quinta-feira, 30 de junho de 2011

Para quem tem ódio da Copa do Mundo, um belo texto.

 

 

 

O Esquerdopata: A ansiedade neurótica dos fracassomaníacos

 

A ansiedade neurótica dos fracassomaníacos

A Copa não é o diabo que pintam 

A UDN, capitaneada pelo sinistro Carlos Lacerda, espalhou que Brasília fez do presidente Juscelino Kubitschek a sétima maior fortuna do mundo. Lacerda morreu milionário. JK morreu pobre.

Tem muita gente torcendo para que a Copa de 2014 seja um gol contra do Brasil. Dá para respirar no ar a ansiedade neurótica dos fracassomaníacos. O desejo doentio de reiterar nosso – cito Nelson Rodrigues – complexo de vira-latas.
Uma coisa é a gente exigir moderação nas despesas, honestidade nos gastos públicos, transparência nas prestações de contas. É fundamental que assim seja. Outra coisa é desqualificar de cara nossa capacidade de promover um evento de megavisibilidade internacional. Eu acredito que, seja como for, o Brasil pode fazer bem feito.
Os profetas do pessimismo têm certeza de que a corrupção endêmica dos políticos e dos cartolas do futebol vai redundar em catástrofe. Será – dizem – o império dos atrasos, da improvisação, da correria; tudo para escamotear a roubalheira.
A sociedade brasileira já tem controles suficientes para que isso não aconteça. Sugiro que os resmungões pensem nisso. Que Copa não é gasto, é investimento.
Tem também os que reclamam por razões esdrúxulas, periféricas. Entre estes os que murmuram contra o Itaquerão – escalado pela FIFA para sediar a abertura da Copa. Murmuram por mera dor de cotovelo: afinal, é o estádio do Corinthians. Reclamam hoje os mesmos que reclamaram quando o Corinthians muito legitimamente sugeriu à Prefeitura de São Paulo a transferência, em regime de comodato, do Pacaembu. Até editoriais nos jornalões foram escritos, veementes no ódio. Nas entrelinhas do fel, a mera paixão clubística.
Assisti na Record News uma noite dessa o debate na Câmara de Vereadores sobre a dotação do futuro estádio do Corinthians. O brutamontes de nome Aurélio Miguel investia seus argumentos de ex-judoca contra quem é a favor. Por que? Pela contundente razão de que Aurélio Miguel é torcedor do São Paulo. A isso é que se chama espírito público.
Um superestádio na periferia menos assistada da cidade não é um luxo, não é obra supérflua. É uma necessidade social, um investimento no bem-estar dos excluídos.
A discussão lembra Brasília. Diziam que criar uma capital federal no meio do nada, lá no cerrado, seria uma inutilidade e, claro, um convite à corrupção. Os arautos do apocalipse investiram com um furor descabelado.
A História tratou de ir revelando pouco a pouco os interesses que estavam por trás do susposto rigor moralista. O Globo, por exemplo, espumou de raiva. Queria porque queria que a nova Capital, quer dizer, os prédios oficiais e os palácios fossem transferidos do centro do Rio para a Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Coincidentemente onde o Dr. Roberto Marinho, dono da Globo, detinha enormes propriedades fundiárias (o atual Projac vem daí). Mais uma prova de impoluto civismo.
A UDN, o principal partido da oposição, capitaneada pelo sinistro Carlos Lacerda, espalhou que Brasília fez do presidente Juscelino Kubitschek a sétima maior fortuna do mundo. Lacerda morreu milionário. JK morreu pobre.

Everybody Hates Serra , capítulo imperdível

Incrível! José Serra condena o governo | Ricardo Kotscho - R7.com

 

No dia em que a presidente Dilma Rousseff completa seis meses no cargo, o candidato derrotado José Serra, após longa reflexão, reuniu o PSDB em Brasília para apresentar seu julgamento: o governo foi condenado.

Para surpresa de ninguém, Serra apareceu na reunião com um envelope na mão direita e uma cara de quem chega ao velório, ao lado do governador paulista Geraldo Alckmin.

Entre outros mimos, Serra qualifica o governo Dilma como "incompetente" e "autoritário", segundo apurou a "Folha", ao contrário do que vêm dizendo outros líderes tucanos, como Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, que têm elogiado o desempenho da presidente.

Por isso mesmo, seu documento nem foi divulgado após a primeira reunião do Conselho Político do PSDB, uma gazua que o partido arranjou para colocá-lo em alguma presidência _ ele sempre quis ser presidente _ depois de ser derrotado nas últimas eleições internas tucanas pelo grupo do senador Aécio Neves.

"O governo não tem um rumo claro ainda", proclamou à saída da reunião, como se ele e seu partido tivessem em algum momento apresentado um rumo claríssimo para o país.

Participaram do convescote de Serra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os governadores Geraldo Alckmin e Marconi Perillo e o presidente reeleito do partido Sergio Guerra.

O único ausente foi Aécio Neves, que se recupera do acidente da queda de cavalo. Foi este o motivo alegado para manter em sigilo a "análise" de Serra. O documento, segundo Guerra, precisa ser aprovado pelo ex-governador mineiro antes de ser divulgado, como se isto não pudesse já ter sido feito via e-mail ou telefone.

FHC levou tudo na brincasdeira. Primeiro, não quis comentar nada; depois, disse "eu sigo o Serra" e, por último, mangou com os repórteres: "Vocês querem que eu fale mal da minha presidente?".

Ainda não foi desta vez que José Serra voltou às manchetes.

A mídia tucana mente descaradamente!

Guilherme Scalzilli: Na mesma

 


quarta-feira, 29 de junho de 2011

 

Na mesma



É mentira que o governo “recuou” nas regras para licitações voltadas à Copa e aos Jogos Olímpicos. O cerne do Regime Diferenciado de Contratações foi mantido, assim como o necessário sigilo dos orçamentos durante o processo licitatório. A alteração de palavras isoladas no texto apenas reforça o que estava subentendido desde o começo.

Quem refugou, sim, foi a oposição, veículos jornalísticos inclusos, que logo perceberam os óbvios méritos do projeto. Além do usual lobby das empreiteiras, a febre de distorções que cercou o episódio tentou embarcar na polêmica sobre o prazo de divulgação dos documentos governamentais, misturando bobagens para iludir o distinto público.

Assim que o debate ganhou um pingo de siso, todos saíram de mansinho, dizendo que não era bem assim e tentando conquistar a paternidade pela idéia que há pouco difamavam. Mas também é verdade que esse tipo de mal-entendido seria evitado se a articulação governista fosse mais eficiente na defesa das suas iniciativas.

Folha invade e-mail da Dilma durante campanha!

Os Amigos do Presidente Lula: Hacker e Folha violaram e-mails da Dilma durante a campanha de 2010

 

Hacker e Folha violaram e-mails da Dilma durante a campanha de 2010

Por que será que a Folha tucana demorou para divulgar isso?
Um hacker invadiu a caixa de e-mail pessoal da presidente Dilma Rousseff e copiou cerca de 600 mensagens que ela recebeu durante sua campanha presidencial de 2010, de acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quinta. O rapaz, que não teve o nome divulgado, teria tentado vender os arquivos a políticos do DEM e PSDB, principais partidos de oposição, mas não teve sucesso. O ataque teria acontecido em duas etapas: a primeira uma invasão no site do diretório nacional do PT na internet, ele copiou e-mails pessoais de petistas e outros dados; depois, o hacker teria despejado no computador de Dilma um programa capaz de armazenar tudo o que ela digitasse em sua máquina.
Na reportagem, o jornal diz ter se encontrado com o hacker e que ele também teria pedido dinheiro em troca das mensagens ao periódico, proposta descartada pelo veículo. O rapaz teria mostrado, "de relance", 30 e-mails aos jornalistas. Nos e-mails continham resultados de exames de saúde que Dilma teria feito em Porto Alegre (RS), instruções para a campanha eleitoral do segundo turno e uma agenda telefônica com dados de parentes e assessores da presidente. O hacker também violou disse o e-mail do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O petista teria detectado a invasão em sua caixa postal e registrado a ocorrência na polícia.
Vamos simplificar a notícia. A Folha sabia o conteúdo do e-mail da Dilma durante a campanha eleitoral. Eu não confio nessa conversa mole da Folha tucana...Mas,leia e tire suas conclusões...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Álvaro Dias faz confissão histórica!

