,5%). A queda foi vista em Recife (- 0,4%).

    Em relação aos tipos de atividade, o maior aumento nos salários, sobre junho de 2010, de 9,8%, partiu de serviços domésticos e outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, e serviços pessoais).

    Na classificação por categorias de posição na ocupação, a maior alta no rendimento médio real partiu dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (12,3%).

    Dilma trabalha: "Minha Casa vai bombar"

    Minha Casa vai bombar. Que horror ! | Conversa Afiada

     

    Minha Casa vai bombar.
    Que horror !

      Publicado em 19/07/2011

       


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    O Nunca Dantes no Alemão. O PiG se estrebucha

    Saiu no Valor, pág. A3:

    “Minha Casa Minha Vida” volta a financiar projetos de baixa renda.

    As contratações para as moradias de baixa renda voltam nas próximas semanas.

    Segundo a secretária de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, a Caixa tem em casa projetos para 200 mil moradias de famílias com renda até R$ 1,6 mil mensais.

    Inês lembra que, no caso do Rio e São Paulo, o governo possui R$ 20 bilhões em investimentos do PAC para urbanizar de favelas.

    E outros R$ 30 bilhões a serem investidos na segunda fase do PAC.

    Que horror !


    Paulo Henrique Amorim

    segunda-feira, 18 de julho de 2011

    Neoliberal Piñera com os dis contados no Chile.

    Altamiro Borges: Neoliberal Piñera despenca no Chile

     

    Neoliberal Piñera despenca no Chile

    Por Altamiro Borges



    Segundo pesquisa da consultoria Adimark divulgada neste sábado, o neoliberal Sebástian Piñera é o presidente mais impopular do Chile dos últimos 40 anos. Sua popularidade despencou rapidamente e hoje ele é aprovado por apenas 31% dos entrevistados. Empossado em março de 2010, o mega-empresário e filhote do ditador Augusto Pinochet não consegue mais ludibriar os chilenos – mesmo sendo dono de veículos de comunicação e tendo o apoio da mídia.



    Piñera é o primeiro presidente de direita após os 20 anos de governo da Concertación, a coalizão de centro-esquerda que frustrou as expectativas do povo devido às suas políticas conciliadoras e pragmáticas. Ele foi eleito logo depois do terremoto que devastou parte do país e causou um clima de comoção nacional. No governo, o neoliberal propôs cortes dos gastos em áreas sociais e uma nova rodada de privatizações.



    Desgaste da figura midiática



    Figura midiática, ele só conseguiu se projetar com o uso oportunista da tragédia dos mineiros no ano passado. A sua popularidade atingiu 63% após o resgate dos 33 operários soterrados por mais de dois meses. A encenação, porém, durou pouco. No mês passado, as vítimas da tragédia ingressaram com um processo na justiça exigindo indenização, acusando o governo de relaxar na fiscalização das minas e de beneficiar os poderosos empresários do setor.



    O seu desgaste cresceu ainda mais com a recente onda de protestos que sacode o país. Na quinta-feira passada, pela terceira semana seguida, 80 mil estudantes e professores ocuparam as ruas de Santiago para exigir melhorias na educação, quase toda privatizada durante a ditadura de Pinochet. O protesto terminou em confronto, evidenciando a postura autoritária de Piñera. No choque com a polícia, 54 estudantes foram presos e vários policiais ficaram feridos.



    Onda de protesto cresce no país



    A pressão popular não mobiliza apenas a aguerrida juventude. Trabalhadores da estatal de cobre, principal matéria-prima do país, ensaiam uma greve nacional contra a ameaça de privatização das minas e por melhorias nas condições de trabalho. Há, ainda, mobilizações em curso contra a privatização da previdência e por melhorias na saúde. A CUT chilena inclusive já discute a possibilidade da convocação de uma greve geral.



    Diante do desgaste, o neoliberal Piñera, que não conta com o apoio nem de um terço dos chilenos, mostra as suas garras. O governo abriu processo contra os líderes estudantis e ameaça endurecer na repressão. “Eles estão brincando com fogo”, esbraveja o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla. Os protestos de rua foram proibidos pela polícia e a mídia pinochetista criminaliza os manifestantes.



    Piñera tenta aparentar força, mas até seus serviçais já reconhecem a sua fragilidade. Como confessou Ena Von Baer, porta-voz do governo, a onda de protestos e a queda nas pesquisas evidenciam “a pouca sintonia do presidente com os cidadãos”. A coisa tá feia para o neoliberal.

