quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Como esconder corrupção do PSDB?

PSDB se esforça para esconder escândalo de 4 bilhões de Reais - Pragmatismo Político

 

PSDB se esforça para esconder escândalo de 4 bilhões de Reais

DiarioLiberdade



Diante das várias denúncias, o PSDB fez incontáveis manobras até conseguir impedir a instalação  das investigações
É a segunda denúncia em menos de dois meses envolvendo o governo Alckmin. Nas duas ocasiões os desvios de verba  atingiram a casa dos bilhões de reais.
Enquanto a direita transforma uma suposta "luta contra a corrupção" em sua estratégia central para ganhar mais espaço no regime político e tentar reverter sua crise, o principal governo deste setor, a administração estadual de São Paulo, é acusado de estar envolvido em mais um caso de corrupção.

E assim como a última denúncia, a que envolvia a compra de emendas
parlamentares por um terço da Assembleia Legislativa de São Paulo,
novamente os tucanos são acusados de participar de um esquema bilionário
para favorecer os capitalistas.





Desta vez a denúncia é contra o processo de licitação da linha
5-Lilás. Um esquema que segundo dados pela própria Justiça de São Paulo
pode chegar a mais de R$ 4 bilhões.



Há pouco mais de um mês, o mesmo PSDB foi denunciado por estar
envolvido em outro esquema bilionário. O deputado do PTB, Roque
Barbiere, parte da base de sustentação do governo na Assembleia
Legislativa de São Paulo (Alesp), denunciou que pelo menos um terço dos
deputados vendia emendas para grandes capitalistas e prefeituras ligadas
principalmente ao PSDB.



Diante destas denúncias, o PSDB fez diversas manobras até conseguir impedir a instalação de uma CPI na Alesp.



Agora, começou uma operação para repetir o mesmo no metrô, empresa
que, diga-se de passagem, já foi denunciada por outros desvios de verba
como, por exemplo, o que envolveu o contrato entre a estatal paulista e a
empresa Alston. O primeiro passo está sendo manter o presidente da
empresa no cargo, negando todos os indícios de corrupção.




Tanto no caso das emendas como neste mais recente fica provado que a
corrupção está diretamente ligada ao favorecimento dos empresários e,
desta maneira, a única forma de combater estes ataques à população de
São Paulo é a luta contra esta política direitista de favorecimento dos
grandes capitalistas.

 

Cadê a mídia que chamava a Dilma de poste?

'Foreign Policy' inclui Dilma entre "pensadores globais" | Brasilianas.Org

 

'Foreign Policy' inclui Dilma entre "pensadores globais"


Do Filtro / O Globo

Dilma entra na lista de “pensadores globais” de revista americana

A revista americana Foreign Policy, dedicada à análise das relações internacionais, incluiu a presidente Dilma Rousseff em sua lista de “100 pensadores globais” de 2011 por ela representar “a poderosa voz do novo Sul Global”. Dilma ficou em 42º lugar em uma lista que engloba os principais líderes mundiais e que é encabeçada por um grupo de 14 pessoas que inspiraram a Primavera Árabe.

m>FP lembra o passado marxista de Dilma e afirma que enquanto muitos líderes mundiais enfrentam a raiva de suas populações em uma era de desemprego crescente, Dilma está encarregada de comandar “a economia em boom de seu país, que mais que triplicou na última década, e está determinada a ascender à proeminência no cenário mundial.” A revista lembra ainda que ela prometeu reduzir a dívida brasileira e inseriu o Brasil nos esforços para resolver a crise da dívida da Europa.

O Brasil ainda pode ser um dos países mais desiguais do mundo, mas Rousseff colocou a erradicação deste problema no centro de seu governo. Em seus primeiros meses no cargo, ela divulgou o plano “Brasil sem Miséria”, que tem o objetivo de tirar mais de 16 milhões de brasileiros da pobreza extrema. “Na cadeia você aprende a sobreviver, mas também que você não pode resolver seus problemas da noite para o dia, ela explicou a a Newsweek. “Esperar necessariamente significa [ter] esperança, e se você perder a esperança, o medo toma conta. Eu aprendi a esperar”.

José Antonio Lima

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

E a mídia continua a esconder os escândalos do PSDB.

Altamiro Borges: O caso Controlar e o PIG

 

O caso Controlar e o PIG

Por Renato Rovai, na revista Fórum:



No dia 18 último, o presidente do Metrô foi afastado pela Justiça por descumprimento de ordem judicial. O caso em questão guardava relação com a concorrência da linha 5 do Metrô e o prejuízo calculado para o Estado é de 4 bilhões de reais.







Na quinta-feira passada, o MP pediu o afastamento do prefeito Gilberto Kassab por conta de prejuízos calculados em 1 bilhão de reais aos cofres públicos na licitação do Controlar.



Na sexta, a Justiça determinou nova licitação e bloqueou os bens de Kassab.



Os jornais de hoje ignoram ambos os casos nas suas manchetes. Um já caiu no esquecimento (Metrô) e o outro virou nota de rodapé (Controlar).



Algumas pessoas acham forte a expressão PiG. Consideram-na inadequada por conta de condenar os veículos de imprensa por um papel que também é deles, o de fazer oposição.



De fato, seria exagerado se a os veículos comerciais tratassem todos os lados envolvidos no noticiário político a partir dos mesmos critérios. Ou ao menos de critérios semelhantes.



Mas como isso está longe de acontecer, chamar os veículos comerciais de PiG não é exagero algum.



Aqui na Fórum, o Dennis de Oliveira já chamou à atenção para o poder das empresas que realizam a inspeção veicular em São Paulo neste post que acabou gerando este outro.



Kassab armou um esquema tão “perfeito” que inclusive se tornou modelo em outros estados, como no Rio Grande do Norte, onde foi fruto de uma operação policial (Sinal Fechado) que levou para a cadeia 14 pessoas.



Em São Paulo, a inspeção que começou a vigir em 2008 teve seu contrato assinado em 1996, doze anos antes. Ainda na gestão Maluf. Nada, absolutamente nada, tem prazo de validade tão longo. Concursos públicos, vestibulares etc, caducam em prazo muito mais exíguo. Por que um contrato assinado 12 anos antes foi resgatado sem que houvesse questionamento mídático algum?



Não é só questão de condescendência com o mal feito. Neste caso o buraco é mais embaixo. Nesta operação de captura do Estado por setores privados corruptos e corruptores a mídia comercial faz parte do esquema.



Já foi assim nas privatizações dos anos 90, quando nada era noticiado e nem denunciado.



O Caso Controlar e o do Metrô não vão ficar nas manchetes porque são os aliados dos donos dos veículos de comunicação que estão envolvidos nele. Tanto os grupos empresariais que operam o serviço, quanto os governantes que o organizam.



É por isso que o PiG é PiG.

Mais um escândalo tucano para a mídia esconder.

Altamiro Borges: Faustino preso; Serra mudo. E a mídia?

 

Faustino preso; Serra mudo. E a mídia?

Por Altamiro Borges



Na quinta-feira passada, a operação “Sinal Fechado” do Ministério Público Federal resultou no pedido de prisão de 14 pessoas no Rio Grande do Norte. Elas são acusadas de fraudes bilionárias na inspeção veicular – o mesmo esquema que bloqueou os bens do prefeito Gilberto Kassab. A mídia até tem tratado do escândalo na capital paulista, mas evita destacar as prisões em Natal. Por que será?



Um dos envolvidos no escândalo potiguar, já preso e acusado de ser o chefão da quadrilha, é o tucano ricaço João Faustino, suplente do senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Mais grave ainda: Faustino foi um dos homens-fortes da campanha de José Serra em 2010. Enquanto o esquecido Paulo Preto chefiava a arrecadação de recursos financeiros em São Paulo, ele fazia a coleta nacional.