MARIA DA PENHA NELES: Bomba! Bomba! Álvaro Dias faz auto-avaliação perfeita

Bomba! Bomba! Álvaro Dias faz auto-avaliação perfeita





Ontem no Senado Federal, o Senador tucano Ávaro Dias fez a seguinte auto-avaliação:



- Somos poucos, somos frágeis e impotentes.



E não é que eu concordei?

PSDB é especialista no jogo bruto dos dossiês, diz Requião

PSDB é especialista no jogo bruto dos dossiês, diz Requião | Boca Maldita

 

PSDB é especialista no jogo bruto dos dossiês, diz Requião

29 de junho de 2011


“Se eu estiver numa campanha e alguém me oferecer um dossiê contra o adversário, é claro que vou querer ver. E vale ressaltar: desse jogo bruto, o PSDB é especialista.”

Do senador Roberto Requião (PMDB-PR), dando uma força para Aloizio Mercadante, questionado ontem sobre a ressurreição do caso dos aloprados, hoje na coluna Painel da Folha de S. Paulo

 

Sabe por que o carro é caro no Brasil?

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto » Blog Archive » Lição de economia: custo nada tem a ver com preço.

 

Nosso comentarista Tovar Fonseca adiantou-se e leu a segunda parte da reportagem sobre o gigantesco “lucro Brasil” das montadoras de veículos, escrita por  Joel Silveira Leite, no UOL, e que se comentou ontem aqui.

O trecho final da matéria é estarrecedor e dispensa qualquer comentário:

Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. “As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado”, disse.

Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço:

“Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?”, questionou.

Ele se refere ao “valor percebido” pelo cliente. É isso que vale.

“O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.

“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.

Sobra dinheiro nas duas pontas desta equação do consumo de alto luxo, até porque ali falta imposto. Mas a regra que praticam é diferente para os consumidores de classe média? E será que esta genial “ciência econômica” é exclusiva dos executivos das montadoras? Em quantos produtos não estará sendo aplicada a “máxima” de “por que baixar o preço se o consumidor paga?”

terça-feira, 28 de junho de 2011

Pedágios, a mina de ouro das concessionáriass que os paulistas sustentam.

Pedágios em rodovias de SP: Concessionárias têm faturamento de R$ 6 bilhões e rentabilidade de 38% | Viomundo - O que você não vê na mídia

 

Pedágios em rodovias de SP: Concessionárias têm faturamento de R$ 6 bilhões e rentabilidade de 38%

do blog Se a Rádio Não Toca

No dia 1º de julho haverá reajuste nos contratos de pedágio estaduais paulistas. O período compreende junho de 2010 a maio de 2011. No Estado de São Paulo, há dois tipos de indexadores utilizados no reajuste. O IGP- M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, cuja variação no período foi de 9,77% e o IPCA, do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, com 6,55%.

O IGPM foi utilizado para indexar os contratos firmados com as empresas antes do ano 2000 e atinge 3.500 quilômetros da malha paulista, ou 66% do total de rodovias pedagiadas. O custo quilométrico para andar nessas rodovias passará a R$ 0,10, nas rodovias simples, R$ 0,14 em pistas duplas e R$ 0,16 em sistemas, segundo dados da Artesp. É a mais cara do Brasil e levando em conta o efeito renda, entre as mais caras do mundo.

O IPCA reajusta os demais 1.774 quilômetros, cujos contratos passaram a vigorar a partir de 2009. O valor quilométrico pago nessas rodovias varia entre R$ 0,05 na Rodovia Marechal Rondon Oeste a R$ 0,085 na D. Pedro I, em pistas simples. Em pista dupla, os valores variação de R$ 0,07 na Ayrton Senna a R$ 0,12 na Rodovia D. Pedro I. Essas rodovias continuam caras, quando comparamos com licitações federais de 2007.

Na rodovia federal Fernão Dias que liga São Paulo a Belo Horizonte e foi concedida em 2007 pelo governo Lula, com pista dupla, o custo quilométrico é de apenas R$ 0,02. O governo paulista ao invés de ter adotado a mesma metodologia para baratear as tarifas de pedágio, insiste em tentar desqualificar as rodovias federais, se baseando em problemas oriundos de desapropriação de áreas e dificuldade de obtenção de licença ambiental, como aliás aconteceu com as rodovias paulistas no início da concessão e não no mérito do modelo adotado. As rodovias paulistas estão indo para 13º ano de concessão. As rodovias federais concedidas em 2007 para o 3º ano. Em breve, essas rodovias serão tão boas quanto as paulistas e custando muito menos.

De junho de 1998 a maio de 2011, o IGPM variou 213%, enquanto o IPCA, indicador mais confiável, cresceu 131%. A diferença é de 35% a mais para o IGPM. Isso indica o quanto o pedágio poderia ser mais barato se ao invés do IGPM, os contratos assinados antes do ano 2000 seriam mais de um terço menores.

Dessa forma, há um desequilíbrio desses contratos em benefício das concessionárias paulistas que apresentam atualmente as maiores rentabilidades entre todos os setores da economia, estando em 38% em 2010, enquanto, segundo a Austin Rating, na área industrial foi de 19%, na química e petroquímica de 15,8% e 15,3% no setor de construção e engenharia. O lucro dessas empresas ainda subiu vertiginosamente por causa do aumento do tráfego oriundo do crescimento econômico observados nos últimos anos.

O governador Geraldo Alckmin prometeu na campanha a revisão dos pedágios, mas agora acena para 2012 apenas com a troca de indexador, padronizando o IPCA, o que não torna as tarifas mais baratas, apenas pode reduzir ou não o reajuste em 2012, dependendo da variação do IGPM.

O pior de tudo é que o governo paulista acena com aumento do tempo de exploração desses contratos que já foram prorrogados em 2006 e lesa o usuário das rodovias paulistas. O ideal é que esses contratos acabassem o quanto antes para se fazer uma nova licitação em novas bases e baratear o pedágio em São Paulo e não torná-los ad perpetum.

Os pedágios caros prejudicam principalmente o povo mais pobre que paga mais caro pelas mercadorias que consome, cujos preços embutem fretes onerosos ou quando viaja de ônibus e as passagens ficam mais caras por pelos pedágios abusivos em São Paulo.

Em função dos preços abusivos, receita de pedágio cresce R$1,3 bilhão (+30%), rentabilidade chega a 38% e os investimentos das concessionárias caem 5,5%.

Em 2009, a receita de pedágio alcançou o valor de R$ 4,67 bilhões e, em 2010, fechou R$ 6,04 bilhões, o crescimento chegou a 30%, sendo quase três vezes a inflação.

As receitas das concessões rodoviárias cujos contratos foram firmados antes do ano 2000 tiveram um crescimento de 16,4% em 2010 quando comparado a 2009. Apesar da crise econômica de 2009, houve crescimento do lucro líquido em 9%, passando de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,2 bilhão em 2010, nas empresas cujos contratos antecedem o ano 2000.

O total do lucro líquido dessas concessionárias chegou a R$ 6,17 bilhões do início da concessão até 2010, que foi capitaneado pela Autoban (R$ 1,9 bilhão), Ecovias (R$ 1,2 bilhão) e Via Oeste (R$ 733 milhões). A relação entre o total arrecadado e o lucro líquido representou quase um quarto de toda receita de pedágio.