     

    Especialistas apontam pulso firme contra desvios como traço da presidente

    Dilma adota tolerância zero para combater corrupção | Blog Dilma Rousseff

     

    Dilma adota tolerância zero para combater corrupção

    Especialistas apontam pulso firme contra desvios como traço da presidente

    A presidente Dilma Rousseff teve poucos momentos de descanso desde que  chegou ao Palácio do Planalto. Logo nos primeiros seis meses de governo, ela teve de enfrentar pelo menos duas grandes crises, que resultaram na queda de dois de seus principais ministros: Antonio Palocci, que deixou a Casa Civil, e Alfredo Nascimento, que perdeu o comando dos Transportes.

    Em ambas as situações, a presidente não hesitou em “cortar na própria carne”. Agindo com rapidez, chamou os auxiliares sobre os quais pairavam suspeitas e cobrou explicações. No caso mais recente, de supostos desvios na gestão do Ministério dos Transportes, ordenou o afastamento de funcionários da pasta e pediu investigações assim que tomou conhecimento das denúncias.

    Para especialistas ouvidos pelo R7, ao confirmar a fama de pulso firme, atribuída a ela desde os tempos em que chefiava a Casa Civil e liderava os ministros de Lula, Dilma começa a consolidar, agora sentada na cadeira de presidente, um estilo próprio de governar, em que a intolerância à corrupção e à falta de ética parece ser um de seus traços principais.

    Na opinião de Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP (Universidade de São Paulo), consolidar sua identidade será essencial para que a presidente mostre que tem nas mãos um governo com marca própria.

    - O que está em jogo é: ela vai ter uma personalidade própria ou não? Ela tem mesmo que descartar rapidamente as pessoas que estiverem ruins. Ou ela consegue fazer uma consolidação significativa, no sentido de se mostrar como um nome poderoso, capaz de encontrar os caminhos dela, ou então vai ficar muito apagada.

    O pesquisador Celso Roma, doutor em Ciência Política pela USP, destaca que o afastamento do diretor-executivo do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), José Henrique Sadok de Sá, ocorrido nesta sexta-feira (15), foi mais uma pronta resposta do governo a denúncias de corrupção envolvendo a cúpula do Ministério dos Transportes.

    - Até este momento, a presidente Dilma deu sinais claros de que será pouco tolerante com escândalos de corrupção em seu governo. Discrição no estilo de governar e firmeza contra a corrupção se revelaram as principais marcas dos primeiros seis meses do governo.

    Fontes do Palácio do Planalto revelaram que a ordem para a saída de Sadok de Sá foi da própria presidente. O funcionário vinha respondendo pela direção do órgão na ausência de Luiz Antonio Pagot, que também já havia sido afastado por determinação de Dilma.

    Para Roma, a rapidez para tirar servidores citados em investigações e conter polêmicas que atrapalhem o andamento do governo pode garantir à presidente a manutenção de seus bons níveis de popularidade e aprovação popular.

    - O resultado das pesquisas de opinião realizadas após o afastamento de Palocci comprova esse ponto.

    Uma pesquisa realizada em junho pelo Datafolha, após o caso Palocci, mostrou que a avaliação positiva do governo foi preservada apesar da turbulência. De acordo com o instituto, 49% dos entrevistados consideravam a gestão Dilma como ótima ou boa. Em março, esse índice era de 47%.

    Falar mais

    Na opinião de Janine Ribeiro, outro fator essencial que deve ser levado em conta pela presidente para construir sua identidade é a capacidade de comunicação. Neste ponto, diz ele, Dilma se diferencia muito de seus dois antecessores: Lula e o tucano Fernando Henrique Cardoso, ambos mais falantes do que ela.

    - Acho que ela ficou calada um pouco demais. Agora está falando mais, e isso é um grande ganho. Ela vai ter que conquistar as pessoas pela fala. O regime democrático exige que a pessoa fale muito, e isso é uma coisa que ela vai ter que fazer cada vez mais, até para as pessoas sentirem que a presidente chega a elas.

    Já Roberto Romano, professor do Departamento de Filosofia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), não vê prejuízos na discrição de Dilma. Trata-se, segundo ele, de uma característica natural da presidente.

    - Ela tem um estilo próprio, moldado durante muito tempo pela militância que ela teve na esquerda. Na esquerda, ela era obrigada ao sigilo, à discrição e ao anonimato devido à repressão do regime militar. Então, ela aprendeu a não falar em demasia.

    Para o especialista, em períodos mais conturbados, como os ocorridos neste primeiro semestre, o estilo de Dilma acaba sendo benéfico, porque evita exposições desnecessárias e minimiza o risco de declarações precipitadas e gafes.

    - Ela tende a primeiro analisar e imediatamente traçar metas para a solução. Acho que essa atitude de mais recato a resguarda mais que se ela começasse a utilizar o verbo para cima e para baixo do Brasil, à maneira de seus antecessores.José Henrique Lopes, do R7, 17.07.2011, Postado por Kelly Girao