Relação antiga e sólida



As relações entre Faustino e Serra são antigas. Ele foi o seu subchefe da Casa Civil em São Paulo, subordinado ao ex-secretário Aloysio Nunes Ferreira, eleito senador no ano passado. Quando o grão-tucano se afastou do cargo de governador para disputar o pleito presidencial, Faustino foi acionado para o comando da campanha nacional – principalmente na área de arrecadação de recursos.



Até agora, José Serra, que adora se fingir de paladino da ética, nada falou sobre Faustino. Nem sequer prestou apoio ao seu amigo preso, ao antigo colaborador no Palácio dos Bandeirantes – bem diferente da postura “solidária e humanista” do demo Agripino Maia, outro ícone da “ética”, que logo inocentou seu suplente ricaço. Ingrato, o falante Serra está calado.



Cadê a Veja e o Jornal Nacional?



Já a mídia hegemônica, sempre tão imparcial e neutra, evita dar destaque para a prisão do arrecadador tucano, homem-forte de Serra. Faustino ainda não virou capa da Veja. Willian Bonner e Fátima Bernardes não fizeram cara de nojo no Jornal Nacional da TV Globo. Os jornalões dão apenas pequenas notinhas, nada de manchetes ou das tais reportagens “investigativas”. Estranho, não é?



E olha que o caso é cabeludo. Renata Lo Prete, da Folha, informa hoje (27) que “tucanos graúdos se mobilizam intensamente nos bastidores para avaliar a situação e projetar os danos da prisão de Faustino, que foi o número dois do hoje senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) na Casa Civil durante o governo de José Serra”. Então, por que a mídia não faz seu costumeiro escarcéu? Ela é seletiva?

sábado, 26 de novembro de 2011

Lançado o livro que conta os podres da imprensa na campanha 2010

Sul 21 » Palmério Doria: “A bolinha se tornou mais importante que o Papa”

 

Palmério Doria: “A bolinha se tornou mais importante que o Papa”


“Esta eleição parece um túnel de trem-fantasma para a Dilma. A cada curva era uma cilada, uma armadilha, uma rasteira” | Foto: Arquivo Pessoal / Twitter

Felipe Prestes

Uma bolinha de papel bate na cabeça de um presidenciável e o leva para o hospital. Depois, um telejornal diz que a bolinha não foi a causa do ferimento. Outro objeto teria atingido o candidato. As câmeras mostram. Um perito atesta. Na internet, blogueiros separam o vídeo frame a frame e dizem que não se enxerga objeto nenhum. Uma singela bolinha de papel teria mesmo motivado uma tomografia em José Serra. “A bolinha se tornou mais importante que o Papa. A grande personagem das eleições foi a bolinha”, afirma o jornalista Palmério Dória.

O episódio da bolinha de papel é o ponto de partida para a narrativa de Crime de Imprensa – o retrato de uma imprensa murdoquizada, lançamento de Dória e de Mylton Severiano, ambos jornalistas da velha guarda, com passagem por diversos veículos tanto da imprensa nanica, quanto pelos veículos das famílias que dominam a comunicação no pais. É sobre a cobertura destes últimos nas eleições de 2010 que trata o livro. “Esta eleição parece um túnel de trem-fantasma para a Dilma. A cada curva era uma cilada, uma armadilha, uma rasteira. Ela era seqüestradora, bandida, laranja, poste, ela era tudo”, conta Palmério.

A dupla não espera qualquer resenha nos jornais, mas espera, sim, que o livro seja bem vendida. Os dois já fizeram junto Honoráveis Bandidos, que conta a saga de José Sarney, e vendeu cerca de cem mil exemplares, mesmo com pouquíssima divulgação na grande imprensa. “O livro do Sarney também fala das relações da grande imprensa. Todos os grandes irmãos tinham ótimas relações com o Sarney, ele era, inclusive, colunista da Folha de São Paulo. É muito recente o rompimento dos grandes irmãos com o Sarney”, ressalta Palmério.

Sem papas na língua, o jornalista conversou por telefone com o Sul21 e não poupou nem o vice-presidente da República, Michel Temer. Ele revelou que é processado por diversas pessoas – entre elas, o ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi – e que já nem se defende mais na Justiça. “Não quero nem ser defendido. Abri mão de advogado, porque quero que me prendam. Eu sou fora da lei. Esses caras vão me prender? Agora eu quero ver”.

Nesta sexta-feira (25), o Crime de Imprensa foi lançado em uma banca da Avenida Paulista. A obra está apenas em bancas de São Paulo e também pode ser adquirida pela internet.

“Eu falo da imprensa que perdeu a eleição. Da imprensa que torce para que a crise internacional chegue ao Brasil”

Sul21 – O título do livro é Crime de Imprensa. A imprensa brasileira é criminosa? Por quê?

Palmério Dória – Eu falo da imprensa que perdeu a eleição. Da imprensa que torce para que a crise internacional chegue ao Brasil para jogar uma água fria na Dilma, e no Lula também. É uma imprensa que sabe que pode perder também em 2014 e está desesperada. Eu falo, na verdade, das quatro grandes famílias. Ela (imprensa) é criminosa, no final das contas, porque vem manipulando os prezados leitores e espectadores há décadas.


"Em 2002, O Estado de S. Paulo noticiou uma ida, que não houve, do Serra ao Tocantins. Ele sendo recebido em festa pelo prefeito, quando na verdade estava em São Paulo, no estúdio, gravando" | Foto: Giovanni Bello/UFSC

Sul21 – Quais são as quatro famílias?

Palmério Dória – Estamos falando dos grandes irmãos: os Civita, os Marinho, os Frias e nos meninos daí, filhotes menores, os Sirotsky, que se espalham aí no Sul Maravilha. São basicamente esses.

Sul21 – Os Mesquita foram poupados no livro?

Palmério Dória – Os Mesquita são uma família nascida para perder. Na única vez em que eles apoiaram o Getúlio, ele perdeu, na eleição antes da Revolução (de 30). Eles são pé-frios. A última que eles perderam foi agora. Apostaram brabo no Serra. Eles vêm perdendo todas. Quando apostaram, por exemplo, na Revolução (de 64), conspirando para o golpe, na sequência eles perderam. A ditadura é obra da Família Mesquita.

Sul21 – Mas o livro tem foco na cobertura da grande imprensa às eleições de 2010. O que levou você e o Mylton a escreverem um livro sobre isto?

Palmério Dória – Como sempre, o óbvio. Ninguém vai atrás do óbvio. Você fica pensando: “Todo mundo vai escrever um livro sobre as eleições de 2010”. E a regra é: ninguém faz o óbvio. Este é o primeiro livro sobre as eleições de 2010.

Sul21 – O que esta eleição e sua cobertura teve de especial?

Palmério Dória – É um comportamento padrão. A gente sabia que renderia um grande assunto, que os pequenos e grandes golpes aconteceriam. É inevitável. Aconteceram nas outras eleições presidenciais, por que não aconteceriam nesta? Em 2002, O Estado de São Paulo noticiou uma ida, que não houve, do Serra ao Tocantins. Ele sendo recebido em festa pelo prefeito, com o povo na rua, quando na verdade estava em São Paulo, no estúdio, gravando. Então, eles são capazes de tudo. Evidente que o filme iria se repetir em 2010.

“No caso deles (imprensa), o crime não compensa. Eles perderam. E vão perder de novo na próxima eleição”

Sul21 – Mas a eleição de 2010 teve alguns episódios peculiares. Quais vocês destacam no livro?

Palmério Dória – O episódio da bolinha realmente eu nunca vi… A bolinha se tornou mais importante que o Papa, que as grandes corporações, que a própria imprensa. A grande personagem das eleições foi a bolinha. A narrativa parte deste episódio da bolinha e vai em frente. Esta eleição parece um túnel de trem-fantasma para a Dilma. A cada curva era uma cilada, uma armadilha, uma rasteira. Ela era seqüestradora, bandida, laranja, poste, ela era tudo. Mas eu destacaria o episódio da bolinha como o mais espetacular. Foi onde ficou configurada esta manipulação toda, com o perito Molina na Globo falando do evento bolinha, do evento fita crepe, tentando transformar o episódio da bolinha em um atentado.