A concessionária Via Oeste teve o maior aumento na receita em 2010 com 24%, visto que as mudanças no pedágio no sistema Castello Branco e Raposo Tavares, possibilitou um crescimento de mais de 100% no volume de tráfego, sendo seguida pela Autoban na faixa de 18%. Os menores crescimentos foram da TEBE e SPVIAS (+11%).

O maior crescimento do lucro líquido ocorreu na SP Vias (+66%), TEBE (+ 32%) e Autoban (+22%). A relação entre o patrimônio e o lucro líquido, que indica o grau de rentabilidade das empresas, mostra que em 2010 essa relação chegou a 38%. No mercado em geral, uma relação de 20% é fantástica. A melhor relação é da Centrovias 55%, seguida pela Triângulo do Sol (52%) e em terceiro lugar a Autoban com 47%.

Se o lucro das empresas concessionárias vai bem, a receita e despesa com construção e que apontam os investimentos realizados, vão mal. Mostram que em 2009 foi gasto R$ 684 milhões e agora em 2010, foi de apenas R$ 646 milhões, que representa um corte de R$ 37,5 milhões (-5,5%). As novas concessões, investiram mais por força contratual, mas chama a atenção para as concessionárias responsáveis pela Marechal Rondon, com queda, de aproximadamente 30% nos investimentos e na Raposo Tavares (-6%) .

 

Paulo Renato, o ministro da educação que ajudava a Folha, Abril, Santillana, Globo, Estado e Microsoft.

O que você não leu na mídia sobre Paulo Renato (1945-2011) | Idelber Avelar | Revista Fórum

 

O que você não leu na mídia sobre Paulo Renato (1945-2011)

Morreu de infarto, no último dia 25, aos 65 anos, Paulo Renato Souza, fundador do PSDB. Paulo Renato foi Ministro da Educação no governo FHC, Deputado Federal pelo PSDB paulista, Secretário da Educação de São Paulo no governo José Serra e lobista de grupos privados. Exerceu outras atividades menos noticiadas pela mídia brasileira.

Nas hagiografias de Paulo Renato publicadas nos últimos dois dias, faltaram alguns detalhes. A Folha de São Paulo escalou Eliane Cantanhêde para dizer que Paulo Renato deixou um “legado e tanto” como Ministro da Educação. Esqueceu-se de dizer que esse “legado” incluiu o maior êxodo de pesquisadores da história do Brasil, nem uma única universidade ou escola técnica federal criada, nem um único aumento salarial para professores, congelamento do valor e redução do número de bolsas de pesquisa, uma onda de massivas aposentadorias precoces (causadas por medidas que retiravam direitos adquiridos dos docentes), a proliferação do “professor substituto” com salário de R$400,00 e um sucateamento que impôs às universidades federais penúria que lhes impedia até mesmo de pagar contas de luz. No blog de Cynthia Semíramis, é possível ler depoimentos às dezenas sobre o que era a universidade brasileira nos anos 90.

Ainda na Folha de São Paulo, Gilberto Dimenstein lamentou que o tucanato não tenha seguido a sugestão de Paulo Renato Souza de “lançar uma campanha publicitária falando dos programas de complementação de renda”. Dimenstein pareceu desconsolado com o fato de que “o PSDB perdeu a chance de garantir uma marca social”, atribuindo essa ausência a uma mera falha na campanha publicitária. O leitor talvez possa compreender melhor o lamento de Dimenstein ao saber que a sua Associação Cidade Escola Aprendiz recebeu de São Paulo a bagatela de três milhões, setecentos e vinte e cinco mil, duzentos e vinte e dois reais e setenta e quatro centavos, só no período 2006-2008.

 

Não surpreende que a Folha seja tão generosa com Paulo Renato. Gentileza gera gentileza, como dizemos na internet. A diferença é que a gentileza de Paulo Renato com o Grupo Folha foi sempre feita com dinheiro público. Numa canetada sem licitação, no dia 08 de junho de 2010, a FDE da Secretaria de Educação de São Paulo transfere para os cofres da Empresa Folha da Manhã S.A. a bagatela de R$ 2.581.280,00, referentes a assinaturas da Folha para escolas paulistas. Quatro anos antes, em 2006, a empresa Folha da Manhã havia doado a curiosa quantia–nas imortais palavras do Senhor Cloaca–de R$ 42.354,30 à campanha eleitoral de Paulo Renato. Foi a única doação feita pelo grupo Folha naquela eleição. Gentileza gera gentileza.

Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor do Grupo Folha. Os grupos Abril, Estado e Globo também receberam seus quinhões, sempre com dinheiro público. Numa única canetada do dia 28 de maio de 2010, a empresa S/A Estado de São Paulo recebeu dos cofres públicos paulistas–sempre sem licitação, claro, porque “sigilo” no fiofó dos outros é refresco–a módica quantia de R$ 2.568.800,00, referente a assinaturas do Estadão para escolas paulistas. No dia 11 de junho de 2010, a Editora Globo S.A. recebe sua parte no bolo, R$ 1.202.968,00, destinadas a pagar assinaturas da Revista Época. No caso do grupo Abril, a matemática é mais complicada. São 5.200 assinaturas da Revista Veja no dia 29 de maio de 2010, totalizando a módica quantia de R$1.202.968,00, logo depois acrescida, no dia 02 de abril, da bagatela de R$ 3.177.400, 00, por Guias do Estudante – Atualidades, material de preparação para o Vestibular de qualidade, digamos, duvidosíssima. O caso de amor entre Paulo Renato e o Grupo de Civita é uma longa história. De 2004 a 2010, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação de São Paulo transfere dos cofres públicos para a mídia pelo menos duzentos e cinquenta milhões de reais, boa parte depois da entrada de Paulo Renato na Secretaria de Educação.

Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor dos grandes grupos de mídia brasileiros. Ele também atuou diligentemente em favor de grupos estrangeiros, muito especialmente a Fundação Santillana, pertencente ao Grupo Prisa, dono do jornal espanhol El País. Trata-se de um jornal que, como sabemos, está disponível para leitura na internet. Isso não impediu que a Secretaria de Educação de São Paulo, sob Paulo Renato, no dia 28 de abril de 2010, transferisse mais dinheiro dos cofres públicos para o Grupo Prisa, referente a assinaturas do El País. O fato já seria curioso por si só, tratando-se de um jornal disponível gratuitamente na internet. Fica mais curioso ainda quando constatamos que o responsável pela compra, Paulo Renato, era Conselheiro Consultivo da própria Fundação Santillana! E as coincidências não param aí. Além de lobista da Santillana, Paulo Renato trabalhou, através de seu escritório PRS Consultores – cujo site misteriosamente desapareceu da internet depois de revelações dos blogs NaMaria News eCloaca News–, prestando serviços ao … Grupo Santillana!, inclusive com curiosíssima vizinhança, no mesmo prédio. De fato, gentileza gera gentileza. E coincidência gera coincidência: ao mesmo tempo em que El País “denunciava”, junto com grupos de mídia brasileiros, supostos “erros” ou “doutrinações” nos livros didáticos da sua concorrente Geração Editorial, uma das poucas ainda em mãos do capital nacional, Paulo Renato repetia as “denúncias” no Congresso. O fato de a Santillana controlar a Editora Moderna e Paulo Renato ser consultor pago pelo Grupo Santillana deve ter sido, evidentemente, uma mera coincidência.

Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor dos grupos de mídia, brasileiros e estrangeiros. O ex-Ministro também teve destacada atuação na defesa dos interesses de cursinhos pré-vestibular, conglomerados editoriais e empresas de software. Como noticiado na época pelo Cloaca News, no mesmo dia em que a FDE e a Secretaria de Educação de São Paulo dispensaram de licitação uma compra de mais R$10 milhões da InfoEducacional, mais uma inexigibilidade licitatória era anunciada, para comprar … o mesmíssimo produto!, no caso o software “Tell me more pro”, do Colégio Bandeirantes, cujas doações em dinheiro irrigaram, em 2006, a campanha para Deputado Federal do candidato … Paulo Renato! Tudo isso para não falar, claro, do parque temático de $100 milhões de reais da Microsoft em São Paulo, feito sob os auspícios de Paulo Renato, ou a compra sem licitação, pelo Ministério da Educação de Paulo Renato, em 2001, de 233.000 cópias do sistema operacional Windows. Um dos advogados da Microsoft no Brasil era Marco Antonio Costa Souza, irmão de … Paulo Renato! A tramóia foi tão cabeluda que até a Abril noticiou.

Pelo menos uma vez, portanto, a Revista Fórum terá que concordar com Eliane Cantanhêde. Foi um “legado e tanto”. Que o digam os grupos Folha, Abril, Santillana, Globo, Estado e Microsoft.

Brasil é o que mais reduz desigualdade entre os Brics ! Sucesso do PT!

Brasil é o que mais reduz desigualdade entre os Brics | Brasilianas.Org

 

Brasil é o que mais reduz desigualdade entre os Brics


Do blog Economia e Política

FGV: Brasil é único dos Brics a combinar crescimento com redução de desigualdade

Clique no título acima para ter acesso ao estudo da FGV

SÃO PAULO - O Brasil é o país dos Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que melhor tem conseguido conciliar crescimento econômico com redução das desigualdades sociais. De acordo com o estudo "Os emergentes dos Emergentes", divulgado hoje pela Fundação Getúlio Vargas, entre 2003 e 2009 a renda per capita brasileira cresceu em média 1,8 ponto percentual acima da expansão do Produto Interno Bruto (PIB), o melhor índice entre os emergentes.

- A desigualdade no Brasil está caindo, e muito, enquanto ela sobe nos demais Brics - diz Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, citando a China, onde a renda das famílias avança a taxas médias dois pontos percentuais abaixo do crescimento do PIB. -- A desigualdade cresce no mundo inteiro, só cai na América Latina e no Brasil.

No período entre 2003 e 2007, segundo o estudo, a evolução da renda dos 20% mais pobres da população brasileira avançou em média 6,30% ao ano, superior à dos demais Brics, exceto a China, onde cresceu a 8,5% ao ano. Em contrapartida, as taxas médias de crescimento da renda dos 10% mais ricos da população foi muito maior nos demais Brics: de 15,1% na China; 7,6% na Ãfrica do Sul; 2,8% na Índia; e de 1,7% no Brasil.

Nos anos 2000, observou Neri, enquanto a renda dos 50% mais pobres no Brasil subiu 67,9%, os ganhos dos 10% mais ricos avançaram 10,03% em termos reais.

Segundo o estudo da FGV, os brasileiros são os mais otimistas em relação às suas condições de vida no futuro, chamada de "felicidade futura". Numa escala de 0 a 10, o brasileiro dá nota média de 8,7 à expectativa de satisfação com a vida em 2014, a melhor avaliação numa amostra de 146 países pesquisados, cuja média foi de 6,5. Em relação à condição atual de vida, o brasileiro também lidera o ranking, com nota média 7.

- O brasileiro é o que apresenta maior expectativa de felicidade futura, superando inclusive a Dinamarca, líder mundial de felicidade presente - diz Neri. - Esse dado revela talvez uma característica do brasileiro, que é ser meio otimista por natureza. Esse é um componente cultura e ajuda a entender a natureza do brasileiro. O que pode não ser uma virtude, mas é um traço da população.

Ascensão social acelerada

O resultado dessa combinação de crescimento econômico com redução de desigualdade aparece na intensa mobilidade dos brasileiros na pirâmide social. De 2003 até este ano, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam para as classes A, B e C, um salto de 47,94% no número de brasileiros das chamdas classe médida e média alta.

- Esse contingente equivale a uma população da África do Sul, ou da Espanha - observa Neri.

E somente entre 2009 e maio deste ano, foram 13,08 milhões os brasileiros que ingressaram nas classes AB/C.

- O que explica vários desses dados é o simples fato de o país estar se tornando um país normal. Hoje com a inflação controlada, menos desigualdade, taxas de crescimento que se sucedem há uma década e evoluindo em áreas como a educação - diz Neri.- O Brasil é um país cheio de problemas, mas se você começa a introduzir avanços os ganhos são enormes.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Lula tirou uma espanha da pobreza!

Nunca Dantes levou 40 milhões à Classe C. Uma Espanha. Que horror ! | Conversa Afiada

 

Nunca Dantes levou 40 milhões à Classe C.
Uma Espanha. Que horror !


Neri: o Brasil deu o drible da vaca na Índia e na China

Leia no endereço http://www.fgv.br/cps/brics/ o mais recente trabalho do professor Marcelo Neri sobre a ascensão social no Brasil, reunido em estudo – “Os emergentes dos emergentes”, a nova classe média brasileira, ou “the bright side of the poor” – apresentado em seminário do BID, em São Paulo, nesta segunda feira.

Saiu também no G1:

Classe C ganha 39,5 milhões de pessoas, diz FGV

Do início de 2003 até maio deste ano, aumento foi de 46,57%.


Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo

Do início de 2003 até maio deste ano, 48,7 milhões de pessoas entraram nas classes A, B e C no Brasil, quase a população da Espanha, um crescimento de 47,94%, aponta pesquisa divulgada nesta segunda-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).


Somente na classe C foram 39,5 milhões de novos integrantes no período, um aumento de 46,57%. Paralelamente, 24,6 milhões de pessoas deixaram a classe E, queda de 54,18%, e 7,9 milhões, a classe D, recúo de 24,03%, o que mostra que a desigualdade no país vem caindo, afirma o professor Marcelo Cortes Neri, coordenador da pesquisa.


“Você está falando de crescimento em cima de crescimento (…). Ela [classe C] já cresceu porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003, e a desigualdade vem caindo há 10 anos. Esses são fatores fundamentais para este cenário de crescimento. O terceiro fator é a estabilidade, seja a inflacionária, seja o choque de confiança que foi dado aos mercados.”


De acordo com Neri, além do crescimento da renda e da queda da desigualdade, a educação é outro fator que colabora para o aumento da classe C. “A nossa pesquisa mostra que, só pelo efeito da educação, se tudo se mantiver constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos percentuais por ano, o que é bastante”. Ele citou ainda programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que foi importante para a classe E, e o aumento do salário mínimo, importante para a classe C.


Do total de novos integrantes das classes A, B e C, 13,3 milhões passaram a fazer parte dessas fatias sociais nos últimos 21 meses encerrados em maio, salienta o professor, o que mostra que o crescimento continua.


Crescimento do PIB versus alta da renda



A pesquisa revela ainda que a renda do brasileiro cresce em proporções maiores que o Produto Interno Bruto do país, o que diferencia o Brasil de outros países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).


De 2003 a 2009, a taxa de crescimento do PIB per capita foi, em média, de 2,88% ao ano, sendo superada em 1,83 ponto percentual ao ano pela renda da pesquisa nacional por amostra de domicílio (Pnad), que foi de 4,71% ao ano.


Entre as duas últimas Pnads, essa relação quase dobra, diz a pesquisa. O PIB per capita recúa 1,5% em 2009, contra um crescimento de 2,04% na renda da Pnad.


Na China e na Índia, o movimento foi oposto, disse o professor, pois o PIB cresceu mais do que as pesquisas domiciliares daqueles países.

 

Brasil cresce, distribui renda e mata os tucanos do coração.

