quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Serra Privateiro, agora em Cordel

Pobre Serra, agora também em Cordel - DoLaDoDeLá

 

Pobre Serra, agora também em Cordel



PRIVATARIA TUCANA
por Silvio Prado in As árvores...


 

"Caiu a casa tucana

 

Do jeito que deveria


E agora nem resta pó


Pois tudo na luz do dia


Está tão claro e exposto


E o que ninguém sabia


Surge revelado em livro


Sobre a tal privataria.


 

"Amauri Ribeiro Junior

 

Um jornalista mineiro


Em mais de 300 páginas


Apresenta ao mundo inteiro


A nobre arte tucana


De assaltar o brasileiro


Pondo o Brasil à venda


Ao capital estrangeiro.

 



 

"Expondo a crua verdade

 

Do Brasil privatizado


O livro do jornalista


Não deixa ninguém de lado


Acusa Fernando Henrique


Gregório Marin Preciado


Serra e suas mutretas


E o assalto ao Banestado.

 



 

"Revelando em detalhes

 

Uma quadrilha em ação


O relato jornalístico


Destrói logo a ficção


De que político tucano


É homem de correção


Mostrando que entre eles


O que não falta é ladrão.

 



 

"Doleiros e arapongas

 

Telefone grampeado


Maracutaias financeiras


Lavagem por todo lado


Dinheiro que entra e sai


Além de sigilo quebrado


Obra de gente tucana


Na privatização do Estado.

 



 

"Parece mas não é

 

Ficção esse relato


Envolvendo tanta gente


E homens de fino trato


Que pra roubar precisaram


Montar um belo aparato


Tomando pra si o Estado


Mas hoje negam o fato.

 



 

"Tudo isso e muito mais

 

Coisas de uma gente fina


Traficantes de influência


E senhores da propina


Mostrando como se rouba


Ao pivete da esquina


E a cada negócio escuso


Ganhando de novo na quina.

 



 

"Se tudo isso não der

 

Pra tanta gente cadeia


Começando por Zé Serra


Cuja conta anda cheia


O Brasil fica inviável


A coisa fica mais feia


Pois não havendo justiça


O povo se desnorteia

 



 

"Com CPI já pensada

 

Na câmara dos deputados


Não se fala outra coisa


No imponente senado


Onde senhores astutos


E tão bem engravatados


Sabem que o bicho pega


Se tudo for investigado.

 



 

"Por isso, temos tucanos

 

Numa total caganeira


No vaso se contorcendo


Às vezes a tarde inteira


Mesmo com a velha mídia


Sua indiscreta parceira


Pelo silêncio encobrindo


Outra grande roubalheira.

 



 

"São eles amigos da Veja

 

Da Folha e do Estadão,


Da Globo e da imprensa


Que distorce a informação


Blindando tantas figuras


Que tem perfil de ladrão


Mostrando-os respeitáveis


Como gente e cidadão.

 



 

"Pois essa mídia vendida

 

Deles eterna parceira


E que se diz democrática


Mas adora bandalheira


Ainda não achou palavras


E silenciosa anda inteira


Como se fosse possível


Ignorar tanta sujeira.

 



 

"Ela que tanto defende

 

A liberdade de imprensa


Mas somente liberdade


Pra dizer o que compensa


Não ferindo interesses


Tendo como recompensa


Um poder exacerbado


Que faz toda a diferença.

 



 

"Mas neste livro a figura

 

Praticamente central


Sujeito rei das mutretas


Um defensor da moral


É o impoluto Zé Serra


Personagem que afinal


Agora aparece despido


Completamente venal.

 



 

"É o próprio aparece

 

Sem retoque nem pintura


Tramando nos bastidores


Roubando na cara dura.


É o Zé Serra que a mídia


Esconde e bota censura


Para que o povo não veja


A sua trágica feiúra.

 



 

"E ele sabe e faz tudo

 

No reino da malandragem


Organiza vazamentos


Monta esquema de lavagem


Ensina a filha e o cunhado


As artes da trambicagem


E como bandido completo


Tenta preservar a imagem.

 



 

"Mas agora finalmente

 

Com a casa já no chão


E exposta em detalhes


Tão imensa podridão


Que nosso país invadiu


Com a privatização


Espera-se que Zé Serra


Vá direto pra prisão.

 



 

"E pra não ficar sozinho

 

Que ele vá acompanhado


Do Fernando ex-presidente


Mais o genro dedicado


Marido da filha Mônica


E outro homem devotado


Ricardo Sergio Oliveira


E também o Preciado.

 



 

"Completando o esquema

 

Deixando lotada a prisão


Ainda cabe o Aécio


Jereissati e algum irmão


Nunca esquecendo o Dantas


Que só rouba de bilhão


E traz guardado no bolso


O tal Gilmar canastrão.

 



 

"Como estamos em época

 

De Comissão da Verdade


Que se investigue a fundo


E não se tenha piedade


Dos que usaram o Estado


Visando a finalidade


De praticar tanto crime


E ficar na impunidade.

 



 

"Tanto roubo descarado

 

Provado em documento


Não pode ser esquecido


E ficar sem julgamento


Pois lesou essa nação


Provocando sofrimento


A quem sofre e trabalha


Por tão pouco vencimento.

 



 

"Que o livro do Amauri

 

Maior presente do ano


Seja lido e comentado


Sem reservas nem engano


Arrebentando o esquema


Desse grupo tão insano


Abrindo cela e cadeia.


Pra todo bandido tucano."

 

 

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