Sul21 – O perito (Ricardo) Molina comenta de tudo. Ele entra no livro de forma mais detalhada?

Palmério Dória – Claro que entra. Ele se presta para qualquer papel. Ele não tem noção do ridículo. O ridículo da vida para ele é pouco, ele entra em qualquer cascata. Está aí para o que der e vier. Mas também tem médicos, um cirurgião, gente que trabalhou para o Cesar Maia. O médico que fez a tomografia que ninguém viu até agora.


Palmério Dória diz que a grande imprensa perdeu muito com a derrota de José Serra: "imagine os negócios que eles iam fazer" | Foto: Giovanni Bello/UFSC

Sul21 – O livro, segundo você disse, fala da imprensa que perdeu. Pode se dizer então que o crime não compensa?

Palmério Dória – Você vê, por exemplo, este caso da Chevron. A gente vê como a imprensa não está cobrindo este episódio. Eles têm helicópteros, eles cobrem ocupação da Rocinha. Não fazem esta história da Chevron-Texaco, que vai enlamear o litoral carioca e paulista neste verão, vai matar a fauna marinha e tudo mais. Eles não fazem porque a Chevron é a patroa, e é a patroa do Serra. Está nos documentos do Wikileaks que o Serra disse que ia rever o pré-sal se ganhasse. No caso deles, o crime não compensa. Eles perderam. E vão perder de novo na próxima eleição. Como diz o Mino Carta na epígrafe do livro: na maioria dos casos a mídia, hoje em dia, é ponta de lança para grandes negócios. Neste sentido, eles perderam mais ainda. Imagine os negócios que eles iam fazer a partir de Serra no poder?

“Este livro não trata de corrupção, mas da maneira como a imprensa cobre a corrupção”

Sul21 – Como você está vendo estas quedas sucessivas de ministros, que às vezes até parece uma jogada ensaiada entre Dilma e Veja e outros veículos?

Palmério Dória – Um cineasta aí do Sul disse que estava para ver um movimento destes de direita, uma ditadura que não tenha se implantado em nome do combate à corrupção. Eu também estou para ver. Este livro não trata de corrupção, mas da maneira como a imprensa cobre a corrupção. Eu gostaria que a imprensa agora colocasse 1% de seu exército para cobrir os roubos no metrô paulistanos. Todas as linhas são superfaturadas. Neste momento o escândalo é da linha lilás. Se a imprensa usasse este poder de fogo permanente para cercar as malfeitorias tucanas não restaria nada. Se essa mídia usasse seu esforço, digamos, para levantar a vida de um Tasso Jereissati, que tem uma holding chamada Ceará, ele é dono do Ceará. Se ela levantasse agora a vida, os negócios secretos, de Aécio e de sua irmãzinha Andréa por trás de uma rádio chamada Arco-Íris. Quem banca os carros de luxo e os jatinhos de Aécio Neves? Eu não vejo este interesse da imprensa em bombardear diariamente. E não há quem segure um fogo cruzado destes. Não livramos a cara de ninguém, até porque não tenho vínculo partidário nenhum. O único sufixo “ista” que se aplica para mim e para o Mylton é jornalista. O que a gente discute é o instituto de dois pesos e duas medidas.

Sul21 – Mas como você vê a relação entre Dilma e a imprensa passada a eleição?

Palmério Dória – Eles apostavam que ela não iria segurar os fisiológicos do PMDB. Ela segurou, os fisiológicos estão ali quietinhos. Nestas crises sucessivas, eles apostaram o tempo todo em revoltas das bancadas, na quebra da governabilidade – incentivando até. Esta governabilidade quando foi exercida pelo FHC não era tão contestada. Então, ela está administrando muito bem. Está no fio da navalha, mas administrando muito bem esta questão.

Sul21 – O livro fala em imprensa “murdoquizada”. No que as práticas da grande imprensa brasileira se assemelham às dos veículos de Murdoch?

Palmério Dória – A gente viu outro dia um repórter da Veja invadir o hotel em que estava José Dirceu, tentar invadir o quarto dele, instalar câmeras. Todos os métodos que o bilionário australiano que domina a imprensa nos EUA e na Inglaterra usou. O que você acha do grampo sem áudio que a Veja montou naquela operação, que desarticulou todo o esquema anticorrupção da Polícia Federal?

Sul21 – Que ocasião foi esta?

Palmério Dória – Foi o grampo que originou a queda do (Paulo) Lacerda e de todo um grupo de inteligência (à frente da ABIN, Lacerda teria grampeado o ministro do STF. O áudio nunca apareceu). Aquilo desarticulou completamente todo um trabalho que vinha sendo feito contra a corrupção. Eles não estão interessados em combater a corrupção, estão interessados em derrubar governos. Enfim, são dois exemplos. Podemos citar uma série de outros. Mas assim age o Murdoch lá e age esta imprensa, estes grandes irmãos, aqui.

“O que este menino fez no caso do José Dirceu é o trabalho sujo. Hoje em dia, esses meninos entram alegremente nesse tipo de coisa”

Sul21 – O que escreve Lima Barreto sobre a imprensa da época dele e que vale tanto para o nosso tempo que acabou sendo publicado em Crime de Imprensa?

Palmério Dória – É um texto de Recordações do Escrivão Isaias Caminha. Ele começa assim: “A imprensa, que quadrilha. Fiquem sabendo vocês que o se o Barba Roxa ressuscitasse agora, com os nossos velozes cruzadores e formidáveis couraçados, só poderia dar plena expansão a sua plena atividade se se fizesse jornalista”. Ele pega na verdade as grandes famílias da época, que há cem anos já dominavam a imprensa. Hoje em dia, temos pelo menos uma esperança: a internet.

Sul21 – A internet ajudou muito…

Palmério Dória – Os dois lados. Aquela campanha das trevas, do aborto, foi incentivada pela internet. Mas a internet também foi decisiva para a vitória da Dilma. As forças obscuras, que levaram o aborto para o centro da discussão política, ganharam no primeiro turno. As pessoas falam da queda da Erenice. O próprio João Santana veio com esta lorota de que foi a Erenice que garantiu o 2º turno. Não foi, não. Foram o aborto, os valores; foi Dom Luiz Gonzaga, o Torquemada de Guarulhos; o TFP, a Opus Dei. Depois, a internet, que é uma gráfica que você tem hoje em sua casa, de certa maneira ajudou a Dilma a ganhar.


Jornalista lamenta o que é feito com jovens repórteres nas redações de hoje em dia: "jogam a garotada para se cobrir de cagalhões. Não se faz isto com garoto" | Foto: Jair Bertolucci/TV Cultura

Sul21 – Você o Mylton Severiano são jornalistas experientes. A gente tem impressão às vezes que o jornalista atualmente é mais subserviente aos interesses do patrão. É verdade ou é só impressão?

Palmério Dória – O que este menino fez no caso do José Dirceu é o trabalho sujo. Nós tínhamos outrora nas grandes redações pessoas especializadas neste papel. A gente sabia: “Fulano de Tal”. Hoje em dia, estes meninos entram alegremente neste tipo de coisa. Tínhamos até certa ternura por quem metia a mão na merda, coisa que nós não teríamos coragem de fazer. Esta garotada faz alegremente isto. Por exemplo: meninos que saem destes cursos de trainee e vão direto fazer uma capa na própria Veja demonizando o MST.

Sul21 – É como se fosse um batismo de fogo?

Palmério Dória – É um batismo de fogo. Jogam a garotada para se cobrir de cagalhões. Não se faz isto com garoto. Precisa respeitar no mínimo a garotada. Então, a meninada vai achando que vai crescer bonito e topa qualquer parada.