Economia - Classe C ganha 39,5 milhões de pessoas, diz FGV

 

27/06/2011 14h19
- Atualizado em
27/06/2011 14h58

Classe C ganha 39,5 milhões de pessoas, diz FGV

Do início de 2003 até maio deste ano, aumento foi de 46,57%.
Nas classes A, B e C, 48,7 milhões foram incluídos no mesmo período.

 

Gabriela Gasparin


Do G1, em São Paulo

Do início de 2003 até maio deste ano, 48,7 milhões de pessoas entraram nas classes A, B e C no Brasil, quase a população da Espanha, um crescimento de 47,94%, aponta pesquisa divulgada nesta segunda-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Somente na classe C foram 39,5 milhões de novos integrantes no período, um aumento de 46,57%. Paralelamente, 24,6 milhões de pessoas deixaram a classe E, queda de 54,18%, e 7,9 milhões, a classe D, recúo de 24,03%, o que mostra que a desigualdade no país vem caindo, afirma o professor Marcelo Cortes Neri, coordenador da pesquisa.


“Você está falando de crescimento em cima de crescimento (...). Ela [classe C] já cresceu porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003, e a desigualdade vem caindo há 10 anos. Esses são fatores fundamentais para este cenário de crescimento. O terceiro fator é a estabilidade, seja a inflacionária, seja o choque de confiança que foi dado aos mercados.”

De acordo com Neri, além do crescimento da renda e da queda da desigualdade, a educação é outro fator que colabora para o aumento da classe C. "A nossa pesquisa mostra que, só pelo efeito da educação, se tudo se mantiver constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos percentuais por ano, o que é bastante". Ele citou ainda programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que foi importante para a classe E, e o aumento do salário mínimo, importante para a classe C.

Do total de novos integrantes das classes A, B e C, 13,3 milhões passaram a fazer parte dessas fatias sociais nos últimos 21 meses encerrados em maio, salienta o professor, o que mostra que o crescimento continua.

Crescimento do PIB versus alta da renda
A pesquisa revela ainda que a renda do brasileiro cresce em proporções maiores que o Produto Interno Bruto do país, o que diferencia o Brasil de outros países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

De 2003 a 2009, a taxa de crescimento do PIB per capita foi, em média, de 2,88% ao ano, sendo superada em 1,83 ponto percentual ao ano pela renda da pesquisa nacional por amostra de domicílio (Pnad), que foi de 4,71% ao ano.

Entre as duas últimas Pnads, essa relação quase dobra, diz a pesquisa. O PIB per capita recúa 1,5% em 2009, contra um crescimento de 2,04% na renda da Pnad.

Na China e na Índia, o movimento foi oposto, disse o professor, pois o PIB cresceu mais do que as pesquisas domiciliares daqueles países.

Desigualdade
As desigualdade de renda no Brasil vem caindo desde 2001, aponta o estudo. Entre 2001 e 2009, a renda per capita dos 10% mais ricos, aumentou em 1,52% ao ano, enquanto a renda dos mais pobres cresceu a uma taxa de 6,79% ao ano. De acordo com o Neri, esse cenário é outro fator que reflete a diferença do Brasil em relação aos demais países dos Brics, onde a desigualdade, embora mais baixa, segue subindo, diz o estudo.

Otimismo

De acordo com Neri, o Brasil é recordista mundial no que diz respeito à felicidade futura. Segundo pesquisa da FGV realizada com dados do Gallup Worl Poll, de 0 a 10, o brasileiro tem a média de 8,7 no que diz respeito à satisfação com a vida para 2014, superando todos os demais 140 países da amostra, cuja mediana é 5,6.

O professor ressalta ainda que o Brasil também se destaca nesse quesito em relação aos outros países dos Brics, no que diz respeito à felicidade futura em 2014: a África do Sul ficou na 46ª colocação, com 7,2; a China, com 6,4; a Rússia, com 6, e a Índia, com 5,7.

 

José Graziano como presidente da Organização de Alimentação e Agricultura (FAO) é vitória do Brasil de Lula/Dilma

O enorme prestígio de Lula | Os Amigos do Brasil

 

O enorme prestígio de Lula

Segunda-feira 27, junho 2011

 

O agrônomo José Graziano , ministro do Fome Zero no governo Lula, venceu a disputa para a direção-geral da Organização de Alimentação e Agricultura (FAO) com 92 votos. Para ele, a vitória é o reconhecimento internacional do que o país fez nos últimos anos

A conquista de ontem em Roma é o troféu mais significativo que a diplomacia brasileira obteve após oito anos de uma inflexão direcionada para o mundo em desenvolvimento, expressa na fórmula das parcerias sul-sul. A maioria absoluta conseguida por José Graziano na eleição da FAO,tem o significado extra de ter sido conquistada diante de um candidato com enorme peso diplomático e trânsito fácil na governança global.

Depois de uma série de revezes na disputa de cargos internacionais de destaque, como a candidatura da ex-presidente do STF Ellen Gracie à Corte Internacional de Haia, pela primeira vez o país reuniu a massa crítica de votos em um universo de 180 votantes, 12 a menos que o número de membros da Assembleia-Geral da ONU.

Embora não exista uma conexão ou uma analogia direta, a construção da vitória do ex-ministro revela algo mais que “o enorme prestígio” de Lula, exaltado pelos espanhóis. O resultado de ontem confirma a envergadura da política externa brasileira e reforça a posição do país na prolongada batalha por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança, a instância máxima das Nações Unidas.

O desempenho de Graziano à frente da FAO, em um período crítico para a segurança alimentar mundial, passa a fazer parte da próxima etapa dessa campanha.

Por Helena

 

domingo, 26 de junho de 2011

Quem chifrou o FHC? ¯\_(ツ)_/¯

DoLaDoDeLá: A falsa paternidade de FHC

 

A falsa paternidade de FHC

Uma mácula pessoal assombrou durante muitos anos a vida particular do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Quando senador, num romance secreto com uma então repórter da TV Globo, Mirian Dutra, FHC teria engravidado a amante. Para apagar o incêndio, a emissora transformou a jornalista em correspondente na Espanha.



Durante o periodo em que gestou e cuidou do menino, Fernando Henrique nunca faltou como pai, seja para visitá-la eventualmente, seja para dar apoio financeiro. Houve uma ocasião em que o correspondente de Londres num encontro íntimo teria perguntado à queima-roupa: "O que está faltando para o senhor assumir esse menino?"






Em dois mil e nove Fernando Henrique não só o reconheceu num cartório espanhol, como incluiu o filho em seu testamento. Só que Tomás não é filho dele, como revelaram dois exames de DNA, um deles feito no começo deste ano. A notícia foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, em sua coluna desta semana na revista Veja.



Fernando Henrique se apaixonou por uma jovem que talvez não tivesse tanto compromisso assim com o senador. Para Tomás, a notícia pode ter efeito danoso para a formação da personalidade do rapaz, que deverá seguir perguntando: quem é meu pai? Para o ex-presidente nada muda. FHC mandou avisar que ele continua a considerar o menino um filho.



Só resta saber se a jornalista - até hoje na emissora - agora não será despedida por justa causa. Que drama, não? Às vezes, só fumando um baseado mesmo, para acreditar!

 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dilma trabalha: "Família de baixa renda terá telefone fixo a R$ 9,50"

Família de baixa renda terá telefone fixo a R$ 9,50 | Os Amigos do Brasil

 

Família de baixa renda terá telefone fixo a R$ 9,50

Quarta-feira 22, junho 2011

 

O governo irá anunciar na próxima semana um programa de telefones fixos para famílias e pessoas de baixa renda a R$ 9,50. O valor prevê isenção de ICMS e 90 minutos mensais de ligação, sendo que serão as concessionárias a arcar com redução do preço. Caso o Estado não queira abrir mão do imposto – o governo alega que não haveria perda de arrecadação, uma vez que o público-alvo não é usuário atualmente -, a assinatura será de R$ 13,50.

