terça-feira, 5 de julho de 2011

A direita norte-americana é igual a nossa.

A direita norte-americana | Além de economia

 

A direita norte-americana

Por conta das eleições do ano que vem, está ocorrendo um debate interno no partido Republicano, umas das questões fundamentais é a discussão do tamanho do Estado, ou seja, a divisão é entre os conservadores do tea party, que insistem numa redução radical ou no cancelamento de inúmeros programas federais, e o encolhido número de conservadores que entendem que eliminar o moderno estado administrativo não é nem prático nem bom para os EUA.

À medida que os líderes republicanos avançam para as eleições do ano que vem, eleitores fortemente conservadores tanto em assuntos sociais quanto econômicos estão demandando que o partido não faça concessões. Eles querem que a reforma da saúde de Obama seja rejeitada. E querem que os trabalhadores sem documentos sejam presos e deportados, uma posição altamente impopular entre os latinos, que formam uma grande porcentagem dos eleitores em estados-chave.

Para se ter uma ideia do que a direita norte-americana prega, basta observar o que declara o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee em seu livro “Um Governo Simples”, sua mensagem é clara: a base da civilização ocidental e do bom governo é a família tradicional. Liberais que apoiam os direitos ao aborto, o divórcio e o casamento de mesmo sexo são equivalentes a leninistas do começo do século 20 que queriam substituir a devoção à família pela devoção ao Partido Comunista. Qualquer semelhança com um candidato derrotado na eleição presidencial brasileira de 2010 é mera coincidência.

As mais variadas soluções que o partido republicano está procurando oferecer ao eleitorado norte-americano tem como cerne a linha-dura do familiar mantra do governo mínimo. Isso pode ser suficiente para manter os conservadores sociais e fiscais unidos, mas o desafio que os republicanos enfrentam em 2012 é bem maior do que isso. Eles precisam encontrar uma forma de reduzir o sentimento anti-governo dentro de seu próprio partido para atrair os eleitores moderados.

Nenhum presidente dos EUA desde Franklin D. Roosevelt conquistou a reeleição com um desemprego tão alto quanto o previsto para o ano que vem. Obama continua altamente vulnerável por conta da economia. Mas, por enquanto, o campo presidencial republicano não tem um argumento convincente para que qualquer um deles o substitua.

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