Sul21 – O bloco de esquerda que hoje está no governo federal não teme demais a imprensa ao não enfrentar, por exemplo, o monopólio das comunicações, que a Constituição não permite?

Palmério Dória – Evidente que sim. O Lula se pela de medo. A Dilma se pela de medo. Eles não aprendem. São incapazes de fazer aqui o que a Cristina Kirchner está fazendo. Está encarando esses caras, mandando o cacete. Aqui, participam de todas as solenidades, aniversário da Folha e tudo o mais. E a Dilma ainda recebe uma cacetada da Danuza Leão porque se retirou antes de terminar o concerto. Mas de qualquer maneira, vão, rendem homenagens e não tomam nenhuma medida para uma palavra bem simples: democratização da mídia, que é a única saída para isto que a gente está conversando.

Sul21 – Como você escreveu também Honoráveis Bandidos, vou fazer uma provocação: o governo tem mais medo da imprensa ou do Sarney?

Palmério Dória – Está diminuindo. Você veja que o Sarney não foi à solenidade da Comissão da Verdade. É um bom sinal. Quem me chamou atenção para este detalhe foi o Luiz Claudio Cunha, que escreveu uma das melhores coisas que eu li nos últimos tempos. O nosso projeto é o mesmo: fazer farinha destes caras, que nem broa. O livro do Sarney também fala das relações da grande imprensa. Todos os grandes irmãos tinham ótimas relações com o Sarney, ele era, inclusive, colunista da Folha de São Paulo. É muito recente o rompimento dos grandes irmãos com o Sarney. Eles adorariam e sabem que o Sarney estaria do lado do Serra, como esteve com todos os governos.

Sul21 – O Ministério de Minas e Energia ninguém tira dele.

Palmério Dória – Em um eventual Governo Serra estaria nas mãos do mesmo Lobão, que era um rato da ditadura. Imagine se, dentro de um projeto de direita, o Sarney não estaria, se o Lobão não estaria. São sapões que têm que ser engolidos e estão sendo engolidos.

“Abri mão de advogado, porque quero que me prendam. Eu sou fora da lei. Esses caras vão me prender?”

Sul21 – Existe a possibilidade política de um governo romper com Sarney ou ainda é inviável para qualquer presidente?

Palmério Dória – Tem se provado que é inviável. Está dito em Honoráveis Bandidos que sem o apoio dele cai o sistema. Esta quadrilha está lá em Honoráveis Bandidos: Michel Temer, Wagner Rossi – que abriu um processo contra mim no valor de R$ 600 mil – o Eduardo Cunha, esses bandidos todos estão lá. E está dito também que a imprensa compactuava com o Sarney. Por isto este livro não teve nenhuma resenha. O papel desta imprensa criminosa já estava contado.


Palmério Dória diz que abriu mão de advogado nos processos contra ele: "o que é que eu vou fazer? Vou à falência para me defender?" | Foto: Arquivo Pessoal / Twitter

Sul21 – Como está transcorrendo este processo de Rossi contra você?

Palmério Dória – Não tenho a menor ideia, vou lhe explicar por que. Não tenho no c… o que periquito voa. Eles podem pedir R$ 1 milhão. Não quero nem ser defendido, abri mão de advogado, porque quero que me prendam. Eu sou fora da lei. Esses caras vão me prender? Agora eu quero ver. Tem uma série de processos dos quais abri mão. Tem o filho do Mario Covas, o Zuzinha; tem a viúva do Dante de Oliveira, que se associou com o crime organizado no Mato Grosso; tem juiz. O que é que eu vou fazer? Vou à falência para me defender? Eles quebram você economicamente jogando esses processos para Brasília, para São Luis, não sei para onde.

Sul21 – As editoras tiveram um pouco de medo de publicar Crime de Imprensa.

Palmério Dória – Não tiveram um pouco de medo, fugiram de mim como o diabo da cruz. Nós estávamos a ponto de publicar este livro virtualmente, porque ninguém topava. Todo mundo saiu da área. Alguns não quiseram conversa, outros sentaram para conversar. Amigos fugiram porque tinham contratos com o governo e se tivessem um processo iam se estrepar. Isto faz parte do jogo. Mas encontramos o pessoal da Plena Editorial que encarou. O livro não está nas livrarias, porque seria inviável economicamente. Será lançado em uma banca de jornal em plena Avenida Paulista.

Sul21 – O plano é não ter nas livrarias?

Palmério Dória – O plano é ter em livrarias. Mas, por exemplo, divulgação zero. A gente diz no final do livro: “Leia Crime de Imprensa, um livro sobre o qual você não verá nenhuma resenha nem menção alguma na grande mídia”. Mas não é reclamando, não. A gente sabe que Honoráveis Bandidos, um livro de jornalismo político e história do Brasil, ficou 35 semanas entre os mais vendidos, apesar deles. E eles não podiam de dar nas suas listas de mais vendidos.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quem está com Bolsonaro?

ÉPOCA – Paulo Moreira Leite » A nova imoralidade de Bolsonaro » Arquivo

 

A nova imoralidade de Bolsonaro

Talvez você se lembre do penúltimo ataque imoral do deputado Jair Bolsonaro. Ao criticar a cantora Preta Gil, valeu-se de argumentos racistas e homofóbicos. Alertado de que racismo é crime inafiançável, Bolsonaro fez um recuo estratégico. Disse que sua crítica era apenas anti-gay.

Agora, informado de que o governo pretende levar a discussão sobre o preconceito contra homossexuais às escolas — medida mais do que urgente diante das cenas de violencia que tem ocorrido pelo país — o capitão-soldado decidiu atacar mais uma vez.

Confirmando sua insuperável capacidade para aplicar golpes baixos, chega a insinuar que a presidente Dilma é homossexual, sugerindo que essa seria sua motivação para dar importância ao tema.

“Se gosta de homossexual, assuma. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau”, disse o deputado.

É um insulto aos brasileiros.

Inimigo da democratização do país, saudoso assumido do regime militar, Bolsonaro cultiva a técnica publicitária unir o preconceito à política. O pioneiro dessa estratégia foi Adolf Hitler. Ele não era inimigo de judeus. Nem inimigo de comunistas. Sua causa era combater o judaico-bolchevismo.

Com essa bandeira, Hitler fazia sucesso junto aos eleitores racistas. Ao mesmo tempo, abria porta nos salões aristocráticos que garantiram sua chegada ao poder como ultima esperança contra um regime de esquerda. De olho em recompensas materiais oferecidas pelo nazismo, senhores educatos fechavam os olhos para suas atrocidades.

A esperança de Bolsonaro é esta. Os homossexuais podem ser comparados aos judeus de nossa época de direitos e tolerancia civilizada.  São alvo do ódio de pessoas que sentem-se no direito de atacá-los a pauladas e até assassiná-los pelo simple fatos de serem como são. Não são atacados por suas idéias ou opiniões. Mas por serem de um jeito e não de outro.

A julgar pela reação que um pronunciamento tão vergonhoso provocou, o calculo do capitão-soldado não é inteiramente errado. O repúdio partiu de quem se esperava e mais nada.

Num país onde o conservadorismo convencional tornou-se uma religião de náufragos, o capitão-soldado apresenta-se como reserva técnica da extrema direita.