De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o governo quer atender as cerca de 12,6 milhões de casas beneficiadas pelo Bolsa Família, mais os aposentados rurais e os cadastrados como deficientes. O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), embaixador Ronaldo Sardenberg, disse que a decisão para que as concessionárias passem a arcar com a redução dos preços foi ” uma adesão negociada”.

 

m menos de seis meses, Alckmin troca 4 secretários envolvidos em corrupção

Em menos de seis meses, Alckmin troca 4 secretários envolvidos em corrupção « Dilma Presidente – @Porra_Serra_

 

Em menos de seis meses, Alckmin troca 4 secretários envolvidos em corrupção




Às vésperas de completar seis meses no cargo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mais uma vez terá de buscar novos nomes para a composição de seu governo. Só no secretariado, quatro trocas de comando já ocorreram. Na mais recente, o secretário de Esporte, Lazer e Juventude de São Paulo, Jorge Pagura (PTB), pediu demissão depois de ver seu nome citado em investigação do Ministério Público e da Polícia Federal sobre um suposto esquema de fraude em plantões nos hospitais públicos do Estado.
Ontem, foi a vez do coordenador de Serviços de Saúde, Ricardo Tardelli, deixar o cargo. Ambos foram citados em escutas telefônicas captadas pela operação.
Alckmin não havia completado nem três meses de sua volta ao governo de São Paulo quando teve a primeira baixa em seu secretariado. Terminado o prazo acordado com o titular da Agricultura, João Sampaio – que lá estava desde o governo de José Serra (PSDB) -, para nomear um substituto, Alckmin não havia encontrado no PMDB, que pleiteava o cargo, um nome que lhe agradasse para o posto, pois queria alguém com perfil técnico.
Um mês depois, em resposta à articulação do prefeito da capital, Gilberto Kassab, para formar o PSD, demitiu seu vice-governador, Guilherme Afif Domingos, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Para a vaga de Afif, fiel escudeiro do prefeito, deslocou Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que comandava a Secretaria de Desenvolvimento Social, abrindo este espaço para realocar o DEM, com o deputado federal – e antigo aliado de Kassab – Rodrigo Garcia. Ao PP, ofereceu a presidência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em negociação mediada pelo deputado federal Paulo Maluf. O economista Antonio Carlos do Amaral Filho foi o escolhido. O imbróglio na Agricultura só viria a ser resolvido em maio, quando Alckmin nomeou para o posto a engenheira agrônoma Mônika Bergamaschi, sem ligação partidária.
Na Assembleia Legislativa, o governador, apesar de gozar de ampla maioria, está sempre às voltas com eventuais deserções rumo à oposição. Esta, com 28 cadeiras, busca angariar mais quatro parlamentares, o que lhe daria assinaturas suficientes para protocolar comissões parlamentares de inquérito (CPIs). PDT, PMDB, PR e PRB já ameaçaram debandar caso Alckmin não lhes cedesse espaço em postos na máquina burocrática.
Por conta da investigação de fraude, a Secretaria da Saúde do Estado determinou a implantação obrigatória de sistemas de ponto eletrônico nos hospitais ligados à Pasta. Foi determinado prazo de 90 dias para que os hospitais se adaptem ao meio eletrônico do controle de expediente de seus funcionários. Mas a medida não é considerada suficiente nem entre aliados. O deputado estadual Carlos Bezerra (PSDB), que integra a Comissão de Saúde na Assembleia, acredita que só com a aprovação de lei que exija dedicação exclusiva dos profissionais ao serviço público e fortalecimento dos conselhos de gerenciamento se pode resolver a questão: “Não é cartão de ponto que resolve o problema. É ser bem pago onde você está. O salário dos profissionais de saúde pública está abaixo do mercado.”
do Os Amigos do Presidente Lula de noreply@blogger.com (Helena™)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mas uma ótima notícia para a Petrobras. E péssima para o PSDB e sua Mídia

Petrobras – Fatos e Dados » Moody’s melhora classificação de risco da Petrobras em moeda estrangeira

 

Moody’s melhora classificação de risco da Petrobras em moeda estrangeira

21 de junho de 2011 / 22:05

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A agência de classificação de risco Moody’s Investor Services (Moody´s) anunciou hoje a melhora do nível de risco (rating) da dívida da Petrobras em moeda estrangeira de Baa1 para A3, assim como da dívida de suas subsidiárias com garantia da Petrobras.

A melhora é vista pela agência como consequência da recente elevação da nota de risco (rating) da dívida soberana brasileira de longo prazo em moeda estrangeira, que passou de Baa3 para Baa2. A classificação do rating da Petrobras em moeda estrangeira permanece posicionada em dois níveis acima da avaliação do risco soberano brasileiro. 

Com essa melhora, o risco da dívida da Petrobras em moeda estrangeira alcançou o mesmo nível da sua classificação em moeda local, escala global, que permaneceu estável. Essa avaliação de risco da Moody’s é estendida a todas as notas globais de dívida emitidas pela Petrobras International Financial Company (Pifco), subsidiária integral da Petrobras, que passam também a ser avaliadas como A3.

A elevação da nota de risco irá contribuir para ampliar a base de investidores da Companhia e melhorar as condições de captação de recursos. A Petrobras reafirma o seu compromisso de manter sua estrutura de capital em níveis compatíveis com grau de investimento.

 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Alckmin corta verba da saúde em até 70%

Assembleia Permanente PT

 

Governador Alckmin reduz investimentos em 62%

 

 

O governo Alckmin repete a política tucana de cortar investimentos, apesar de em campanha eleitoral ter prometido manter o ritmo de investimento público.



Somente nos quatro primeiros meses de 2011, a redução é de 62%, quando comparado ao mesmo período em 2010, ano eleitoral. Com valores corrigidos pelo IGP-DI, os investimentos (obras e compra de equipamentos) e transferências a municípios caíram de R$ 6,2 bilhões para R$ 2,2 bilhões, ou seja, um corte de quase R$ 4 bilhões nos valores empenhados.



Um dos maiores cortes atinge as entidades sem fins lucrativos, como as Santas Casas, com redução de 83%, quase R$ 100 milhões. A queda nas transferências para municípios atingiram 80%, caindo de R$ 154 milhões (2010) para R$ 32 milhões (2011). Nas obras, o corte foi de 55% (R$ 2,2 bilhões) e em equipamentos e compra de material permanente não foram aplicados R$ 1,2 bilhão (-74%).



Queda na Saúde chega a 70%

A queda nos investimentos por secretaria também é muito significativa. No primeiro quadrimestre, a secretaria da Cultura só empenhou R$ 270 mil contra os R$ 134 milhões em igual período do ano passado.



A situação também não é diferente na secretaria do Meio Ambiente, onde nos primeiros quatro meses de 2010 haviam sido aplicados R$ 115 milhões, este ano foram apenas R$ 2 milhões.



Na secretaria de Transportes Metropolitanos, o corte chega a R$ 2 bilhões – 80% a menos que em 2010; na Saúde os investimentos foram reduzidos em 70% (R$ 196 milhões); na Segurança  41% (R$ 41 milhões); no Saneamento 28% (R$ 61 milhões); e na Educação 16,5% (R$ 31 milhões).



Excesso de arrecadação



Se de um lado há corte nos investimentos, em outro há um aumento na arrecadação. Nos primeiros quatro meses de 2011, o governo paulista já arrecadou quase R$ 1,55 bilhão a mais que o previsto e a previsão é de que chegue ao final do ano com algo próximo a R$ 5 bilhões acima do estimado.



