segunda-feira, 14 de maio de 2012

Nassif: Os próximos passos da CPMI

O Esquerdopata: Os próximos passos da CPMI

 

Os próximos passos da CPMI



Luis Nassif



Dependendo do bloco governista, a CPMI de Cachoeira pretende caminhar em três linhas:



1. Governo de Goiás, depois que se formou convicção de que o crime organizado conseguiu o controle do Estado.



2. Convocação da subprocuradora Cláudia Sampaio, esposa do Procurador Geral Roberto Gurgel, para que explique o abandono da Operação Las Vegas.



3. Convocação do jornalista Policarpo Jr. Terá que explicar porque, por mais de dez anos, não apenas escondeu as ligações entre Demóstenes Torres e Cachoeira, como participou do processo de endeusamento do senador. Há convicção de que servia à quadrilha e servia-se dela.



A ideia dos parlamentares é aguardar mais tempo a fim de que a CPMI possa dispor de todas as escutas e materiais levantados. Até agora o que foi divulgado foi apenas a parte do material que serve de base para as Operações Vegas, Monte Carlo e para a representação do Ministério Público Federal. Ou seja, grampos e documentos referentes apenas às pessoas diretamente investigadas - Carlinhos Cachoeirta e outros bicheiros. Então, é um material bastante limitado. Ficaram de fora, por exemplo, todas as conversas com jornalistas.



Na CPMI considera-se que, no momento, os advogados dos réus têm mais material do que os próprios parlamentares.



O caso Gurgel



O caso Gurgel será o mais polêmico.



A Operação Las Vegas investigava políticos e não políticos. Ao bater em parlamentares, o juiz de primeira instância pediu autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal). O pedido foi encaminhado através da PGR (Procuradora Geral da República).



Gurgel tinha três caminhos a seguir:



Podia arquivar o inquérito, por insuficiente.



Podia desmembrar, liberando as investigações para os réus sem foro especial.



Podia solicitar mais investigações, caso considerasse as provas insuficientes.



Ao não agir, paralisou toda a investigação.



Mesmo assim, é cedo para qualquer acusação contra o procurador ou membros do STF.

 

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