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Roger Agnelli, o empresário mais estúpido do mundo

O Esquerdopata: Chineses fizeram "negócio da China" com Roger Agnelli

 

Chineses fizeram "negócio da China" com Roger Agnelli


 

China recusa supercargueiros da Vale

AE - Agencia Estado


PEQUIM - A Vale recebeu seu primeiro supercargueiro em maio, mas até hoje o navio não teve autorização para atracar em portos da China, destino de quase metade das exportações da empresa. Concebidos principalmente para atender ao que é o maior mercado de minério de ferro do mundo, os navios enfrentam a resistência dos transportadores marítimos chineses, que pressionam o governo de Pequim a não permitir sua utilização no país.
"Todos esperávamos que esses navios fossem servir ao mercado chinês e é estranho que não saibamos até agora se eles poderão operar na China", disse a reportagem Ralph Leszczynski, da empresa italiana Banchero Costa, que faz a intermediação entre donos de cargas e de navios.
Maior cargueiro do mundo, o primeiro Valemax saiu do Brasil no dia 24 de maio com destino à China, mas nunca chegou ao país. Em junho, foi desviado para o porto de Taranto, na Itália, porque não tinha autorização para atracar na cidade chinesa de Dalian. O navio chegou até o Cabo da Boa Esperança, deu meia volta e retornou ao Atlântico. "Eles não deveriam ter checado antes se havia aprovação técnica para a embarcação?", pergunta Leszczynski. Procurada, a Vale disse que não iria comentar o assunto.
O problema não é só o primeiro navio, mas todo o investimento estratégico de US$ 2,35 bilhões feito pela empresa para atender o mercado asiático e, em especial, a China. Os recursos foram destinados à construção de uma frota de 19 dos maiores cargueiros do mundo, cada um com capacidade para transportar 400 mil toneladas do produto, quase três vezes mais que as 160 mil toneladas carregadas pelas embarcações comuns. Quatro deles serão entregues neste ano e o restante, até 2013. Além disso, outras 16 embarcações serão contratadas com exclusividade de armadores. 

Dilma dá uma lição para o mundo: desemprego cai mais ainda no Brasil

IBGE: desemprego fica em 5,8% em outubro | Brasilianas.Org

 

IBGE: desemprego fica em 5,8% em outubro


Do UOL

Rio de Janeiro, 24 nov (EFE).- A taxa de desemprego brasileira se situou em 5,8% da população ativa em outubro, o menor índice para esse período desde 2002, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

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O resuO resultado é ligeiramente inferior ao índice de 6,1% registrado no mesmo mês de 2010 e de 6% em setembro deste ano. A população desocupada em outubro foi de 1,4 milhões de pessoas, número que permanece estável comparado a setembro de 2011 e outubro de 2010.
 
O contingente de pessoas com emprego se situou em 22,7 milhões, um dado que não apresenta variação em comparação com setembro e mostra uma alta de 1,5% comparado com outubro do ano passado, com mais 336 mil pessoas empregadas em 12 meses.
 
O salário médio da população ocupada se situou em R$ 1.612,70 ao mês, acrescentou o IBGE.
 
A estatística de desemprego oficial contabiliza apenas os dados das regiões metropolitanas de seis cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife, onde vivem cerca de 43 milhões de pessoas, de acordo com o censo de 2010. EFE

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Lá vem Haddad: universidades públicas terão mais de 100 mil vagas em 2012 pelo Enem

Enem: universidades públicas terão mais de 100 mil vagas em 2012

 

Enem: universidades públicas terão mais de 100 mil vagas em 2012

Laryssa Borges
Direto de Brasília

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que as estimativas do governo dão conta que mais de 100 mil vagas em universidades públicas federais, estaduais e municipais serão preenchidas em 2012 por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Já sabemos que vamos superar 100 mil", disse o ministro ao comparar o antigo Enem, gestado em 1998, e a atual prova. "Aquilo que não tinha valor, que era o resultado do Enem, passou a valor inestimável", resumiu ele.

As polêmicas do Enem: da prova que vazou ao endereço errado

O ministro, que participa de audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, defendeu ainda a realização do exame para alunos que estão concluindo ou concluíram o Ensino Médio e demonstrou apoio às entidades Cespe e Cesgranrio, aplicadoras da prova aos estudantes.

"(Essas entidades) fizeram rigorosamente todos os Enems. O único (exame) que não (a dupla) fez deu problema em 2009. Houve falta de cuidado na impressão das provas, o que levou a um furto, cujo autor foi condenado a 5 anos e 4 meses. Há responsável e ele está sendo punido", comentou Haddad, que voltou a defender uma pena maior para os envolvidos no furto de provas do Enem em 2009.

"Eu acho pouco pelo prejuízo que ele deu ao País, pelo prejuízo que deu ao Inep. Mas o Ministério Público já recorreu para que a pena fosse majorada. (A pena de) 5 anos e 4 meses não é condizente com o que foi feito com a educação brasileira", opinou o ministro, admitindo que o governo sempre terá de lidar com pessoas que buscam vantagens irregulares com o Enem.

"Vamos ter de enfrentar bandido. O Exame da Ordem (dos Advogados do Brasil) tem quantos anos? A Operação Tormenta, da Polícia Federal, dá conta do número de concursos (alvo de fraudes). Temos que enfrentar o crime organizado e desorganizado", disse ele na Câmara dos Deputados.

Recorde: Investimento produtivo no Brasil chega a US$ 56 bi

Blog Leituras Favre

 

Investimento produtivo no Brasil chega a US$ 56 bi e bate recorde

Apesar da crise, investidores estrangeiros seguem confiantes no país

MARIANA SCHREIBER – FOLHA SP

DE SÃO PAULO

O Brasil continua atraindo um volume expressivo de investimentos produtivos estrangeiros, apesar da instabilidade do cenário externo.

O IED (Investimento Estrangeiro Direto) somou em outubro US$ 5,6 bilhões, atingindo o valor recorde de US$ 56 bilhões no ano.

Segundo economistas, isso revela que os investidores estão confiantes no potencial de longo prazo do país.

Outro sinal dessa maior confiança foi a elevação da nota do Brasil pela a agência de risco Standard & Poor’s na semana passada. O aumento da nota indica que o investimento no país está sendo considerado mais seguro.

Na avaliação de economistas, isso deve atrair mais recursos para o Brasil, podendo provocar nova queda do dólar tão logo passe o pior da crise europeia. Ontem a moeda fechou em R$ 1,807, alta de 17,5% ante final de julho.

Mas o Brasil não está imune à turbulência. A incerteza global mantém fraco o investimento estrangeiro em ações e títulos públicos.

Segundo o economista da consultoria Tendências Silvio Campos Neto, as decisões de investimento de longo prazo são menos afetadas por questões conjunturais.

“Quando uma empresa decide construir uma fábrica ou comprar uma empresa no país, está visando os próximos dez, vinte anos”, observa.

A expectativa dos economistas é que a entrada de investimento produtivo seguirá forte em 2012, sendo suficiente para cobrir a saída de dólares por outros canais, como remessa de lucros de multinacionais para as matrizes lá fora e gastos de turistas brasileiros no exterior.

Esse fluxo de saída, aliás, perdeu fôlego. A alta do dólar reduziu o gasto com viagens no exterior pelo terceiro mês, para US$ 1,2 bilhão.

Já a remessa de lucros de multinacionais estrangeiras para suas matrizes caiu para US$ 1,4 bilhão em outubro.

As empresas aguardavam um estabilização do câmbio para enviar os recursos ao exterior, acredita Neto. Isso ocorreu em novembro, e as remessas no mês já somavam US$ 3,3 bilhões até ontem.

Só a mídia dá bola para o que o Serra pensa

Serra, o rato que ruge da política nacional | Brasilianas.Org

 

Serra, o rato que ruge da política nacional


Autor: 

Em plena campanha de 2010, escrevi aqui: o maior mal que José Serra faria à política não seria sua eleição (felizmente exorcizada pelo bom senso nacional) mas os prejuízos ao surgimento da uma oposição consistente e civilizada.

No plano político-partidário, atualmente Serra é zero. Sua atividade lembra o filme "O Rato que Ruge", do general do país insignificante que pretende entrar em guerra com os EUA para ser derrotado e, posteriormente, ajudado. Desembarca em Nova York em um momento de estado de emergência em que não se via viva alma nas ruas. E acha que venceu a guerra.