O volume de recursos em caixa do governo paulista que, em dezembro de 2010, chegava a R$ 26,4 bilhões cresceu e, no final de abril último, atingiu o valor de R$ 32,16 bilhões - um crescimento de R$ 5,7 bilhões (+21,6%). Este índice é pelo menos duas vezes acima da inflação acumulada no período.

 

O Reino Unido quer o Brasil no conselho de segunraça da ONU. E agora tucanos?

O Reino Unido e o assento no CS da ONU | Brasilianas.Org

 

O Reino Unido e o assento no CS da ONU


A mídia muito criticou a chamada "megalomania" de Lula e Amorim em relação a política externa.

Hoje a Folha de São Paulo traz o apoio de Nick Clegg e do Reino Unido ao Brasil por um assento no Conselho de Segurança da ONU. Um Vice primeiro ministro inglês falando assim sobre o Brasil eu ainda não tinha lido.

Da Folha

Reino Unido e Brasil, novas oportunidades

O Reino Unido ativamente apoia a ambição brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas

Nossa relação com o Brasil é importante. Sempre foi: o Reino Unido teve um papel relevante na independência do Brasil. A Marinha brasileira veio em nosso auxílio para ajudar a patrulhar o Atlântico na 1ª Guerra Mundial. Soldados brasileiros lutaram ao lado dos nossos na Itália, durante a 2ª Guerra.
Hoje, ambos os países estão entre as duas maiores economias globais; compartilhamos objetivos, acreditamos na democracia, no livre comércio e nos direitos humanos e estamos determinados a cumprir nosso papel no maior desafio de nossos tempos: a luta contra as mudanças do clima.
Contudo, apesar de nossa história, ainda não aproveitamos nossos laços ao máximo. Podemos aprofundar relações comerciais, colaborar mais e buscar um ao outro como aliados naturais no cenário internacional. Juntos, podemos reinventar nossa parceria para o século 21, contribuindo para a prosperidade interna e defendendo os nossos valores no exterior.
Isso significa sermos muito mais ambiciosos em nossas relações comerciais. Algumas de nossas maiores empresas já trabalham juntas: a Rolls Royce fornece peças de avião para a Embraer e tecnologia de ponta à indústria petrolífera brasileira. Já a Embrapa estabeleceu um laboratório no Reino Unido para realizar pesquisa de ponta.
Mas ainda há muito a fazer, e inúmeras oportunidades em áreas como energia renovável, infraestrutura, engenharia e serviços financeiros. Firmar parcerias não se resume a assinar contratos.
Trata-se de compartilhar experiências, como as de grandes eventos esportivos, incluindo Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Enquanto o Brasil se prepara para a Rio-2016, compartilharemos nossa experiência na organização de Londres-2012, dentro do prazo e do orçamento, os primeiros Jogos Olímpicos sustentáveis da história.
Estamos felizes por já estarmos trabalhando juntos em questões como sustentabilidade, acessibilidade e segurança, e desejamos garantir um legado duradouro para nossos países.
O trabalho conjunto é importante, assim como o apoio mútuo na esfera internacional. O Brasil é hoje uma força global, não apenas por sua riqueza. O país é uma potência ambiental, sem a qual não pode haver um acordo climático significativo, e tem um papel cada vez maior na segurança internacional -visto a liderança na Missão de Estabilização da ONU no Haiti.
O Brasil é uma grande fonte de apoio às nações que buscam se desenvolver, além de ser uma voz dos direitos humanos e polo para tecnologias sustentáveis, necessárias para o crescimento a longo prazo.
Não pode haver resposta às questões dominantes na agenda internacional atual sem o Brasil.
Por esse motivo, o Reino Unido ativamente apoia a ambição brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
É hora de a estrutura das instituições internacionais refletir o mapa do poder no mundo. Como democracia pacífica e país mais importante da região, o Brasil deve ser plena e formalmente representado nas principais mesas de negociações internacionais.
E queremos ver o Brasil utilizando sua influência: pressionando por uma rodada de comércio internacional justa, ajudando a implementar os compromissos de Cancún, que podem contribuir para uma bem-sucedida Cúpula do Clima em Durban, e utilizar a experiência e influência crescentes para ajudar a assegurar a estabilidade no Oriente Médio.
Juntos, Reino Unido e Brasil podem ser uma força positiva de mudança. Podemos gerar prosperidade internamente e defender nossos valores no cenário internacional.
Em uma parceria igualitária e madura nem sempre concordaremos, mas há muito mais a nos unir do que a nos dividir. No mundo de hoje, em que os países precisam uns dos outros, é algo a ser aproveitado.

NICK CLEGG é vice-primeiro-ministro do Reino Unido

Sabe por que a Veja atacou Mercadante?

Blog do Magno Martins - Os bastidores do poder e da política em primeira mão

 

Ipespe em SP: Mercadante, 26%; Serra, 22%; Netinho, 17%

 O PC do B encomendou pesquisa para o Ipespe sobre a sucessão em São Paulo, informa Mônica Bergamo, na Folha de S.P. A ideia era testar o nome do vereador Netinho (PC do B-SP) na corrida eleitoral. Num cenário com Aloizio Mercadante (PT-SP) e José Serra (PSDB-SP) como candidatos, ele ficou com 17%, contra 26% do petista e 22% do tucano.

Quando só nomes 'novos' na política entram na lista da pesquisa, Netinho se sai melhor. Aparece com 23%. Paulo Skaf (PMDB-SP) tem 10%, Gabriel Chalita (PMDB-SP), 2% e Fernando Haddad (PT-SP), 1%. O fato de Netinho ser um cantor popular e de tanto ele quanto Skaf já terem disputado campanhas majoritárias, para o Senado e o governo de SP, explica o resultado.

sábado, 18 de junho de 2011

Lula e o meteorito na cabeça do Serra

Palavras Diversas: Lula: blogueiros, vocês são os caras!

Lula: “Vocês (blogueiros) evitaram que a sociedade brasileira fosse manipulada como durante muito tempo foi. Vocês evitaram que os chamados falsos formadores de opinião pública que, às vezes, não convencem nem quem está em casa assistindo, ditassem regras. Nunca me preocupei com crítica se ela for verdadeira, me preocupo com inverdades, má-fé, más informações, como aquela pedra, aquele meteorito de papel que bateu na cabeça de um candidato no ano passado”.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O preconceito contra o estádio do Corinthians

De novo “essa gente diferenciada”? | Blog do Juca Kfouri

 

De novo “essa gente diferenciada”?

Por SÉRGIO ALVARENGA*

O verdadeiro patrulhamento que tem se visto a respeito do estádio de futebol que o Corinthians pretende construir no distante Itaquera parece assemelhar-se com a demonstração de preconceito contra “gente diferenciada” que, recentemente, se manifestou no próximo Higienópolis, em episódio que, de tão recente e notório, dispensa rememoração.

A origem de parte das manifestações contrárias à construção do estádio, lá, parece ser a mesma que motivou um abaixo-assinado de um pequeno grupo contra a construção de uma estação do metrô, aqui: preconceito contra a tal “gente diferenciada”.

Assim deduzo por não encontrar qualquer outra explicação lógica.

Evidentemente, não me refiro às manifestações motivadas por paixão/ódio clubístico.

Essas só têm espaço nas discussões de boteco e não em discursos que se pretendem sérios.

Refiro-me àqueles que se posicionam contrariamente adotando uma posição de guardiões do dinheiro público.

Essa é a máscara a esconder a verdadeira motivação e a tentar emprestar um caráter respeitável à indignação.

Na imensa maioria dos casos, porém, não sabem nem do que se fala. Em pouquíssimos, mesmo sabendo-se, o preconceito parece falar mais alto.

Segundo o planejamento, a receita para a construção do estádio vem de duas fontes: financiamento do BNDES e incentivos fiscais.

Pois bem. Financiamento é como um empréstimo. Ou seja, o Corinthians terá que pagar cada centavo desse dinheiro emprestado, e com juros. E essa não é uma possibilidade concedida exclusivamente ao Corinthians, mas também, e não apenas, aos 12 estádios que sediarão partidas da Copa do Mundo. Aos interessados: basta entrar no site do BNDES para ver se atendem aos requisitos, que são públicos. A coisa é tão óbvia que, quanto a esse ponto, a gritaria tem sido pequena, restrita apenas aos totalmente ignorantes.

O ponto que tem gerado maior barulho dos zeladores do dinheiro público é o do incentivo fiscal.

Incentivo fiscal, genericamente falando, é mais um corolário da própria garantia da igualdade, assegurada pela Constituição Federal. É mais um instrumento voltado à distribuição de renda e atenuação das desigualdades.

No modo de produção capitalista, os ideais de igualdade e distribuição de renda passam, obrigatoriamente, pelo desenvolvimento econômico. Cabe ao Estado, consoante orientação Constitucional, agir de forma proativa, fomentando o desenvolvimento em áreas carentes. Nesse contexto se insere o incentivo fiscal, seduzindo particulares a investirem em lugares, até então, pouco atrativos.

É fácil deduzir que não há aporte de dinheiro público. Há o aporte de dinheiro particular, com benefícios fiscais. E uma grande parte dos detratores do projeto não alcança sequer essa obviedade.

Os zeladores um pouquinho mais preparados argumentam que isso seria um sofisma. Não haveria aporte de dinheiro público, mas haveria redução de receita. Ou seja, dinheiro público não sairia, mas deixaria de entrar o que, nessa visão míope, seria a mesma coisa.

Mas não é. Esse raciocínio, sim, e que é um sofisma. Ignora uma questão evidente: o que deixa de entrar, na verdade, não entraria mesmo. Sem o incentivo fiscal, o particular simplesmente deixaria de investir no local, desinteressante economicamente que seria.

Esse é o ponto: o incentivo visa, essencialmente, desenvolver Itaquera, bairro que, é fácil constatar, não é daqueles tratados, historicamente, com mais carinho pelo Poder Público.

O Corinthians beneficia-se com esse incentivo? Sim, claro. Nada mais justo, aliás, já que, não fosse o estádio, a região continuaria pouco atrativa aos olhos de novos investidores, mesmo com incentivos fiscais. É a soma “estádio + incentivo” que levará dinheiro novo e o consequente desenvolvimento à região. E quem se beneficiará, em última instância, é o morador de Itaquera, seja ele corinthiano ou não.

Ora, não é legítimo que os habitantes de Itaquera tenham direito a uma moderna praça de esportes e lazer? O lazer é um direito social reconhecido desde a Declaração Universal dos Direitos dos Homens de 1948 (artigo XXIV). E, hoje, tem expressa previsão Constitucional (Art. 6º). Deve ele ficar restrito aos bairros mais nobres?

Não se pode ignorar, também, os reflexos indiretos da construção do estádio e do aumento de investidores no local. Surgirão incontáveis novos empregos e, reflexamente, novos impostos serão arrecadados. Há minucioso estudo elaborado por respeitadíssima consultoria internacional apontando que acabará se arrecadando muito mais do que se deixará de arrecadar com o incentivo.

Isso sem falar na melhoria de transito na cidade como um todo, em função dos locais que permanecerão no bairro.

E isso sem falar no legado da visibilidade internacional, com claros reflexos no turismo e negócios em geral, que São Paulo ganhará por hospedar a abertura da Copa do Mundo.

Os guardas do dinheiro público, provavelmente até inconscientemente, não se preocupam com Itaquera. Preferiam que esse dinheiro entrasse no cofre central – não entendem que não entraria – para ser aproveitado em outros bairros, mais próximos. O “pessoal diferenciado” não merece esse luxo, devem pensar.

Não atinam que o aumento significativo no número de empregos na região segurará grande parcela dos “diferenciados” em Itaquera, mesmo. Ou seja, bem longe, como parecem querer.

Quem sabe, assim, aquele pequeno grupo não concorde com o metrô em Higienópolis?

*Sérgio Alvarenga é vice-presidente jurídico do Corinthians.

Kassab sobe nas tamancas!

Acuado, Kassab reage e ameaça contar tudo | Ricardo Kotscho - R7.com

 

A coisa está ficando feia para os lados do prefeito paulistano Gilberto Kassab, que deixou o DEM (antigo PFL) e vinha trabalhando na surdina para criar um novo partido, o PSD, com o objetivo de atrair descontentes de todas as latitudes e se lançar como uma nova liderança nacional.

Definido por ele mesmo como um partido que "não é de esquerda, nem de direita, nem de centro", nem de cima nem de baixo, nem governo nem oposição, ou seja, um verdadeiro frankstein do fisiologismo político nacional, o PSD logo ganhou adeptos.

Tudo vinha bem, só que o partido começou a crescer demais e a incomodar antigos aliados de Kassab, um legítimo produto do conservadorismo paulistano.

Protegido pela blindagem da imprensa paulista aos governos municipal e estadual, grandes anunciantes, o prefeito paulistano se sentiu acuado diante das primeiras denúncias de falcatruas que vazaram esta semana e pela movimentação dos ex-aliados do DEM para impedir na Justiça a criação do novo partido.

Descobriu-se primeiro que Kassab vinha usando a estrutura da Prefeitura para recolher as 490,3 mil assinaturas necessárias para a criação do PSD. Para poder concorrer nas próximas eleições, o partido precisa conseguir o registro até o dia 30 de setembro. Daí a pressa e a falta de cuidados para conseguir as assinaturas.

Na quinta-feira, em São Paulo, o presidente do PT municipal, vereador Antonio Donato, recolheu as assinaturas necessárias para pedir a criação de uma CPI.

Em Santa Catarina, o Ministério Público começou a investigar a lista de adesões ao PSD depois da denúncia de que cinco eleitores mortos foram incluídos na relação.

Como já havia acontecido em outras ocasiões, Kassab perdeu a paciência e partiu para o contra-ataque. Sob o título "Faroeste Paulista", a coluna Painel da "Folha" revela os bastidores de uma brigalhada que aconteceu dois dias atrás,  mas só veio a público nesta sexta-feira.

"Vocês querem acabar comigo, mas sou eu que vou acabar com vocês", ameaçou um Kassab fora de controle, ao invadir o gabinete do ex-aliado íntimo Rodrigo Garcia, secretário de Desenvolvimento Social do governo estadual.

Sem se importar com a presença de dois prefeitos do interior, Kassab cobrou lealdade de Garcia e lembrou que tem munição contra ele. Seria bom mesmo que os dois contassem tudo o que sabem um sobre o outro e o que acontece nos bastidores da política paulista protegida por uma cortina de silêncio.

Segundo Garcia, o governador, a quem Kassab também foi se queixar de que pretendem acabar com ele, foi informado de tudo.

Para se ter uma ideia de como a imprensa local trata de resguardar os seus governantes, preocupada apenas em investigar atos do governo federal e de parlamentares de outros Estados, basta lembrar um episódio ocorrido na última semana.

Durante quatro dias, São Paulo foi governada por Guilherme Afif, do PSD, que rompeu com Geraldo Alckmin e está ajudando Kassab a montar o novo partido, mas só os leitores deste Balaio foram informados sobre esta breve mudança no Palácio dos Bandeirantes.

Por acaso, fiquei sabendo na sexta-feira passada que o governador Alckmin viajara para o México _ foi visitar seus netos gêmeos que tinham acabado de nascer _ e só voltaria na terça-feira. Não li esta notícia em mais lugar algum.

Expostos à luz do sol, os bastidores da política paulista não são muito diferentes daqueles que imperavam nos sertões nordestinos nos tempos dos coronéis de antigamente.