Esse cidade vazia em que só se movimenta o general bufão chama-se velha mídia. É ela que cria a percepção de que Serra existe.

Politicamente, Serra não existe. Seus seguidores se resumem a um factoide político, Andrea Matarazzo, um senador em final de carreira, Aloysio Nunes, dois ou três ex-comunistas perdidos pelo mundo, e um ou dois parlamentares órfãos. E só.

Com exceção de pouquíssimos aliados pessoais que restaram, e só ficaram porque se amarraram a Serra como os fanáticos ao pastor Jim Jones, comprometendo irremediavelmente suas carreiras, Serra é uma figura incômoda, que ninguém quer por perto mas que comparece a todos os eventos públicos, com uma desfaçatez só comparável à do Beijoqueiro. É incômodo ao PSDB paulista, ao nacional, é incômodo ao próprio Kassab. Não tem espaço em nenhum lugar politicamente decente.

Sua única fonte de poder que restou é o espaço na mídia. E ele ocupa da maneira mais desengonçada possível, propondo e sugerindo estratégias como se tivesse alguma ascendência sobre os atores principais: Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e Aécio Neves.

Ontem mencionei a questão da percepção em política, isto é, a política não é o que ocorre no mundo real, mas as percepções passadas pela mídia. Quando sai uma matéria com Serra impondo ao PSDB o apoio ao candidato de Kassab, passa a percepção de que ele articula com Kassab. Nada! Zero! Só um jornalismo sem discernimento, sem capacidade de avaliar o peso político efetivo de cada ator, é capaz de levar Serra a sério.

Aliás, basta responder à questão: quem é o candidato de Kassab? Nenhum.

O PSDB não tem candidatos fortes. A falta de renovação do partido, em São Paulo, faz com que as prévias tenham apenas um candidato de dimensão nacional (José Aníbal), um sobrenome pomposo numa cabeça vazia (Bruno Covas), um factoide que ninguém acredita, nem ele próprio (Andrea Matarazzo). Mas as prévias poderiam reerguer um pouco a militância partidária.

O único candidato de maior peso seria o próprio Serra. A troco de quê, então, esse jogo de cena de exigir do PSDB a adesão ao candidato que não existe, de Kassab?

O nome disso é (recorrendo ao linguajar italiano que Serra ainda não deve ter esquecido): paura, medo de entrar no jogo e enfrentar Fernando Haddad, um Ministro com folha de serviços reconhecida e com uma fluência verbal imensamente superior à de Dilma Rousseff e à do próprio Serra.

Para não ter que beber desse cálice, Serra prefere implodir o partido que garantiu toda sua carreira política. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mídia tucana sai em defesa da Chevron.

Altamiro Borges: Cantanhêde é advogada da Chevron?

 

Cantanhêde é advogada da Chevron?

Por Altamiro Borges



Eliane Cantanhêde, sempre ela, voltou a se despir na sua coluna da Folha. Depois do seu entusiástico apoio à “massa cheirosa do PSDB” e da sua militância aguerrida contra os governos Lula e Dilma, agora ela até parece uma advogada de defesa da multinacional Chevron, responsável pelo grave vazamento de petróleo na Bacia de Campos. Veja o que ela escreveu hoje (22):



As “patriotadas” do “fora, Yankees”



“Não é hora de disseminar patriotadas e resgatar o velho ‘fora, Yankees!’. Acidentes acontecem e o vazamento de petróleo no litoral do Rio é bem menor, por exemplo, do que o da British Petroleum no golfo do México, em 2010”. No artigo, a colunista da Folha até critica os erros da poderosa empresa – nem dava para ser de outra maneira –, mas se esforça para evitar radicalismos.



Cantanhêde também defende que a multinacional seja punida. “Aqui não é a casa da mãe Joana”, apesar dos “nossos escândalos e bizarrices”. Mas deixa implícito que o castigo deve ser brando. “A punição é um alerta para a Chevron e para grandes empresas que são bem-vindas para parcerias no Brasil, mas com direitos e deveres, não só para sugar petróleo e lucros”. Belas palavras!



Multa de R$ 260 mi é irrisória



A Chevron realmente vai precisar de bons advogados – e de “colunistas” da mídia – para se defender do criminoso vazamento no Campo do Frade. A multinacional poderá ser punida em mais de R$ 260 milhões – valor que inclui as multas do Ibama por crimes ambientais, as autuações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e as reparações cobradas pelo governo do Rio de Janeiro.



Além disso, a ANP avalia a possibilidade de proibir a Chevron, a quarta maior petroleira do mundo, de participar da exploração do petróleo do pré-sal. “O que vamos examinar é o projeto dela de chegar ao pré-sal legalmente... Eu pessoalmente acho que ela incorreu num erro sério que pode prejudicar esse intento”, argumenta Haroldo Lima, diretor-geral da ANP.



BP foi multada em US$ 20 bilhões



Apesar dos temores da colunista da Folha, as punições previstas até agora não representam grandes danos para a multinacional, não expressam qualquer “patriotada”. O faturamento diário da empresa equivale a US$ 542 milhões – cerca de R$ 960 milhões. Na verdade, as multas são irrisórias, ridículas. Os R$ 50 milhões de multa do Ibama representam 5,2% do seu faturamento diário - uma merreca!



Tiete dos EUA, a “advogada” Cantanhêde deve saber que os “yankees” são bem mais rígidos nas punições, nas suas “patriotadas”. Em abril de 2010, quando do vazamento de 4,9 milhões de barris de petróleo da British Petroleum, no golfo do México, a empresa foi multada em US$ 20 bilhões! A Chevron não tem do que reclamar! O Brasil ainda é um paraíso das multinacionais.



A preocupação dos entreguistas



Se a soberania nacional fosse realmente valorizada, a multinacional ianque deveria ser mais duramente penalizada. Além do vazamento criminoso, ela ainda omitiu informações e demonstrou total incompetência na solução do acidente. Há ainda denúncias de que a Chevron utiliza trabalhadores ilegais nas suas plataformas. E o pior: há suspeitas de que ela tentou explorar, ilegalmente, o pré-sal.



Não é para menos que o “New York Times” destacou no sábado passado que os executivos da Chevron temem “multas e prisões”. Já o “Wall Street Journal” afirmou que o vazamento “pode complicar a prospecção” da empresa no Brasil. O caso é grave e deve preocupar vários entreguistas nativos com prestígio na mídia e na política. É o caso de José Serra, velho amigo de Cantanhêde!



Serra, amigo da Chevron



Segundo documentos do WikiLeaks, na campanha do ano passado o candidato tucano prometeu a Patrícia Pradal, diretora da Chevron, que mudaria os contratos do pré-sal para beneficiar a empresa: “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que quiserem. Nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava. E nós mudaremos de volta”. O vazamento no Rio abalou vários privatistas e entreguistas nativos!

 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Serra tem medo de criticar o patrão?

Por que José Serra não fala do vazamento de petróleo da Chevron? | Os Amigos do Presidente Lula

 

Por que José Serra não fala do vazamento de petróleo da Chevron?



Estranho o fato de o ex governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não aparecer na imprensa para falar sobre o vazamento de petróleo da Chevron no Campo de Frade. na na bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
Seria uma boa oportunidade para o Serra nos explicar também, um outro vazamento, o do site  WikiLeaks ,sobre os telegramas em que o  então candidato á presidência em 2010  planejava entregar  o Pré-Sal para os americanos...
A explicação, se faz importante neste momento em que a Policia  Federal investiga se a petroleira Chevron perfurou  além dos limites permitidos no campo de Frade,   na tentativa de  alcançar indevidamente a camada pré-sal.Técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) admitiram ontem que discutem internamente essa possibilidade..... --de roubo do Pré-Sal--
 Crime ambiental
Neste sábado (19),o secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que a Chevron, está usando jatos de areia para limpar a mancha de óleo vazado na bacia de Campos (RJ), o que seria ilegal.A denúncia do secretário foi feita ontem, após ele sobrevoar a área para observar o vazamento e os trabalhos de contenção e limpeza.
Ela consiste em jogar areia sobre o óleo para que ela se misture a ele e, com o peso, o leve ao fundo do mar. "É como empurrar a sujeira para debaixo do tapete", disse o delegado da PF Fábio Scliar, responsável pelo caso. "É mais um crime ambiental."
Americanos de olho na nossa riqueza
A descoberta do Pré-Sal, além de trazer a riqueza, o dinheiro e o combustível,vão dar um grande estímulo para o desenvolvimento científico no Brasil. Além do progresso tecnológico, também milhares de empregos.
Outra vantagem do Pré-Sal Brasileiro ter sido encontrado , foi o preço do petróleo: o Brasil vai explorar o seu petróleo a um preço caro, tendo muito lucro, ao contrário do que aconteceu na Arábia Saudita por exemplo que encontrou o seu petróleo, quando ele ainda não valia muito e vendeu quase todo o seu petróleo a preços baixos.
Para se ter uma idéia da diferença, quando a Arábia encontrou o seu petróleo, algumas decadas atrás, ele valia 5 dolares o barril, o petróleo hoje em dia vale pelo menos 80 dolares o barril.
Os especialistas preveem que até 2020, sejam criados 500.000 empregos diretos e indiretos com a exploração do Petroleo no Pré-Sal. Estes empregos vão vir de diversas áreas diferentes, e com profissionais de diversas especialidades

domingo, 20 de novembro de 2011

Fora Chevron, o Pré-sal é nosso!

JORNAL DA BAND x JORNAL NACIONAL: CONFLITO NA TELINHA POR CAUSA DA CHEVRON | JD

 

JORNAL DA BAND x JORNAL NACIONAL: CONFLITO NA TELINHA POR CAUSA DA CHEVRON

O vazamento de petróleo na plataforma da Chevron no litoral do Rio de Janeiro ganhou lentamente da midia televisada. Quando do vazamento da BP nos EUA a cobertura televisiva foi imediata. No caso da Rede Globo aquele incidente da BP foi coberto de maneira intensa, diária e em tempo real através de seu correspondente nos EUA. Desta vez, entretanto, as redes de TV brasileiras foram à reboque dos jornais e provedores de internet. 

 

Se não estou enganado, o Jornal da Band começou a noticiar o vazamento em 17/11/2011. Em 18/11/2011 o Jornal da Band retomou a questão de maneira mais detalhada e mostrou como a Chevron tenta minimizar a amplitude do vazamento, lamentou a falta de rapidez das autoridades e o valor ínfimo da multa que pode ser aplicado à infratora (segundo a Band a multa pode equivale a pouco mais de 50 minutos de arrecadação da Chevron no mundo). 

 

Mas o que mais chamou a atenção nesta edição do Jornal da Band foi a referência que seu ancora fez ao estranho relacionamento entre a Chevron e uma certa rede de TV, que foi a única convidada para uma entrevista coletiva e a única escolhida para sobrevoar a mancha de petróleo dentro de um helicóptero da empresa. É evidente que Ricardo Boechat estava se referindo a Rede Globo, que tem sido privilegiada pela Chevron. O porque disto é ignorado. 

 

A Chevron é uma empresa privada, mas como não é nacional sua atuação no Brasil submete-se à regras especiais como o art. 172, da CF/88: 

 

"Art. 172 A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros." 

Em se tratando de uma empresa petrolífera está também sujeita à regra do art. 176 também da CF/88: 

 

"Art. 176 As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.  

§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas."  

 

O tratamento dado ao petróleo tem regra própria inscrita na CF/88: 

 

"Art. 177. Constituem monopólio da União:  

I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;  

II-..........................  

III-.........................  

IV-........................  

V-.........................  

§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei."  

 

A Chevron foi autorizada a explorar aquele campo de petróleo. Mas em razão de sua atividade e das limitações constitucionais e legais impostas à mesma, a Chevron tem obrigações para com o Brasil e os brasileiros. Não me parece que possa escolher que rede de TV vai fazer a cobertura do desastre ambiental a que deu causa. 

 

A Rede Globo, por um outro lado, também tem obrigações para com o Brasil e os brasileiros. Afinal, a empresa é privada mas consoante o art. 223, da CF/88, explora uma banda de transmissão pública:  

 

"Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal." 

 

Quando recebeu o convite exclusivo da Chevron para sobrevoar a mancha de petróleo no mar Rede Globo deveria declinar. Afinal, o desastre afeta o Brasil e os brasileiros e não me parece que uma rede de TV (que utiliza banda pública de transmissão de imagens e sons mediante autorização estatal) possa exigir ou deva aceitar privilégios na cobertura de um desastre desta magnitude. 

 

Em 18/11/2011 o Jornal Nacional levou as imagens da catástrofe. Os jornalistas da Rede Globo sobrevoaram a mancha de petróleo no helicóptero da Chevron e entrevistaram um norte-americano que trabalha para a empresa. Portanto, ficou evidente que a Rede Globo aceitou sem reservas o privilégio que lhe concedido pela Chevron e, desta forma, confirmou as suspeitas levantadas pouco antes pelo Ricardo Boechat no Jornal da Band. Qual é a relação perigosa entre a Rede Globo e a Chevron que nem uma nem outra quer revelar? 

 

O Jornal da Band de 18/11/2011 enfatizou que o petróleo continua vazando e que mancha de petróleo vai aumentar. No Jornal Nacional do mesmo dia foi dito que o vazamento foi quase estancado e que a mancha está diminuindo. A contradição na cobertura global é evidente. Afinal, se o petróleo continua vazando a mancha tende a aumentar e não a diminuir. O Jornal Nacional fez esta concessão lógica à Chevron em retribuição ao privilégio que recebeu da companhia? 

 

O Jornal Nacional noticiou o protesto do Greenpeace em frente a sede da Chevron com imagens. Mas não fez qualquer referência à atitude da companhia logo depois que o protesto acabou. Entretanto, as imagens da limpeza da calçada da sede da Chevron pelos seus funcionários também estão na internet  http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/11/18/chevron-mostra-eficiencia-para-limpar-mancha-de-oleo-na-calcada/. Mais uma concessão da Rede Globo à Chevron em razão das relações especiais entre ambas? 

 

 

Hoje a Carta Capital publicou uma notícia realmente assustadora. O acidente pode ter ocorrido porque a Chevron tentou perfurar indevidamente a camada de pré-sal para roubar petróleo brasileiro http://www.cartacapital.com.br/politica/pf-investiga-se-chevron-tentou-alcancar-camada-do-pre-sal/ . Se esta hipótese se confirmar não só a Chevron e seus dirigentes terão que pagar caro. Todos os políticos brasileiros ligados à ela terão que ser julgados pelo tribunal da opinião pública e eventualmente pelos Tribunais brasileiros, inclusive e principalmente o senhor José Chevron Serra. NÃO TEM PERDÃO, NEM EXCEÇÃO. Ladrão internacional e agressor à soberania merece cadeia, mas traidor merece algo bem pior.

Cadê a faxina do Alckmin?!

Altamiro Borges: Quem fará a "faxina" no Metrô de SP?

 

Quem fará a "faxina" no Metrô de SP?

Por Renato Rovai, em seu blog:



Ontem a Justiça determinou o afastamento do cargo do presidente do Metrô, o senhor Sérgio Avelleda. Ele não foi afastado porque está com problemas de saúde ou por contusão (como costuma acontecer no futebol e no trabalho), mas porque a justiça determinou a anulação da licitação da linha 5 por suspeita de formação de quadrilha e Avelleda deu de ombros.



Ou seja, Avelleda não respeitou a Justiça num caso que envolve R$ 4 bilhões. Avelleda, não, Alckimin.



Ou alguém acha que o presidente do metrô faz o que quer. Alguém aqui é suficientemente ingênuo para achar que ele desrespeita a Justiça sem uma ordem direta do governador?



É por isso que o povo não leva os tucanos a sério. Enquanto no governo federal eles exigem que Dilma faça o que a mídia chama de faxina, onde governam, nem com decisão judicial combatem a corrupção.



Os contratos que envolvem R$ 4 bilhões tiveram seus vencedores anunciados seis meses antes da abertura dos envelopes da licitação.



Além desse indício absurdo de constituição de quadrilha para rapinar recursos do estado, os promotores que investigaram o caso questionam uma regra que impedia que uma empresa ganhasse mais de um lote das obras (eram 8). Com isso, diz a promotoria, houve prejuízo de R$ 327 milhões para o estado.



Ou seja, a Inteligência tucana criou uma regra que leva o estado a descartar preços mais baixos. Como diz o PHA, são uns jênios.



A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública, diz que o afastamento de Avelleda é necessário “em face de suas omissões dolosas”.



Este blogueiro consultou o pai-dos-burros e descobriu que “omissões dolosas” pode ser traduzido para o português de rua por “cumplicidade com o crime”.



Evidente que esse esquema de 4 bilhões não é mais importante do que o caso da compra de uma tapioca de 8 reais com cartão corporativo. Por isso você não vai ver esse caso sendo explorado no Jornal Nacional. E nem vai ver o homem do biquinho indecente falando que isso é uma vergonha.

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Olhe o que a classe média tucana acha da classe média emergente

Para 'velha' classe média, 'pobre' com mais dinheiro só aumenta filas, diz pesquisa - 18/11/2011 - UOL Economia - Da Redação

 

Para 'velha' classe média, 'pobre' com mais dinheiro só aumenta filas, diz pesquisa

Do UOL Economia, em São Paulo


 
Comentários 29

Os brasileiros da classe média tradicional consideram que o aumento do consumo da população emergente resultou na piora de alguns serviços.

Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, 48,4% desses consumidores acham que houve uma piora na qualidade dos serviços depois que a população emergente, que forma a nova classe média, passou a frequentar novos lugares.

Ainda de acordo com o estudo, 62,8% reclamam do aumento da fila nos cinemas.

A pesquisa mostra também que 55,3% dos consumidores consideram que as empresas deveriam oferecer produtos diferentes para ricos e para pobres. Segundo o estudo, 49,7% deles preferem frequentar ambientes com pessoas de mesmo nível social.

Para 16,5%, pessoas malvestidas deveriam ser barradas

Os dados do Data Popular mostram que, para 16,5% dos integrantes da classe média tradicional, pessoas malvestidas deveriam ser barradas em alguns estabelecimentos; 26,4% acham que a existência de estações de metrô aumenta a frequência de pessoas indesejáveis em determinadas regiões e, para 17,1%, todos os estabelecimentos deveriam ter elevadores separados.

Segundo o Data Popular, existe um certo desconhecimento da população de renda mais alta sobre a que classe pertence. De acordo com o estudo, 55% da população de classe AB acham que pertencem à classe média.

Economia brasileira dando show e humilhando economistas da mídia tucana

ÉPOCA – Paulo Moreira Leite » (Aqueles) economistas erraram de novo, de novo, de novo, de novo… » Arquivo

 

(Aqueles) economistas erraram de novo, de novo, de novo, de novo…

Idéia para zerar o déficit público: cobrar multa toda vez que determinados  economistas publicassem artigos tendenciosos e errados sobre a economia brasileira. Piadinhas pedantes seriam punidas com pagamentos adicionais.

Ia entrar tanto dinheiro que daria até para diminuir o impostometro, outra obsessão

dessa turma.

Em plena crise mundial, a agência de classificação Standard & Poor’s acaba de

elevar a nota de risco soberano de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB, e a nota de risco de

longo prazo da moeda de BBB+ para A. Ao mesmo tempo, a S& P reafirmou as

notas de curto prazo para país de A-3 para moeda estrangeira e A-2 para a moeda

local. Conforme a agencia, a perspectiva do país é estável. Conclusão: ao contrário do que nossos sábios diziam, a economia brasileira não só está bem – relativamente – mas está sendo promovida na avaliação internacional.

No mês passado, outra agência, a Fitch, confirmou a nota de risco BBB do Brasil,

com perspectiva estável. O rating BBB do Brasil foi obtido em abril, quando a Fitch

elevou a nota soberana de crédito do país, que era BBB-.

Em agosto, a agência japonesa R&I Japan também elevou a nota do Brasil. A agência Moody’s também fez o mesmo movimento em junho passado ao elevar a

nota brasileira de “Baa3″ para “Baa2″.

Vamos combinar: a economia está em queda livre no mundo e não se pode dizer

que o Brasil é uma ilha de prosperidade em meio ao colapso internacional.

Crescemos 7,5% em 2010 e agora o pais está em guerra para fechar o ano com

3%.

A discussão não é essa mas saber se o governo fez o possível para dar respostas coerentes com a as mudanças na conjuntura.

Sabemos que as agencias de risco não são monumentos à sabedoria. Erram

muito. Perderam boa parte de sua credibilidade em 2008, quando davam atestado

de boa saúde a bancos que estavam à beira do precipício.

Mas as profecias apocalípticas de determinados economistas são inesquecíveis.

Nos primeiros meses do ano, diziam que a inflação iria explodir, que as medidas

macroprudenciais não iriam funcionar e que era preciso jogar os juros nas alturas.

A inflação não explodiu e, nos piores meses, ficou muito próximo da meta. Os juros

não foram às alturas. Ainda bem: se tivesse seguido tais conselhos, o Banco

Central teria jogado o Brasil numa recessão grega.

(Na época, escrevi que era isso nossos sábios gostariam, pois têm

uma idéia fixa de derrubar o crescimento. Eles observam que crescimento prolongado

mantém o desemprego baixo e acreditam que isso é ruim para a inflação, pois as empresas

precisam contratar mais funcionários e não podem pagar salários baixos. Neste caso,

nossos economistas abandonam seus pruridos de quem acredita no mercado, apenas no mercado, e pedem intervenção do Estado para dar um jeito na situação. Deveriam pagar uma multa em dobro por espírito anti-social).

Em agosto, formou-se um novo coral de indignados quando o Banco Central cortou

os juros em 0,5. Dizia-se que era pura interferencia política do Planalto, sem razão

técnica. Mais uma vez se ouvia um coralzinho fúnebre sobre a autonomia da

instituição. Vamos recordar o tamanho dos absurdos.

O BC dizia que a Europa estava afundando – coisa que nossos sábios, mais uma

vez, não eram capazes de enxergar mas mesmo assim não perderam o tom nem a agressividade. O BC também dizia que havia espaço para derrubar os juros.

Outro motivo para tomar pancada.

Aprendi, com um antigo presidente do Banco Central, que hoje se dedica a distribuir profecias negativas, que o pessimismo costuma render mais do que as boas noticias. “Quando mais pessimista for sua análise, mais altos serão seus honorários. Ninguém quer ser pego de surpresa.” Faz sentido.

Mesmo assim, diante de tal retrospecto, estes economistas poderiam pelo menos assumir um pouco de humildade para dizer que erraram, erraram, erraram…

Leia entrevistas e textos que o blogue publicou sobre o assunto:

Aqui, um executivo da construção civil explica a queda dos juros

http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/2011/09/14/em-defesa-do-juro-

menor-entrevista-com-eduardo-may-zaidan/

Aqui, recorda-se o costume de maldizer a sorte quando a economia vai  bem

http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/2011/08/17/para-evitar-uma-explicacao-lucida-fale-em-sorte/

Aqui, comenta-se as críticas a decisão de reduzir os juros

http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/2011/09/07/o-autoritarismo-dos-mercados/

Leia o Blog completo